sábado, 14 de julho de 2012

FOBIA SOCIAL

 
O transtorno ansioso social, também conhecido como transtorno da ansiedade social, fobia social ou sociofobia, é uma síndrome ansiosa caracterizada por manifestações de alarme, tensão nervosa e desconforto desencadeadas pela exposição à avaliação social — o que ocorre quando o portador precisa interagir com outras pessoas, realizar desempenhos sob observação ou participar de atividades sociais.

Tudo isso ocorre até o ponto de interferir na maneira de viver de quem a sofre.

As pessoas afetadas por essa patologia compreendem que seus medos são irracionais, no entanto experimentam uma enorme apreensão ao confrontarem situações socialmente temidas e não raramente fazem de tudo para evitá-las.

Durante as situações temidas, é freqüentemente presente nessas pessoas a sensação de que os outros as estão julgando e, enfim, tais sujeitos não raramente temem ser reputados muito ansiosos, fracos ou estúpidos.

Por conta disso, tendem freqüentemente a se isolarem.

Este distúrbio não deve ser considerado uma forma exagerada de timidez, uma vez que os prejuízos incapacitantes que causa à adaptação social não são atenuados sem auxílio ou tratamento.

Um estudo recente mostrou que 13% dos brasileiros sofrem deste transtorno.

Os sintomas
Os sintomas da fobia social, experimentados pelos vários indivíduos em situações sociais, são, dos muitos, os seguintes:

• Ansiedade, às vezes associada também aos ataques de pânico.
• Ansiedade intensa perante grupos de pessoas.
• Ansiedade antecipatória, isto é, aquela que surge antes de se encontrar, ou só de se pensar na situação temida.
• Erubescência (ficar corado).
• Tremores nas mãos, pés ou voz.
• Suor excessivo, suando frio (especialmente nas mãos).
• Palpitações ou calafrios. (Raro)
• Temor de enrubescer-se ou balbuciar.
• Temor de ser observado e avaliado negativamente por outros.
• Temor de ser visto como fraco, ansioso, louco ou estúpido.
• Temor de que as próprias opiniões possam não interessar aos outros.
• Temor de não estar em estado de comportar-se de modo adequado em situações sociais.
• Tendência a evitar situações sociais que o colocariam em incômodo (Tendência ao Isolamento).

Situações temidas e que causam o aparecimento dos sintomas
As situações sociais nas quais as pessoas afetadas por essa patologia mostram majoritariamente os sintomas seguintes, mesmo que de qualquer modo eles também possam variar notavelmente de sujeito para sujeito.

• Encontrar-se com pessoas desconhecidas pelas quais são atraídas.
• Fazer amizades.
• Andar na rua.
• Falar em público.
• Viajar de ônibus, metrô ou outro meio de transporte público.
• Comer ou beber em público.
• Participar de festas.
• Olhar as pessoas nos olhos.
• Iniciar uma conversa.
• Ser apresentado a outras pessoas.
• Fazer chamadas telefônicas.
• Estar em espaço fechado onde há gente.
• Dar ou aceitar cumprimentos.
• Medo de atender pessoas no portão/porta (ou portaria).
• Medo de ir ao barbeiro, cabeleireiro, banheiro, hospital...

A fobia social pode ser definida generalizada se os medos são experimentados na quase totalidade das situações sociais, enquanto pode ser definida específica se a ansiedade é experimentada apenas em determinadas situações sociais que podem variar de sujeito a sujeito.

Exemplos de fobia social
As pessoas com fobia social ficam  pensando que todas as pessoas das casas, dos carros, lojas, etc. estão olhando para ela de maneira diferente ou percebendo algo estranho nela (principalmente no rosto) e por isso as pessoas que sofrem de fobia social tentam evitar olhar para as pessoas e andam de cabeça baixa, evitando qualquer contato.

Algumas pessoas fazem de tudo para nem sair de casa, ou, quando saem, elas sentem-se totalmente aliviadas quando voltam para casa, pois é o único lugar onde elas se sentem seguras.

Outra situação muito comum é quando a pessoa recebe estranhos em casa, mas conhecidos de outros familiares. A interação com um desconhecido e o processo de conhecer outra pessoa torna-se muito doloroso para o fóbico social, principalmente por se dar dentro de sua casa que é seu refúgio.

O fóbico social frequentemente "marca" as pessoas que lhe trouxeram sofrimento (mesmo que em alguns casos, estas não tenham feito nada de errado) e tenta evitar ao máximo seu contato com esta pessoa no cotidiano.

A pessoa que sofre desta doença, é uma pessoa extremamente negativa e muito pouco confiante, pensa que todos são melhores do que ele, adapta uma personalidade muito pensativa a pequenos pormenores insignificantes e pensa que faz tudo mal, até quando é o melhor.

É muito educado, geralmente, é mais inteligente do que a maioria das pessoas , mas o medo faz com que seja uma pessoa tão reservada e amiga, que geralmente, as pessoas confundem com ingenuidade.

O grande problema dos que sofrem de fobia social
Um dos grandes problemas da fobia social é que os fóbicos reconhecem que os seus medos são exagerados, excessivos ou irracionais, tendo plena consciência de que seu sentimento não corresponde à realidade, mas são incapazes de lidar com a situação.

Na fobia social, o consciente e o bom senso não são suficientes para resolver o problema, sendo este de caráter orgânico/cognitivo e fora do alcance de uma decisão pessoal do paciente.

Essa batalha mental traz um grande desgaste emocional e este é ainda mais agravado quando outras pessoas confrontam a falta de atitude do fóbico. Isso é observado na psicologia, quando o fóbico é estimulado a enfrentar o problema, e que resulta na piora do estado mental, se isolando ainda mais após a experiência.

Experiências confrontantes resultam, na totalidade, em mais isolamento.

A incapacitação
A fobia social incapacita a pessoa para o estudo, trabalho e demais atividades sociais privando o indivíduo de conquistas elementares na vida como amizades, relacionamentos amorosos, formação de uma família e crescimento profissional.

Comumente, os portadores de fobia social abandonam a escola e os estudos.
Os que conseguem trabalhar, buscam profissões onde a interação social é mínima e em períodos noturnos.

Com tanto esforço e sacrifício de suportarem a sua própria exposição, com o tempo, eles mentalizam que não precisam das outras pessoas, e começam a evitar todas as situações sociais.

Isolam-se de toda a sociedade, ganham uma personalidade muito depressiva e desiludidos com a vida, com a culpa do seu ser na consciência.

O tratamento e a cura
O tratamento de um fóbico social é feito por um Psiquiatra e/ou Psicólogo  e/ou Psicanalista por meio de psicoterapia e também com o uso de fármacos como o mais indicado clonazepam e antidepressivos inibidores da rematação da serotonina.

Existem também tratamentos alternativos, como homeopatia, florais, hipnose, acupuntura, etc.

O sucesso do tratamento depende de muitos fatores como o ambiente familiar e atividades de integração social de forma graduada e assistida.

DEPENDÊNCIA EMOCIONAL (MULETAS PSICOLÓGICAS)

 
Por se sentirem fragilizados, muitos indivíduos estabelecem uma relação de dependência com outras pessoas ou até mesmo objetos.

Essas "muletas psicológicas" podem trazer conforto, mas, às vezes, são sinal de que algo vai mal.
Nesses casos, a terapia é o tratamento indicado.

Da mesma forma como as pessoas que têm alguma dificuldade para andar necessitam de algum suporte, como uma bengala, ao deparar-se com uma situação difícil, o ser humano procura se firmar em algo ou alguém para conseguir superar a fase complicada.

Assim como o bastão, essas “muletas psicológicas” amparam quem não consegue seguir a vida com as próprias pernas.

Por encontrar-se emocionalmente fragilizada, a pessoa tem dificuldades de tomar decisões por conta própria, criando uma relação de dependência com esse fator externo que a faz se sentir mais segura.

O QUE É DEPENDÊNCIA EMOCIONAL
Quando falamos de dependência emocional, temos que levar em conta o tipo ou a classificação da enfermidade.

Existe uma dependência emocional em decorrência de uma personalidade e uma dependência em decorrência de um transtorno transitório.

O primeiro caso, ele é mais grave, tendo em vista sua origem e por ser algo crônico,  pois trata-se da  personalidade. E aqui temos o TRANSTORNO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE (Cluster/Grupo C (transtornos ansiosos ou receosos).

O segundo caso, vem normalmente de traumas, hábitos e situações outras que geraram uma situação que pode se tratada, levando a inexistência dos sintomas. E aqui temos A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL.

A diferença de uma para outra se encontra da intensidade e no tempo de duração, bem como as consequências que esses transtornos trazem para a pessoa.

Detalhe, no transtorno de personalidade dependente a dependência gira em torno de pessoas e da dependência emocional a dependência gira em torno de pessoas e objetos.

AS CARACTERÍSTICAS/SINTOMAS DO TRANSTORNO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE E DEPENDÊNCIA EMOCIONAL.
Pessoas muito dependentes emocionalmente e fisicamente, sempre dependendo de outras pessoas para fazer qualquer coisa;
Notavelmente carentes, elas não conseguem viver só e estão sempre à procura de um relacionamento íntimo para se manter dependente;
Com frequência, são submissos às pessoas por quais mantêm um laço afetivo, podendo demonstrar muita empatia ou altruísmo por outras pessoas e pouca preocupação consigo mesmo;
Não costumam contrariar as outras pessoas e emoções como raiva e desgosto frequentemente são reprimidas e disfarçadas, pois têm medo excessivo em magoar o outro;
Com medo da perda e abandono, esses indivíduos pensam muito mais nas outras pessoas do que em si, deixando de fazer coisas que gostam, para satisfazer aos outros;
Propensos a envolverem-se em relacionamentos perturbadores, com tendências sadomasoquistas, muitas vezes aceitando atitudes abusivas contra si.
 
E tem mais, insatisfação é constante e o sentimento crônico de tristeza é comum nessas pessoas, uma vez que tornam-se pessoas excessivamente submissas aos outros, muitas vezes deixando-se ser vítimas de maus tratos por parte de outras pessoas por quais mantêm dependência.
 
Geralmente, possuem medo de machucar o outro e têm dificuldade em romper tais relacionamentos.
 
Quando terminam, sentem-se culpados e frequentemente partem desesperadamente em busca de um novo relacionamento.

A UTILIDADE DA DEPENDÊNCIA E QUANDO BUSCAR AJUDA
O  artifício é, até certo ponto, válido, pois representa um conforto psicológico.

No entanto, se a alternativa encontrada para superar um sentimento traz constrangimento social ou cria um julgamento negativo a respeito de si mesmo, é sinal de que algo está errado.

O grande diferencial entre uma crise e uma situação contínua é quando você percebe que o poder de decisão está relacionado com outro, um objeto ou uma instituição.

A necessidade de precisar de algo ou alguém passa dos limites e torna-se dependência quando:
• As atitudes causam constrangimento social, prejuízo à personalidade ou julgamento negativo por parte de amigos e familiares;
• O poder de decisão está relacionado com outra pessoa, um objeto ou uma instituição;
• A pessoa apoia-se demais em amigos ou familiares para tarefas que deveria realizar sozinha;
• O indivíduo não tem autonomia para agir;
• A baixa autoestima inibe decisões.
 
Se as coisas citadas estão presentes, é bom procurar ajuda de um profissional.

COMO IDENTIFICAR A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL
Um meio de identificar se a dependência está excessiva, é ficar atento aos comentários dos amigos e familiares sobre os atos.

Isso ajuda a pessoa a perceber se as atitudes estão avançando para um estágio fora do comum.

EXEMPLOS DE DEPENDÊNCIA EMOCIONAL
Dependência de pessoas
Filhos que dependem das mães;
Maridos que dependem das esposas;
Esposas que dependem dos maridos;
Namorados que dependem da namorada e vise versa;
Pessoas que dependem dos seus companheiros;
Pessoas que dependem dos amigos;
Pessoas que dependem da família, familiares, irmãos, etc.
Dependência de objetos
Pessoas que dependem de automóveis;
Pessoas que dependem de álcool;
Pessoas que dependem das drogas;
Pessoas que dependem da religião;
Pessoas que dependem do dinheiro;
Pessoas que dependem da tecnologia (celular, vídeos, computadores, etc);
Pessoas que dependem da profissão, do emprego, da empresa, etc.
 
A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL E OUTRAS ENFERMIDADES MENTAIS
Em alguns casos, essa relação de dependência é tão grande que pode representar o que os especialistas chamam de transtornos obsessivos-compulsivos (TOC).

A origem do TOC para uma grande maioria dos especialistas é TOC é a necessidade de contar com coisas externas para alcançar segurança interna.

Ou melhor, a pessoa transfere a necessidade de autoafirmação para outra coisa, que pode ser um objeto ou pessoa.

TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA EMOCIONAL
Existe tratamento, no entanto é bom que se saiba que o tratamento, no entanto, não é imediato.
 
Desprender-se da muleta psicológica de uma hora para outra não é fácil, porque, assim como alguém com problemas de locomoção pode cair ao soltar sua muleta, a pessoa emocionalmente abalada pode sofrer muito se perder seu apoio de uma hora para outra.
 
Para a pessoa não se sentir desprovida de repente, é preciso um trabalho de fortalecimento de personalidade, um resgate natural da autoconfiança.
 
Assim, é possível que ela deixe as dependências, seja do álcool, das drogas ou do companheiro.
A psicoterapia analítica normalmente é muito útil para pessoas com dependência emocional.
 
O comportamento pode ser trabalha pelo psicólogo e em alguns casos, usa o psiquiatra para o uso de medicação para tratar sintomas outros, menos para curar a pessoa da dependência.
 
PREVENÇÃO QUE PODEM EVITAR A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL TANTO DE PESSOAS COMO DE OBJETO
Uma autoavaliação para verificar se existe uma predisposição para a DEPENDÊNCIA EMOCIONAL que pode ser feita através de um pequeno questionário:
 
• Algumas pessoas gostam de tomar decisões. Outros preferem ter alguém que confia para orientá-los. Qual você prefere?
• Você procura o conselho para as decisões cotidianas? (As decisões que você toma entendida pelo praticante?)
• Você encontra-se em situações em que outras pessoas fizeram decisões sobre as áreas importantes de sua vida, por exemplo, o trabalho que tomar? Que sintomas você tem que eles não entendem?
• É difícil para você expressar uma opinião diferente com alguém que está perto? O que você acha que aconteceria se você fizesse isso?
• Você costuma fingir que concorda com os outros, mesmo que não o faça? Por quê? Poderia trazer-lhe problemas se você discorda?
• Você muitas vezes precisa de ajuda para começar um projeto?
• Você já se voluntariou para fazer coisas desagradáveis para os outros para que eles pudessem cuidar de você quando você precisasse deles?
• Você está desconfortável ao estar sozinho? Você tem medo de que não seja capaz de cuidar de si mesmo?
• Você descobriu que está desesperado para entrar em outro relacionamento logo quando termina um relacionamento próximo? Mesmo que o novo relacionamento possa não ser a melhor pessoa para você?
• Você se preocupa com as pessoas sobre o importante em sua vida, esquecendo de si mesmo?
 
Outros cuidados:
 
Os pais devem incentivar os filhos a uma independência sadia, desde cedo, evitando assim a dependência que muita vezes é estimulada pelos pais;
As pessoas devem encarar:
Aa realidade do ganhar e perder;
Da possibilidade de ter e não ter;
De estar acompanhado e de estar sozinho;
De realizar as coisas sozinhas;
De sair de casa sozinhas, etc.
 

O QUE FAZER QUANDO ALGUÉM QUE AMAMOS TEM UM TRANSTORNO MENTAL GRAVE?

 
Segundo estimativas, 1 em cada 4 pessoas no mundo serão afligidas por uma doença mental em algum momento de sua vida.

Considerando essa surpreendente estatística, é provável que você tenha pai ou mãe, filho, irmão ou amigo que sofra de algum transtorno mental.

O que fazer se alguém que você ama apresenta um quadro de transtorno mental?

Reconheça os sintomas.
Um distúrbio mental talvez não seja diagnosticado imediatamente.

Amigos e familiares podem achar que os sintomas são provocados por mudanças hormonais, doenças físicas, fraqueza de personalidade ou circunstâncias difíceis.

Mudanças significativas no sono, na alimentação ou no comportamento podem indicar algo mais sério.

Procurar um especialista pode ser de ajuda para conseguir um tratamento eficaz e melhorar a qualidade de vida de quem passa por isso.

 Sintomas que devem chamar atenção e podem ser sinais de transtorno mental
Se alguém apresentar alguns dos seguintes sintomas, talvez precise consultar um médico ou um especialista em saúde mental:

• Tristeza ou irritabilidade prolongadas;
• Reclusão;
• Altos e baixos emocionais;
• Raiva excessiva;
• Comportamento violento;
• Abuso de substâncias;
• Temores, preocupações e ansiedades excessivos;
• Pavor de ganhar peso;
• Mudança significativa nos hábitos alimentares ou de sono;
• Pesadelos constantes;
• Confusão mental;
• Delírio ou alucinações;
• Fixação com a morte ou suicídio;
• Incapacidade de lidar com problemas e atividades diárias;
• Negação de problemas óbvios;
• Numerosas e inexplicadas doenças físicas.
• Informe-se.

Pessoas com distúrbios mentais geralmente têm pouca capacidade de entender sua própria condição.

Por isso, a informação que você conseguir de fontes atuais e confiáveis poderá ajudá-lo a compreender o que a pessoa está passando.

Procure um tratamento.
Apesar de alguns distúrbios mentais serem de natureza persistente, com tratamento adequado os portadores dessas doenças podem ter uma vida estável e produtiva.

Infelizmente, muitos definham por anos sem conseguir ajuda. Assim como um problema sério de coração requer um especialista, doenças mentais necessitam da atenção de pessoas que saibam como tratar esses distúrbios.

Psiquiatras, por exemplo, podem prescrever medicamentos que, quando usados corretamente, podem ajudar a controlar o humor, aliviam a ansiedade e corrigem padrões de raciocínio distorcidos.

Incentive o paciente a buscar ajuda.
Pessoas com distúrbios mentais nem sempre se dão conta de que precisam de ajuda. Você talvez possa sugerir que o paciente procure um especialista, leia alguns artigos sobre o problema ou converse com alguém que tenha conseguido lidar com um distúrbio similar.

Pode acontecer de a pessoa não ser receptiva aos seus conselhos. Mas não deixe de fazer tudo ao seu alcance para ajudar alguém que está sob seus cuidados e corre o risco de prejudicar a si mesmo e a outros.

Evite lançar a culpa em alguém.
Os cientistas ainda não conseguiram chegar a uma conclusão quanto à interação complexa de fatores genéticos, ambientais e sociais que contribuem para o funcionamento anormal do cérebro.

A combinação de fatores que pode provocar um distúrbio mental, inclui lesão cerebral, abuso de substâncias, ambientes estressantes, desequilíbrios bioquímicos e predisposição genética.

Não adianta acusar o paciente de coisas que você acha que ele fez e que possam ter levado à doença.
É melhor canalizar suas energias para dar apoio e encorajamento.

Tenha expectativas realistas.
Exigir demais do doente pode ser desanimador. Por outro lado, enfatizar demais as limitações dele pode fazê-lo sentir-se derrotado. Por isso, procure ser realista nas suas expectativas.

Logicamente, não se devem tolerar atitudes erradas. Assim como acontece com outras pessoas, os que têm um distúrbio mental também podem aprender com as conseqüências de seus atos.

Caso haja comportamento violento, talvez seja necessário recorrer à lei ou impor certas restrições a fim de proteger a própria pessoa e outros.

Mantenha-se achegado.
A comunicação é vital, mesmo que às vezes lhe pareça que seus comentários são mal-interpretados.

As reações de alguém com distúrbio mental podem ser imprevisíveis e impróprias para aquela situação. Contudo, repreender a pessoa por suas palavras impensadas só vai acrescentar sentimento de culpa à depressão já existente.

Quando tudo o que você diz parece não surtir efeito, fique quieto e escute. Respeite os sentimentos e pensamentos do doente, sem condená-lo. Esforce-se em manter a calma.

Você e a pessoa amada se beneficiarão se você simplesmente mostrar que se importa com ela e o fizer de maneira constante.

Leve em conta as necessidades dos outros membros da família.
Quando a família se vê obrigada a concentrar sua atenção em alguém que está doente, os outros membros podem acabar sendo negligenciados.

Promova a boa saúde mental.
Um programa abrangente para cultivar o bem-estar mental, entre outras coisas, deve dar ênfase à alimentação, exercícios, sono e atividades sociais.

Atividades simples com pequenos grupos de amigos são geralmente menos constrangedoras.

Também é bom lembrar que o álcool pode agravar os sintomas e interferir na ação dos medicamentos.

Cuide-se.
O estresse resultante de se cuidar de alguém que tem um distúrbio mental pode colocar em risco seu próprio bem-estar. Portanto, é essencial prestar atenção às suas necessidades físicas, emocionais e espirituais.

Se uma pessoa amada tem um distúrbio mental, lembre-se sempre de que um ouvido atento ajuda quando necessária e uma mente aberta podem ajudá-la a sobreviver — e até a ter uma boa qualidade de vida.

FOFOCA (MALEDICÊNCIA) UM VÍCIO QUE DEVE SER COMBATIDO

 
Duas coisas predominam na sociedade moderna, a mentira e a fofoca, a última depende muito da primeira, pois o fundo de muita fofoca é a mentira.

Nossa sociedade vive de mentiras, gosta de mentiras e se deleita da mentira. Aliás, eu acredito que nossa sociedade não sabe mais viver sem a mentira.

Mas, esse pode ser um tema para o próximo programa, quero destacar hoje a fofoca.

Fofoca como ela se apresenta:

• “Você viu Fulano hoje, como ele está?”
• “E Beltrano, você não sabe o que aconteceu com ele?”
• “Vou dizer a Ciclano que Fulano disse que Beltrano está...”

Essas três situações revelam aquilo que todo mundo está careca de saber – e de fazer, infelizmente: fofocar.

É muito comum encontrar pessoas que adoram falar da vida dos outros.

Fofocar é mania nacional.

Falar mal dos outros, jurar segredo e, no outro minuto, contar para o primeiro que passa é a rotina na vida de muitas pessoas.

A diferença de relatar um fato e fofocar?
Eis aqui um exemplo:
“Posso comentar que vi meu vizinho comprando um carro zero quilômetro. Mas também posso comentar que ele comprou um carro porque quer se exibir.”

Existe diferença entre você comentar um fato e falar de um fato.

Qual é a diferença?
A diferença é essa pimentinha que se costuma acrescentar a um fato é a famosa e prejudicial fofoca.

Não se passa um minuto em que esses seres não estejam contando e especulando sobre a vida alheia – e aí o alvo pode ser o parente, o vizinho, o colega de trabalho e até o artista.

Qual a razão última dessa mania de maledicência?

É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.

Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.

A imensa maioria das pessoas não está em condições de medir o seu valor por si mesmo, essa maioria chamamos de fofoqueiros.

Na verdade falamos mal dos outros porque é mais fácil falar mal dos outros do que respeitar a diferença de cada um.

As pessoas se ocupam da vida dos outros para não tomar conta da sua própria vida.

“Tem gente que só vive a vida do outro e não olha para si próprio”.

Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros.

Relação da fofoca – maledicência com a mitomania
Existe uma grande relação da fofoca – maledicência com a mitomania, com certeza.

O que é mitomania?
A mitomania (ou mentira obssessivo-compulsiva) é a tendência patológica mais ou menos voluntária e consciente para a mentira.

Normalmente, as mentiras dos mitomaníacos estão relacionadas a assuntos específicos, porém podem ser ampliadas e atingir outros assuntos em casos considerados mais graves .

Pessoas que desenvolvem essa doença psiquica, no caso os mitômanos não possuírem consciência plena de suas palavras, os mesmos acabam por iludir os outros em histórias de fins únicos e práticos, com o intuito de suprirem aquilo de que falta em suas vidas.

É considerada uma doença grave, necessitando o portador dela de grande atenção por parte dos amigos e familiares.

Os prejuízos causados pela fofoca
A fofoca traz prejuízo a todos:

É ruim para quem conta, para quem ouve e para a sociedade como todo.

Quando se espalha e é tida como verdadeira, gera conflitos, cria expectativas infundadas, desmotivação, tensão entre colaboradores e gestores e acaba tirando o foco das pessoas do trabalho para o objeto da fofoca, causando enormes prejuízos para a empresa.

A fofoca apresenta vários aspectos
 Além das pessoas que se ocupam da vida dos outros ou que querem viver a vida de outros, há as que utilizam esse instrumento para prejudicar terceiros.

 Inventam histórias com o objetivo claro de trapacear, prejudicar alguém.

O ambiente de trabalho, por ser bastante competitivo, é ideal para os maldosos de plantão.

É por isso que, baseando-se na doutrina cristã, pode-se considerar a fofoca, o falar da vida dos outros como um vício.

E como vício deve ser extirpado.

Fofocar não é coisa para quem tem o que fazer, para quem está preocupado com a própria evolução, com as próprias qualidades e defeitos.

Devemos estar voltados para nós mesmos. E é isso que o fofoqueiro não consegue fazer.

“Ele fala do outro para liberar uma angústia pessoal. Se você parar para pensar, o sujeito fala do outro sobre questões que são dele mesmo”.

Se, por exemplo, alguém que sofreu na infância com um pai alcoólatra que batia na mulher vir uma situação parecida quando adulto, pode esconder a sua angústia particular através da fofoca, ou seja, essa pessoa procura outros para falar: "Você viu o que Fulano faz com a mulher? Isso é um absurdo. Se eu fosse ela..."

O problema dessas pessoas,  é que elas não se dão conta de que a questão é delas mesmas. Em vez de tratá-la, escolhem a via negativa da fofoca.

Quem pode desenvolver a mania da fofoca?
Qualquer pessoa pode desenvolver esse mau hábito.

Esse mau hábito não é coisa de adulto somente.

Os jovens podem tão desenvolver esse hábito ou mania, daí a importância da criança desde cedo aprender os princípios que são bases no relacionamento.

Como evitar uma fofoca ou contar uma conversa de um fofoqueiro?
“O importante é fazer a pessoa tomar consciência de que o que ela faz pode prejudicar a ela mesma, no sentido de que ela não vive a sua vida para viver a de terceiros”.

Pessoas próximas podem revestir-se de delicadeza e sutileza para alertar os fofoqueiros.

É uma situação difícil, mas, quando a pessoa estiver falando mal dos outros, você pode perguntar: ‘E aí, o que está acontecendo com você?

Como andam as coisas?’”. Chame  a pessoa para a realidade dela.

Quem fofoca demais acaba virando um chato.

Não é saudável servir de plateia para quem pode estar com a vida mal resolvida e acaba gastando energia para falar ou julgar a vida dos outros.

O melhor mesmo é procurar o que fazer: ler um bom livro, escutar boa música, trabalhar e estudar, além, é claro, de olhar para si próprio.

Dicas para lidar com os fofoqueiros e maledicência
 Identifique o fofoqueiro
No trabalho, nas conversas de corredor é possível perceber em pouco tempo aquelas pessoas que gostam de falar pelos cotovelos, que curtem uma especulação da vida dos outros. Tudo ele acha, deduz e já sai espalhando para quem queira ouvir. Cuidado para não ser seduzido pela conversa fácil.

• Evite fazer parte do grupo do fofoqueiro
Identificado o fofoqueiro, seja o mais profissional possível com ele.

Evite andar com pessoas desse tipo, pois, mesmo que não compartilhe de suas fofocas, será tachado igualmente como ele.

É a velha máxima “diga-me com quem andas e lhe direi quem és”.

E se a fofoca ou maledicência for com você, o que fazer?
Ai vai à dica: Confronte o fofoqueiro.

Mesmo que você siga as regras acima, ainda assim pode ser alvo do veneno do fofoqueiro.

Aí não tem jeito, a saída é confrontá-lo de forma madura e adulta, envolver as pessoas que ouviram as invenções do fofoqueiro e que podem estar sendo influenciadas por essas mentiras e assim tirar tudo a limpo.

E se não funcionar?
E se tudo isso não funcionar, não hesite em levar o assunto aos superiores para que tomem as devidas providências.

E não espere muito para isso, porque fofoca espalha rápido.

Não deixe que informações distorcidas ou irreais sobre você cheguem aos ouvidos superiores.

Outras dicas
• Evite a censura.
• A maledicência começa na palavra inoportuna.
• Se desejarmos educar, reparar erros, nunca fale mal de alguém estando essa pessoa ausente.
• Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz.
• Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina.
Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, "a boca fala do que está cheio o coração".

O ideal é que:
Quando não se pode falar bem de uma pessoa, o melhor mesmo é que não se diga nada, porque a atenção que dedicamos a observar ou criticar os defeitos alheios deve ser dada aos nossos próprios defeitos, tentando corrigi-los.

Não esqueça de um coisa:
Fofoca é coisa de pessoas que têm a vida mal resolvida e veem em outros seus próprios problemas.

Fechando o assunto quero contar a história das 3 peneiras de Sócrates, o filósofo grego, que ao ser indagado sobre o que Glaucon falava dele, perguntou ao interlocutor:
Você já passou o que vai me falar pela peneira da verdade?
Já passou pela peneira da bondade?
Já passou pela peneira da utilidade?
E com a sabedoria que atravessas os séculos disse: Se você não sabe se é verdade, bom ou útil, então, não somente peço que não me conte, mas imploro que esqueça!

FANATISMO RELIGIOSO, UM SINTOMA NEURÓTICO

 

 
Definição
Fanatismo (do francês "fanatisme") é o estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente por qualquer coisa ou tema, historicamente associado a motivações de natureza religiosa ou política.

É extremamente freqüente em paranóides, cuja apaixonada adesão a uma causa pode avizinhar-se do delírio.

Para uma pessoa ser tida como fanática é preciso que a conduta dessa pessoa seja marcada pelo radicalismo e por absoluta intolerância para com todos os que não compartilhem suas predileções.

De um modo geral, o fanático tem uma visão-de-mundo maniqueísta, cultivando a dicotomia bem/mal, onde o mal reside naquilo e naqueles que contrariam seu modo de pensar, levando-o a adotar condutas irracionais e agressivas que podem, inclusive, chegar a extremos perigosos, como o recurso à violência para impor seu ponto de vista.

Tradicionalmente, o fanatismo aparece associado a temas de natureza religiosa ou política, porém, mais recentemente, ele se tem mostrado também em outros cenários, como os das torcidas de futebol.

Características gerais do fanatismo.
Em Psicologia, os fanáticos são descritos como indivíduos dotados das seguintes características:
1. Agressividade;
2. Preconceitos vários;
3. Estreiteza mental;
4. Extrema credulidade quanto ao próprio sistema, com incredulidade total quanto a sistemas contrários;
5. Ódio;
6. Sistema subjetivo de valores;
7. Intenso individualismo;
8. Demóra excessivamente prolongada em determinada situação/circunstância.

Resumindo, Fanático é uma pessoa com comportamentos excessivos, particularmente por uma causa religiosa ou política extrema, ou com um entusiasmo obsessivo para uma postura ou um passatempo.

Fanatismo religioso
Fanatismo religioso é uma forma de fanatismo baseada em rejeição de qualquer outra ideia que não a da interpretação religiosa particular de quem o possui, não raro considerando-se quem diverge como inimigo.

Não é típica de nenhuma religião em particular, distinguindo-se de outras formas de fanatismo (por exemplo, o político e o ideológico) apenas por envolver uma religião ao invés de uma ideologia ou opção política.

A origem do fanatismo religioso e o seu desenvolvimento
O fanatismo é arraigado no interior do homem desde que esse apareceu sobre a face da terra.
Com o advento da religião, seja ela qual for, o fanatismo encontrou um terreno fértil para crescer e amadurecer; escondendo-se das mentes vigilantes por trás de dogmas e práticas aparentemente inocentes.

O muçulmano que se explode em nome de Alláh, o fiel católico que vira a cara ou instila seu ódio para praticantes de outras religiões, o “crente” que chuta imagens de santos ou invade centros de macumba, o umbandista que xinga ou lança maldições aos desafetos espirituais; enfim, todas essas formas de fanatismo estão por aí, bem perto de nós.

O fanatismo religioso é primitivo, vêm desde a pré-história
Os relatos históricos dão conta que:
Quando o primeiro Neandertal percebeu que, dos pântanos e cavernas onde enterravam seus mortos, algo etéreo e brilhante se desprendia dos mortos e subia aos céus; sua mente, que não conseguia entender que eram apenas gases da decomposição se inflamando em contato com o ar (fogo fátuo), concebeu que aquilo era a centelha divina retornando ao seio do criador.

Nascia o conceito de alma, que imediatamente depois, deu origem à idéia de um ser maior controlando tudo e, do qual, poderíamos obter benesses: Deus.

Ao mesmo tempo, ele percebeu que outras tribos ou famílias, que ainda não tinham atentado para esse “mistério”; não acreditavam nisso.

Logo, eram inferiores a ele e precisavam ser “orientadas” a reconhecer esses “mistérios”.
Quando alguns recusaram e ele foi obrigado a matá-los, pois eram uma ameaça, e obteve apoio para seus atos que, em qualquer outra situação, seriam condenados pela tribo, percebeu que matar em nome de Deus era aceitável.

Daí para frente nascia o conceito de “guerra santa”.

Desde então, nuca se matou tanto ou se fez tanto mal, quanto “em nome de Deus”.

O fanatismo religioso hoje
Seja aqui, seja no oriente médio, Deus é usado para inúmeras finalidades.

De enriquecer facilmente, parasitando pessoas crédulas e despreparadas, até levar milhões a morrer por uma causa e, com isso, propiciar notoriedade, dinheiro e conforto para uma pequena minoria aproveitadora.

Características do fanatismo religioso
Excesso individual nas práticas litúrgicas e no fervor dos rituais, a saber:
- Estado de transe em uma ou várias pessoas;
- Incoordenação psicomotora (fala e gesticulação);
- Perda do tônus postural (desmaios);
- Estado de perplexidade com desorientação no tempo e espaço;
- Compulsão a falar incessantemente.

Excesso coletivo nas práticas litúrgicas e no fervor dos rituais, a saber:
- Maturidade emocional precária ou insuficiente;
- Sugestibilidade exagerada;
- Hiperemotividade sem controle;
- Hipersensibilidade;
- Ingenuidade;
- Superficialidade;
- Carência afetiva.

Excesso no uso de elementos simbólicos.
- Uso exagerado de: rosário, cruz, água benta, amuletos, santos, livros, fitas, etc.

Frequência e práticas exageradas aos locais e rituais tidos como sagrados.
- Caminhadas  e viagens exagerada, promessas que causam sofrimentos à si e em outras pessoas e animais, sacrifícios de animais, etc.

Uso da Bíblia e outros Livros Sagrados maneira errada.
- Interpretação distorcida de textos bíblicos;
- Desprezo pela educação formal, para o entendimento dos livros sagrados, como a Bíblia;
- Invenção de doutrina, regras e normas para satisfazer o grupo religioso;
- Imposição de regras, normas e doutrina forçando os textos sagrados;
- Uso da Bíblia e de Livros Sagrados como amuletos ou objeto de salvação.

Corporativismo.
- Considera a sua congregação a única instituição cristã, cultivando a intolerância doutrinária.

Proselitismo.
- Aliciar pessoas para sua igreja de modo obsessivo e compulsivo, assim como se fosse um cabo eleitoral.
- Busca de outras pessoas que já participam de outras igrejas, alegando textos isolados.

A prática litúrgica e ritualista excede a noção de certo e errado.
- São práticas que não levam em conta a realidade, bem como o certo e o errado.
- Irracionalidade nas práticas litúrgica e nos rituais.

Prática religiosa baseada no medo de ser castigado, de não receber as bênçãos, etc, etc.
- Não faz isso, ou aquilo, pois Deus vai lhe castigar, etc, etc.
- O medo toma o lugar da fé e da liberdade.

Desrespeito para com as outras religiões;
- Perseguição a outras religiões e pessoas que não estão de acordo com as bases de suas doutrinas.

Mistura doutrina com costumes e práticas culturais;

Dissociação da religião e ética;
- Pratica a religião, mas não tem vida ética.
-Andam e se vestem de maneira piedosa, mas não pratica as regras do bom viver e de boa convivência com os outros.

Falso moralismo;
- Apego a normas, práticas de proibição, aonde quase tudo é pecado.
- Prática de condenação e punição de outros que não estão dispostos a seguir suas regras.
- Intolerância para com as fraquezas e erros humanos.

Prática do legalismo;
- Inflexibilidade na doutrina e nos rituais.

Uso de ferramentas e técnicas de origem humana que nas cerimônias religiosas ganham um cunho sagrado e divino;
- Uso da hipnose;
- Uso da autosugestão;
- Uso da probabilidade.

Uso de termos e nomes divinos para si mesmo, autotitulação divina;
- Autobatismo.
- Autotitulação, como Apostolo, Discípulo, Enviado, Divino, Santismo, etc.

Prática do misticismo e idolatria.
- Culto a anjos e demônios;
- Pratica de sacrifício humano e animais;
- Prática de sacrifício de alimentos
- Culto á seres extraterrestres, divindades não existentes, etc;
- Culto a líderes religiosos do grupo, organização, etc.

Espiritualização de coisas comuns e naturais.
- Enfermidades como coisa do Diabo e dos demônios;
- Desprezo para com as ciências e profissionais na área de saúde;
- Recursa de usar os métodos da medicina, atribuindo isso falta de fé;
- Mascaramento de doenças gráveis, alegando curas e milagres;
- Recursa do uso de medicamentos, alegando que isso é coisa mundana.

Falta e misericórdia, caridade, amor e solidariedade.
- Falta de misericórdia, caridade, amor e solidariedade para com outras pessoas que não são do seu grupo ou da sua religião.

Tratamento
O tratamento é difícil, pois essa pessoas nunca admitem que estão enfermos, eles acham que estão falando em nome de Deus.

Normalmente eles rejeitam ajuda, pois acham que estão bem e qualquer tentativa e ajuda é considerada como sendo do inimigo, do Diabo, etc.

O tratamento só acontece em caso graves, quando a pessoa surta, ou quando a religião é um braço da esquizofrenia, ou paranoia.

Ai, sim, a família e obrigada a internar a pessoa.

Mas, o fanatismo como neurose dificilmente a pessoa busca ajuda ou aceita ajuda.

Conclusão
A história está repleta de exemplos de fanáticos que causaram apenas morte e destruição com suas visões distorcidas de Deus.

Além da fé e da dedicação, deve sempre haver o bom senso.

Antes de seguir, cegamente, o que diz seu padre, seu pastor, seu pai de santo, seu mulá, ou seja lá qual denominação tenha o sacerdote da fé que você professa; tenha em mente e analise se você faria o que ele pede; se fosse um estranho que acabou de encontrar na rua.

E não esqueça de um fato, Deus, em sua infinita sabedoria, mais do que qualquer outra coisa deu-nos um cérebro e inteligência.

OS TIPOS DE COMPOSIÇÃO DOS RELACIONAMENTOS CONJUNGAIS - CASAMENTO

OS TIPOS DE COMPOSIÇÃO DOS RELACIONAMENTOS CONJUNGAIS - CASAMENTO

OS TIPOS DE CASAMENTO

MONOGAMIA
A monogamia acontece quando um indivíduo só tem um único parceiro durante um determinado período(monogamia em série).

Este termo usa-se também para referir a existência de um único parceiro sexual durante toda a vida de um indivíduo.

Curiosidade:
Um estudo de Beach feito em 185 sociedades humanas aponta que menos de 16% restringem seus membros à monogamia, e só 5% inibe o sexo extraconjugal.

BIGAMIA
A BIGAMIA acontece quando um indivíduo tem dois parceiros durante um determinado período. No Brasil,  a Bigamia é um crime que consiste em contrair matrimônio com alguém, já sendo casado.
A pena para o crime de BIGAMIA é de 2 a 6 anos de reclusão e a pessoa que se casa com alguém nessas circunstâncias, conhecendo tal fato, é punido com pena de reclusão ou detenção de um a três anos.

POLIGAMIA
Poligamia, do grego muitos matrimônios, é a união reprodutiva entre mais de dois indivíduos de uma espécie.

A poligamia é o casamento entre mais de duas pessoas.

Os casos mais típicos são a poliginia, em que um homem é casado com várias mulheres, e a poliandria, em que uma mulher vive casada com vários homens.

Observe:
a) A Poliginia (do grego polýs: muitas, e gyné: mulher) é um termo utilizado tanto em antropologia social como em sociobiologia e se refere a prática de um homem de contrair matrimônio com mais de uma esposa.

b) A poliandria (grego: poly- muitos, andros- homem) entende-se a união em que uma só mulher é ligada a dois ou mais maridos ao mesmo tempo.

É o oposto da poliginia, forma de poligamia em que um homem possui duas ou mais esposas.

Não deve confundir-se com o amantismo, que é também comum nas sociedades humanas, mas em que o laço com um parceiro sexual para além do casamento não é, nem aceite pela lei, nem na maior parte das vezes, de conhecimento público.

Observe o que é amantismo.

Amantismo, vem de Amante que é a denominação dada ao homem ou à mulher que mantém um relacionamento duradouro com uma pessoa casada com uma terceira.

Tal relação é geralmente estável e semipermanente, entretanto, o casal não vive abertamente junto, pois o relacionamento é ilícito.

O amantismo é igual a Adultério para a religião cristã.

OUTROS TERMOS
A hipergamia (coloquialmente referida como "relacionamento de conveniência") é o ato ou prática de buscar um parceiro ou cônjuge de maior condição socio-econômica, ou casta e classe social do que a sua própria.

A prática é conhecida pejorativamente no português brasileiro como golpe do baú.

ASPECTOS HISTÓRICOS
A poligamia já foi regra nos grupos humanos em estado natural.

Durante a história, a poligamia foi amplamente usada, tendo como principal causa a grande diferença numérica entre homens e mulheres ocasionada pelas guerras.

Atualmente mesmo em países onde esta é uma pratica legal esta caindo em desuso, sendo amplamente usada somente em áreas de conflito.

A questão sempre esteve também no centro do debate religioso.

O Velho Testamento fala de um personagem como Jacó, que teve duas mulheres e doze filhos (vários deles com servas). Essa prole viria a dar origem às doze tribos de Israel.

No Islão, por outro lado, ela tem sido praticada desde sempre (o próprio profeta Maomé teve 16 casamentos simultâneos).

Hoje, continua a ser adotado em alguns países muçulmanos e em processo de adoção em outros, o costume é regulamentado pelo Alcorão que tolera a poligamia e permite um máximo de 4 esposas.

AS CAUSAS
A poligamia faz parte da cultura de várias sociedades humanas, mas tem geralmente causas económicas.

Como consequência das guerras, em que muitos povos estiveram envolvidos e em que participavam principalmente os homens, muitas mulheres (e seus filhos) ficavam viúvas (e órfãos) e uma forma de prestar assistência a essas pessoas sem meios de subsistência, era o casamento.

Outras causas incluem o êxodo rural, em que muitos homens trocam o campo pela cidade, ou migram para outros países, em busca de emprego, deixando um "excesso" de mulheres nas aldeias.

A poligamia é uma prática frequente na África, fazendo parte de muitas culturas. Embora a poliginia seja mais comum, a poliandria também existe.

Estas práticas não estão associadas ao patriarcado ou à sociedade matriarcal, ainda existentes em África, mas às condições de vida na zona rural, embora possam verificar-se casos isolados na zona urbana.

Na República da Chechênia, a poligamia foi tornada uma forma legal de casamento. Por outro lado, no norte da Índia e no Uzbequistão, foram registados casos de poliandria, que também poderiam ser consideradas uniões múltiplas entre membros de duas famílias.

E HOJE?
A  BIGAMIA e A POLIGAMIA (poligimia e poliandria)  não se enquadram em nosso perfil cultural, legal, moral,  e nem religioso, apesar de haver pessoas que desenvolvem união estável de fato, usando para tanto o AMANTISMO/ADULTÉRIO OU  RELAÇÕES EXTRA-CONJUGAIS.

AS CAUSAS DO AMANTISMO
As causas são várias e vão desde casamentos realizados por engano(por paixão), descuido de um dos parceiros no cuidar do relacionamento, transtornos mentais, defesas psicológicas inconscientes até necessidades econômicas.

E tem até aqueles que defendem a questão demográfica, a diferença existente em homens e mulheres.
Vou citar algumas causas:
• Casamento por obrigação;
• Casamento por paixão e não por amor;
• Falta de cuidado no relacionamento, tanto do homem como da mulher;
• Diminuição ou desvalorização da sexualidade entre o casal;
• Transtornos mentais, (Bipolaridade, Psicopatia e Personalidade antissocial, algum desses transtornos tem como sintoma a promiscuidade e a troca de parceiros constantes);
• Defesas inconscientes aqui têm pessoas que tem desejos homossexuais e usam como defesa a troca de parceiros ou aquisição de vários parceiros, tentando assim fugir dos desejos inconscientes;
• Repetição de modelos de pais e parentes;
• Desvalorização das leis morais e religiosas;
• Desrespeito e menos prezo pelo parceiro ou parceira;
• Falta de noção sobre a importância da moral e da ética na família;
• A grande quantidade de mulheres que estão sem companheiros, logo, não está tendo suas necessidades preenchidas (status social, biológicas e sexuais);
• Auto-afirmação, ou melhor, ter várias mulheres indica que sou macho, que sou matador, etc.
• Medo de perder, de ficar sozinho, medo de ser traído; acha que a mulher deixá-lo, fica de olho em outra; antes de ser traído, eu traio.
Outras são: carências, insatisfação em relação a desejos e expectativas com o cônjuge, vingança, estímulo provocado pela sensação de perigo, busca pelo novo, questões culturais, falta de caráter.

AS CONSQUÊNCIAS
Para o nosso parâmetro cultural, moral, ético e religioso, os danos são enormes, vão desde o surgimento da violência doméstica até ao abandono dos filhos.

Vejamos:
• Violência domestica;
• Perda de autoridade para com os filhos (quando estes não aceitam);
• Instabilidade emocional;
• Instabilidade moral;
• Instabilidade social;
• Instabilidade financeira;
• Confusão mental;
• Brigas e discussões constantes;
• Separações e divórcios;
• Abandono de menores, isso prejudica a vida da criança que se sente impotente e perde alguns privilégios, entre eles a presença de um dos pais;
• Quebra da confiança e do respeito.

Outro detalhe:
Levantamento feito por especialistas aponta que 70% dos casais que deparam com situação de infidelidade seguem juntos, sendo o perdão o grande dilema a ser resolvido.
Com a quebra da confiança mútua, atividades que anteriormente passariam como normais como uma cerveja com amigos, um telefone que toca, agora se tornam fonte de dúvidas e incertezas, as quais, geralmente, produzem conflitos morais e psicológicos de grande intensidade.

CUIDADOS
A prevenção é importante, daí algumas sugestões:
• Diálogo entre o casal;
• Alimentação de coisas que são importantes no relacionamento como:
• Cuidado  e zelo para com o outro;
• Cuidado com sigo mesmo, questão do corpo, asseio, etc;
• Cuidar do lado sexual;
• Fortalecer os laços fraternos e de amizade, bem como sinceridade e justiça;
• Desenvolver a sensibilidade para com o outro;
• Desenvolver o respeito mútuo;
Trabalhar de maneira consciente a possibilidade passar por uma situação dessa citada.

ALERTA!!!
Saiba como identificar algumas atitudes que podem indicar uma possível traição no casamento.
Suas chances de estar sendo traída(o) aumentam quando:
• o cônjuge começa a chegar em casa mais tarde do que o horário habitual.
• reuniões de trabalho aos finais de semana e viagens a trabalho passam a ficar mais frequentes.
• quando está a seu lado e o celular toca seu cônjuge se afasta e começa a falar mais baixo.
• ele(a) começa a querer ficar mais tempo longe de você.
• você sente que sua presença em reuniões com amigos passa a ser dispensável.
• as suas ligações para o celular dele(a) dificilmente são atendidas.
• a frequência e a qualidade da atividade sexual do casal é reduzida e as desculpas começam a surgir.
• seu cônjuge passa a dar uma importância maior para a aparência, inclusive quando vai à padaria.
• roupas novas passam a fazer parte constante da lista de compras dele(a).
• o amor de sua vida começa a cuidar do corpo com súbita vontade de fazer ginástica.
• ele(a) passa mais tempo criticando você do que lhe elogiando.
• a conta de celular ou cartão de crédito de seu cônjuge some sem deixar vestígios.
• você passa a se interessar pelo assunto e começa a pesquisar sobre como descobrir indícios de traição.

TRATAMENTO
Pessoas que tem uma tendência para o AMANTISMO caso veja isso como problema, pois alguns acham isso normal, devem buscar ajuda terapêutica.

A terapia individual e de casal podem ajudar muito nesta situação, pois a pessoa vai de certa forma entender o motivo da busca de tantos parceiros e da necessidade de manter outros relacionamentos fora do casamento.