domingo, 21 de setembro de 2014

O MEDO: SUA ORIGEM E SEUS VÁRIOS TIPOS.


O medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente.

O Pavor é a ênfase do medo.

O medo é provocado pelas reações químicas do corpo sendo iniciado com a descarga de adrenalina no nosso organismo causando aceleração cardíaca e tremores.

Pode provocar atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor, depressão, pânico, etc.

Medo é uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico ou mental (interpretação, imaginação, crença) que gera uma resposta de alerta no organismo.

Esta reação inicial dispara uma resposta fisiológica no organismo que libera hormônios do estresse (adrenalina, cortisol) preparando o indivíduo para lutar ou fugir.

A resposta anterior ao medo é conhecida por ansiedade.

Na ansiedade o indivíduo teme antecipadamente o encontro com a situação ou objeto que possa lhe causar algum mal. Sendo assim, é possível se traçar uma escala de graus de medo, no qual, o máximo seria o pavor e, o mínimo, uma leve ansiedade.

O medo pode se transformar em uma doença (a fobia) quando passa a comprometer as relações sociais e a causar sofrimento psícológico.

A diferença entre medo e fobia
Medo é algo natural, uma emoção dentre outras: tristeza, amor, raiva, alegria, nojo, coragem, etc., podendo ser uma pouco mais acentuado, porém não fora de controle.

Fobia é o medo patológico, sem explicação, sem sentido algum, de grande intensidade.

Normalmente a fobia causa comprometimento para o indivíduo, bem como para suas relações sociais e causa um grande sofrimento psicológico.

ORIGEM DO MEDO
Enquanto, que por exemplo, há alguns tipos de medo que surgem através da aprendizagem, como quando uma criança cai num poço e se esforça violentamente para de lá sair, sofrendo devido ao frio da água e à aflição; esta criança originará um adulto que guarda um medo instintivo aos poços, há no entanto outros géneros de medos que são comuns nas espécies, e que surgiram através da evolução, marcando um aspeto da reminiscência comportamental.

Do ponto de vista da psicologia evolutiva, medos diferentes podem na realidade ser diferentes adaptações que têm sido úteis no nosso passado evolutivo.

Diferentes medos podem ter sido desenvolvidos durante períodos de tempo diferentes.

Alguns medos, como medo de alturas, parece ser comum a todos os mamíferos e desenvolveu-se durante o período Mesozoico.

Outros medos, como o medo de serpentes, pode ser comum a todos os símios e desenvolveu-se durante o período Cenozoico.

Ainda outros medos, como o medo de ratos e insetos, pode ser único para os seres humanos e desenvolvidos durante o Paleolítico e Neolítico, períodos de tempo em que os ratos e insetos tornam-se portadores de doenças infeciosas importantes e prejudiciais para as culturas e alimentos armazenados.

O medo é um mecanismo de aprendizagem, mas também evolutivo de sobrevivência da espécie, e do indivíduo particularmente.

OS VÁRIOS MEDOS
Existem vários tipos de medo, dentro da escala de normalidade, sem que tenha a características de fobia.

Medos infantis, que acabam com o desenvolvimento dos infantes;
Medos que são próprios dos homens;
Medos que são próprios das mulheres.

OS DEZ MAIORES MEDOS DO SER HUMANO
Infelizmente, o medo de falar em público é considerado um dos maiores medos do ser humano. Você sabia disso? Alguns estudos o classificam como sendo o maior de todos os medos. Acredite!

Observe esta curiosidade sobre a escala dos medos presente em mente humana. São elas:
1. De falar em público.
2. De altura.
3. De insetos e vermes.
4. De problemas financeiros.
5. De águas profundas.
6. De doença.
7. Da morte.
8. De voar.
9. Da solidão.
10. De cachorro.

A conclusão que podemos estabelecer diante dessa escala é a seguinte: o ser humano tem mais medo de falar em público que do cachorro.

Será que isso é possível? Por incrível que pareça, sim.

E acredito que você não é o único a apresentar este problema.

São muitas as pessoas que apresentam esse pertinente incômodo.

Converse contigo mesmo, em silêncio! Responda a estas perguntas com sinceridade:
- Quantas vezes você deixou de fazer uma apresentação na escola, colégio ou universidade com medo de falar em público?
- Quantas vezes você recusou convites interessantes em sua carreira profissional com medo de se expressar?
- Quantas vezes você ficou quieto/a em uma reunião de trabalho ou mesmo familiar, conversa entre amigos sem opinar qualquer ideia, melhoria ou crítica?
- Quantas vezes, talvez, você deixou de vender ou demonstrar um produto/serviço em razão do medo?
Mas será que falar em público é "um bicho de sete cabeças" ou o próprio ser humano o classifica exageradamente?
Verifique o resultado de uma pesquisa feita pelo Jornal Inglês Sunday Times com três mil americanos.
A pergunta foi: qual é o seu maior medo?
• 41% disseram que era falar em público;
• 32% medo de altura;
• 22% problemas financeiros;
• 19% doença;
• 19% da morte.

Outra pesquisa interessante, agora com 100 mil australianos, diz o seguinte: 1/3 dos entrevistados preferem a morte a falar em público.

E aí, você ainda continua com medo de falar em público?

Na verdade, o medo caracteriza a soma de mais três medos:
1. Medo de falhar em uma apresentação. O famoso "fazer feio diante dos outros".
2. Demonstrar para o público uma apresentação pobre.
3. Medo do julgamento da plateia.
 
OUTROS MEDOS QUE INCOMODAM
Medo de alma ou de pessoas mortas.
Medo de escuro, bem presente em crianças, sempre se encontra ligado ao medo de almas ou fantasmas.
Medo de ficar sem dinheiro ou perder as condições financeiras.
Medo de não realizar os projetos ao longo da existência.
Medo de perder o emprego.
Medo de ficar velho.
Medo de perder a saúde, de ter uma doença incurável.
Medo de não satisfazer a mulher sexualmente.
Medo de não ser um bom pai.
 
Os medos próprios dos homens
Medo de broxar.
Medo de pegar uma doença sexualmente transmissível
Medo de a camisinha estourar na hora da relação sexual.
Medo de ter um filho homossexual.
Medo de pegar um travestir em lugar de uma mulher.
Medo de ter uma ejaculação antes da companheira.
Medo de ser traído ou corno.
Medo de casar.
Medo de ter seu “membro sexual” cortado.
Medo de ser pego se masturbando.
 
Os medos próprios das mulheres
De sair sozinha e ser assaltada ou sequestrada;
De nunca chegar a se relacionar com um cara normal;
De envelhecer;
De ter que cuidar dos pais, velhos e doentes;
De fazer um check-up e descobrir que tem uma doença incurável;
De ficar gorda como a mãe, ou a tia;
De não conseguir engravidar quando quiser ter filhos;
De o casamento terminar, o marido arrumar outra e ela acabar solitária;
De não dar conta de tudo o que ela tem para fazer;
De ser uma velhinha sem dinheiro;
De não experimentar nada emocionante, de tão monótona que está sua vida;
De ficar inválida e não ter ninguém para cuidar dela;
De que alguma coisa horrível aconteça com os seus filhos;
De ficar sozinha, não conseguir um namorado, ficar encalhada;
De saber que seu companheiro é gay;
De pegar o seu companheiro na cama com outro homen.
 
FOBIAS
Algumas fobias bizarras.
Antropofobia – Medo da Sociedade humana ou aglomerações.
Catisofobia – Sentar-se.
Ciberfobia- Medo dos computadores.
Cromofobia – Cores.
Eleuterofobia – Liberdade.
Fobofobia – Seus próprios medos.
Fonofobia – Os próprios sons, falar em voz alta ou sons.
Hipnofobia – Dormir.
Unatractifobia – Pessoas feias.
Pantofobia – Medo de tudo.
 
Tratamento
O tratamento para medos intensos e fobias simples ou mistas é a psicoterapia, em suas várias modalidades.

O uso da medicação tem em vista a diminuição da ansiedade, mas não combate o medo propriamente dito, pois ele tem basicamente uma característica psicológica.

O DIVÓRCIO E VIVÊNCIA DOS FILHOS

 

A realidade do divórcio e a dor que ele causa
O divórcio do casal e a separação dos pais é sempre um processo doloroso tanto para o casal quanto para os filhos, mesmo tendo em vista que o divórcio está a se tornar cada dia mais comum e quase uma constante social.

A separação dos pais é sempre um motivo de tristeza. É uma vivência de perda e frustração, que aumenta o stress e que pode desestabilizar ou desorientar e prejudicar relacionamentos futuros.

O que causa a desestabilização emocional numa separação e divórcio
O que desestabiliza emocionalmente os filhos não é a separação em si, mas como ela é gerida e vivida.

Muito do humor dos filhos dependerá, do humor, da atenção e das condições do pai ou da mãe que tenha ficado com a guarda.

As questões psicológicas emocionais não devem ser negligenciadas.

O cuidado que o casal deve ter diante de uma separação ou o divorcia
Para que os filhos não sofram consequências traumatizantes com a separação e o divórcio é muito importante e fundamental o ambiente familiar e a maneira como os pais e familiares conduzem a separação, por haver o risco de traumatizar os filhos em plena fase de desenvolvimento físico e psicológico.

Grau de conflito durante o divórcio
A agressividade entre os pais na situação de divórcio é sentida pelos filhos e pode condicionar uma relação futura que pode ir desde a tentativa de evitar comportamentos agressivos pelo trauma do sofrimento vivido ou até mesmo como um exemplo a seguir por imitação dos próprios pais.

Dependendo de como a situação agressiva foi sentida e vivida pelo filho bem como da sua idade e maturidade no momento da separação haverá mais ou menos dificuldades para retomar e manter um equilíbrio emocional estável no futuro.

Maturidade x imaturidade
Pais maduros psicologicamente questionam-se e analisam seus sentimentos e comportamentos, procurando garantir uma educação saudável aos filhos, o que passa muito pelo exemplo.

Uma relação onde o casal grita e se agride, pode deixar os filhos assustados, com medo e inseguros.
 
Quando os filhos são surpreendidos com a separação repentina dos pais, podem ficar traumatizados por sentimentos de culpa e por sentirem dificuldade em perceber como o “amor” pode acabar.

A melhor forma de tratar uma separação ou divórcio
A forma mais saudável e menos traumática para viver uma separação é através de uma postura equilibrada, onde os pais explicam a separação aos filhos com honestidade e serenidade para que estes compreendam e aceitem com naturalidade.

Esse é um momento essencial para que a separação ocorra da melhor forma possível e com o mínimo de sofrimento para os filhos.

Idade dos filhos no momento da separação ou do divórcio pode influenciar emocionalmente
O divórcio será mais ou menos traumático conforme as circunstâncias da separação e a maturidade do casal e dos filhos. É muito importante a atitude coerente e equilibrada dos pais para evitar danos futuros.

A idade dos filhos também é um fator determinante.

Crianças em idade pré-escolar, 3 a 5 anos, podem ser particularmente vulneráveis, uma vez que não podem entender situações complexas e ficam confusas, podendo apresentar uma regressão no seu desenvolvimento e voltar a urinar na cama, demonstrar vários medos, apresentar alterações do sono e tornarem-se irritáveis, exigentes, muito solícitos e mais dependentes dos pais.

Uma criança de 7/8 anos poderá não dar tanta importância à separação, mas pela dificuldade de compreensão e pela perda dos referenciais paternos e maternos poderá apresentar uma tristeza grande, uma diminuição do rendimento escolar e ter consequências mais graves como sofrer uma depressão infantil.

O divórcio também pode afetar a capacidade da criança para se relacionar com outras pessoas.

O sentimento de segurança fica comprometido pelo processo de divórcio.

Em consequência seus sentimentos de agressividade podem provocar problemas de relacionamento com companheiros e a sua falta de segurança torna-a mais cautelosa ao fazer novas amizades.

O adolescente embora mais consciente do que se passa, pode sentir falta dos pais na formação da identidade, apresentar dificuldade em aceitar a situação imposta, questionar a autoridade e como consequência apresentar uma rebeldia excessiva, dificuldade em aceitar regras e limites, dificuldade de aprendizagem e baixo rendimento escolar.

O adolescente obrigado a amadurecer mais rapidamente, poderá apresentar problemas de desajuste psicológico e social. Poderá sentir-se diferente do grupo e por consequência ter tendência a isolar-se e adotar uma atitude reservada e distante e com o controlo excessivo de si mesmo.

A sua intenção é ocultar sentimentos de vergonha, neutralizar a ansiedade e sondar os limites da nova situação familiar.

O adolescente reage ao divórcio muitas vezes com depressão, raiva intensa ou com comportamentos rebeldes e desorganizados.

Poderá questionar a autoridade e ser levado a experimentar as drogas e o álcool.

Estudos revelam que entre os adolescentes de pais separados pode haver uma certa precocidade no comportamento sexual, como meio de encontrarem uma companhia.

Há também adolescentes que conseguem viver a experiência de uma forma mais tranquila e embora tristes passam pela separação dos pais de uma forma equilibrada.

Situação conflitante: o viver em duas casas diferentes também pode ser um fator desestabilizante
A criança e o adolescente precisam ter seu “espaço próprio” e referencial para adquirirem uma maior segurança e autonomia interna.

O fato de viverem divididos entre duas casas, geralmente com um estilo de vida diferentes e com regras próprias, poderá criar um foco constante de instabilidade nos filhos e favorecer a formação de laços afetivos superficiais que poderão dificultar a construção de uma identidade forte.

Por outro lado alguns poderão até tornar-se mais flexíveis e facilmente adaptáveis à mudanças e a novas situações difíceis da vida, inclusive separações e abandonos futuros, resultando numa maior autonomia e senso de responsabilidade.

Pais presentes e coerentes nas suas atitudes diante da separação, mantendo o seu papel de educadores e os filhos bem amparados, bem informados e sem se sentirem rejeitados, colaboram para uma melhor adaptação dos filhos e para manter um equilíbrio familiar estável.

A ligação dos filhos com o pai, no caso da guarda ficar com a mãe deverá ser preservada ao máximo.
Poderá haver uma sensação de abandono que pode ser superada conforme o pai se mantenha presente e afetivamente ativo.

É importante também que a mãe contribua a não destruir a imagem do pai, mas que o apresente sob uma nova perspectiva. Sempre que a separação seja bem conduzida pelos pais minimizará as consequências negativas nos filhos.

Se a saída do pai for traumatizante, os filhos podem sentir-se abandonados, o que no futuro poderá levar à perda de confiança nas pessoas e dificultar futuros relacionamentos afetivos.

Possibilidade de um novo casamento
Os filhos encaram um novo casamento dos pais primeiramente com desconfiança pois o outro é visto como rival. Dependendo das circunstâncias de como a experiência foi vivida, poderão sentir como uma oportunidade de ter uma nova família.

O segredo é estabelecer com os filhos uma relação amigável e ser uma figura de pai e mãe coerente, afetiva e securizante, para permitir que se estabeleça uma relação de confiança e de amor.

É sempre difícil para o filho aceitar uma nova união dos pais. Os pais terão sempre um lugar especial na mente dos filhos. É preciso haver um tempo para que se estabeleça um novo equilíbrio familiar e para que haja uma aceitação de afeto e confiança da nova pessoa na família.

Conversar e explicar a separação aos filhos é essencial e indispensável para que a separação ocorra da melhor forma possível.

As crianças devem ainda ser esclarecidas que o processo de divórcio é permanente, de forma a não alimentarem a fantasia de uma reconciliação.

Os pais devem ainda reforçar que o fato de serem filhos de pais separados não é motivo de vergonha ou embaraços e que estão sempre disponíveis a apoiar os filhos a superarem as dificuldades inerentes à adaptação a uma nova situação familiar.

É importante que os pais se sintam responsáveis, que mantenham uma conduta coerente, afetiva e educativa, sempre mantendo os filhos bem informados e bem amparados, para que se sintam amados e seguros para aceitar a mudança prevenindo situações de sofrimento e angústia, o que não deve ser confundido com atitudes compensatórias.

Os pais precisam sempre ter claro que o papel deles não muda com a separação.

A questão principal entre pais e filhos é o “amor”.

É muito importante para um desenvolvimento psicológico saudável dos filhos que eles sintam uma segurança afetiva com o “amor” de ambos os pais.