segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O “ENGOLIR SAPOS” E SUAS CONSEQUÊNCIAS

 
Um exemplo na história:
"Por que toleramos ou ficamos calados diante de algo que nos desagrada? Posso ter sido qualquer coisa, menos blasfemador."
 
O teólogo e filósofo italiano Giordano Bruno teria pronunciado essas palavras no dia de sua execução, 17 de fevereiro de 1600, em Roma. Ele se recusou a negar suas opiniões religiosas e a teoria do astrônomo alemão Johannes Kepler de que a Terra girava em torno do Sol. Por isso, foi condenado, preso e queimado vivo.
 
Dezesseis anos mais tarde, foi a vez de o astrônomo Galileu Galilei ser perseguido pela Igreja Católica. Depois de construir um telescópio para observar o céu, Galileu confirmou a teo ria heliocêntrica e foi parar diante do tribunal do Santo Ofício. Para escapar das acusações de heresia e da fogueira da Inquisição, negou suas descobertas. Apesar de muito longe na História, o dilema enfrentado por Giordano Bruno e Galileu se mantém atual.
 
Mesmo sem correr o risco de acabar na fogueira, continuamos a enfrentar a questão: defender nossas posições com unhas e dentes, sem temer as consequências, ou... engolir sapo.
 
O que significada “engolir sapos”?
"Engolir sapo significa tolerar coisas ou situações desagradáveis sem responder, por incapacidade ou conveniência.
 
A origem da expressão
De acordo com a tradição judaico-cristã, o deus Javé enviou dez pragas sobre o faraó e o povo do Egito, pelas mãos de Moisés. A finalidade era convencer o faraó a libertar o povo hebreu, escravo no Egito, permitindo que ele partisse para a nova terra sob o comando de Moisés.
 
O episódio das pragas faz parte dos capítulos 7º a 12º do Êxodo, livro do Antigo Testamento - a segunda praga, a infestação de rãs, é narrada no capítulo 8º. Elas tomaram conta das casas, quartos, leitos, pratos e de todos os ambientes habitados pelo faraó e pelos egípcios. Ao morrerem, ficaram aos montes infestando os locais e causando doenças.
 
O bonzinho
Origens da expressão à parte, quem vive engolindo sapos sofre muito: tem dificuldade para dizer não, fica calado ou concorda com o outro em situações polêmicas só para evitar conflitos, ignora os próprios desejos para não gerar mágoas.
 
A pessoa não expressa seu sentimento e opinião simplesmente por medo da reação negativa de seu interlocutor.
 
Essa atitude tem a ver com a cultura, com crenças que estão no modelo mental guiando nosso comportamento para a passividade em situações em que nos sentimos ameaçados ou com riscos de perdas.
 
O que acontece?
Depois vem aquela sensação de impotência e frustração por não conseguir expressar os sentimentos, por achar que tem sempre alguém determinando o que deve ser feito.
 
E lá ficamos nós, nos sentindo incompreendidos e manipulados, remoendo uma mistura de raiva e culpa enquanto pensamos no que deveríamos ter dito no momento que já passou.
 
Como consequência, nossa autoestima e confiança despencam no mesmo ritmo com que perdemos o respeito dos outros, que passam a não nos levar mais em conta.
 
Muitas vezes, o engolidor de sapos se esconde atrás da figura do bonzinho, aquele sujeito sempre preocupado em agradar - para ser aceito e querido.
 
Ele usa uma linguagem extremamente cuidadosa, porém é violento consigo mesmo, pois cede seus direitos em prol do outro.
 
Na verdade, as atitudes do bonzinho são alimentadas por uma expectativa de reciprocidade: ele se posiciona passivamente na situação, sendo agradável e condescendente, esperando que o outro também faça o mesmo.
 
Quando isso não acontece, a raiva aparece.
 
Perfil do engolidor de sapos
Bloqueador
Demonstra pessimismo e resistência em aceitar uma mudança, por medo de ser incompetente.
 
Procrastinador
Deixa tudo para depois. Sua vida é uma eterna crise, confirmando seu sentimento de incompetência.
 
Observador
Não se posiciona, prefere ouvir e fazer o que os outros decidem.
 
Amável e concordante
É educado, permissivo e concorda com tudo que o outro diz. É como se não tivesse opinião própria, pois normalmente acha a ideia do outro tão adequada que nem faz comentários.
 
Vítima
Reclama de tudo, coloca-se no papel de vítima, fazendo o outro se sentir culpado. Fonte: Vera Martins, especialista em medicina comportamental.
 
Relação entre o corpo e a mente
Se engolir sapos pode ser considerado uma estratégia de proteção, de permanência na chamada zona de conforto, precisamos saber que sofreremos consequências deletérias por não defender nossas posições.
 
A raiva é uma das emoções que as pessoas têm mais dificuldade de manifestar.
 
Muitos enterram a agressividade durante anos e têm pavor do que pode acontecer, caso resolvam desabafar.
 
Acham que qualquer demonstração desse sentimento vai magoar os outros.
 
O engolir sapo é o mesmo que engolir a raiva, uma emoção protetora que nos avisa quando algo está errado. E ela estimula à ação. O estrago físico, emocional e mental de quem não põe isso para fora é arrasador com o passar do tempo, favorecendo diversas doenças.
 
Todo fenômeno que se passa com o ser humano é psicossomático, porque a psique está todo o tempo presente.
 
Algumas doenças em que essa correlação se torna mais evidente, como alergias, asma brônquica, dermatites, síndrome do intestino irritável e fibromialgia.
 
No entanto, ainda são poucas as pessoas que percebem essa associação.
 
Um exemplo:
Às vezes você sai de uma reunião com uma enorme dor de cabeça, termina um almoço com muita dor de estômago e não percebe que isso está associado ao fato de não ter se posicionado como gostaria.
 
Quando chega em casa, pensa em tudo o que deveria ter falado e não teve coragem naquele momento.
E se sente muito mal por isso.
 
Essa separação entre corpo e mente vem do Iluminismo. E, se por um lado permitiu um grande desenvolvimento tecnológico e científico, nos deixou como herança a dificuldade de relacionar os problemas de saúde com nossa própria história.
 
É muito mais fácil pensar que a doença é gerada por um problema físico, porque é como se a gente não tivesse nada a ver com aquilo. Se você pensar que ela tem uma origem psíquica, vai ter que pensar no quanto está implicado, em qual é sua responsabilidade.
 
Que tal dizer não?
Existe redenção para um contumaz engolidor de sapos?
Adiantaria descontar a raiva contida, reverter a situação de desvalia e enfiar o pé na jaca?
Valeria a pena aprender a reagir na mesma moeda?
 
As respostas passam pela compreensão do conceito de assertividade.
 
Quem é assertivo diz o que pensa com confiança e firmeza, consegue se expressar e defender suas posições de maneira afirmativa, sem perder a simpatia das pessoas.
 
É alguém que não engole sapos - mas também não faz ninguém engolir.
 
Muitos acreditam que a pessoa assertiva é agressiva em situações de conflito e passiva quando não é conveniente se posicionar. Está errado, o comportamento assertivo é firme, focado na solução do problema, enquanto o não-assertivo é focado no culpado do problema.

Ter um comportamento nãoassertivo é sinônimo de engolir alguma coisa que não queremos, que alguém nos empurra goela abaixo.
 
Mas por que permitimos, sem nos posicionar?
Por medo. Não reagimos por receio da reprovação, da crítica.
 
As pessoas têm a fantasia de que se disserem ‘não’ vão perder o amor do outro. Isso é muito destrutivo, ela acaba expiando o sentimento de culpa na posição de submissão.
 
Quando, na verdade, é o contrário: ao se posicionar, o outro percebe que existe uma pessoa, com opiniões próprias, que precisa ser considerada.

Claro que, muitas vezes, é difícil ser assertivo no trabalho, por exemplo. O medo de represálias e até de perder o emprego pode falar mais alto.
 
Sim, dentro de uma empresa existe uma hierarquia e regras que precisam ser respeitadas.
 
Mas qual o limite disso?
Como estar submetido a um determinado sistema sem perder a identidade, sem deixar de ser a pessoa que você deseja?
O assertivo avalia cada situação e decide se vale a pena se posicionar.
 
Ele não engole sapos e sim recua estrategicamente, sentindo-se confortável na situação.
 
Quem atura muita coisa calada acaba sendo agressivo em algum momento.
 
Pessoas passivas no trabalho podem ser agressivas em casa, descarregando a raiva nos filhos, na mãe ou no companheiro porque se sentem mais seguras.
 
Mesmo explodindo, acreditam que vão continuar sendo amadas. Quem recebe a agressão deve evitar reagir do mesmo jeito.
 
O responsável é você
Mas qual o caminho para atingir a assertividade? Como deixar para trás o comportamento passivo? Para começar, é preciso autoconhecimento, treinamento para a assertividade bem como saber expressar o que quer de forma inteligente.
 
Também é preciso deixar de sentir culpa.
 
Você não é culpado e sim responsável pelo que acontece em sua vida.
 
Ninguém tem a obrigação de ler seus pensamentos se você não se posiciona.
 
Ninguém vai adivinhar seus sentimentos enquanto você não se manifestar.
 
Uma saída
Beije cada sapo que aparecer no caminho e transforme-o em um príncipe. Para cada sim dito contra a vontade, diga um não. Para cada desaforo que levar para casa, exponha suas opiniões. Assim, de sapo em sapo, você estará aprendendo a ser assertivo.
 
Não é fácil. Mas certamente é bem menos indigesto.

MUDANÇA DE COMPORTAMENTO NA TPM – TENSÃO PRÉ-MESTRUAL

 
A tensão pré-menstrual (conhecida pela sigla TPM) é uma síndrome que atinge as mulheres e que ocorre, em maior ou menor grau, nos dias que antecedem a menstruação.

A pergunta que muita gente faz é a seguinte: existe de fato mudanças de comportamento nas mulheres na TPM?

A resposta é sim.

A TPM é caracterizada por uma irritabilidade e ansiedade mais acentuadas, bem como manifestações físicas, como, por exemplo, dor nos seios, distensão abdominal, cefaleia e mudanças de humor.

A distensão abdominal e seios doloridos acontecem em decorrência da retenção de sódio e água.

Também pode causar sintomas de depressão, baixa autoestima, Ansiedade Generalizada, Transtorno do Pânico, Transtorno Bipolar.

A Tensão Pré-menstrual ou TPM como o nome já diz vem antes da menstruação e ela se repete mês a mês com maior ou menor intensidade.

Período em que os sintomas aparecem
Em alguns casos 1 à 14 dias antes do sangramento;
Em outras casos de 3 à 10  dias antes do sangramento, a maioria enfrenta distúrbios em maior ou menor escala.

Sintomas da TPM em mulheres
Sintomas específicos:
Elas podem ter sintomas físicos ou emocionais.
 Sintomas emocionais e alterações de comportamento:
• Tensão e ansiedade;
• Depressão;
• Choro fácil;
• Alterações de humor, impulsividade, irritabilidade, raiva;
• Agressividade;
• Alterações no apetite, compulsão por certos alimentos;
• Insônia ou sonolência;
• Recolhimento social, reclusão;
• Dificuldade de concentração;
• Diminuição da libido.

 Sinais e sintomas físicos:
• Dores musculares e nas articulações;
• Dor de cabeça;
• Fadiga;
• Ganho de peso por retenção de líquidos;
• Aumento da circunferência abdominal;
• Sensibilidade aumentada nos seios;
• Aparecimento de acne por oleosidade excessiva na pele;
• Constipação ou diarreia;
• Edema nas mãos e nos pés.

Sintomas conforme os estágios:
Os estágios:
-Leve: O quadro é próprio de mulheres com ciclos regulares e inclui dor nas mamas, inchaço e cefaléia.

As perturbações emocionais quando se manifestam, são brandas e passageiras.

-Moderada:
A maior parte das mulheres se encaixa nessa categoria.

Aos sintomas físicos, como cólicas e mal-estar, somam-se ansiedade, irritabilidade e impulsividade.

Alguns tratamentos hormonais podem ser necessários.

-Grave:
A disforia pré-menstrual já configura uma situação mais dramática, que acomete de 2 a 9% das mulheres.

Depressão, dificuldade de concentração, falta de energia, além de alterações visuais, de apetite e sono são alguns dos sintomas.

Em alguns casos, é preciso acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, formada por ginecologista, psiquiatra, psicólogo e nutricionista.

Para algumas mulheres, receita-se até mesmo antidepressivos.

Transtornos da fase pré-menstrual:
Físicos:
Acne, aumento ou diminuição do apetite, aumento de peso, cansaço, cólicas, diarréia, dor de cabeça, dor na região lombar, dor nas mamas, inchaço do abdome, náuseas, palpitações, predileção por certos tipos de alimento (evitar: álcool, café, doce e chocolates).

Psicológicos:
Agressividade, alterações no humor e no desejo sexual, ansiedade, choro fácil, depressão e auto-estima comprometida, dificuldade de concentração, diminuição da memória, insônia ou aumento da sonolência.

Quais são os tipos de TPM?
A TPM está classificada em quatro tipos: A, C, H e D, de acordo com a predominância dos sintomas.
Esta classificação não é uma regra.

Uma mesma mulher pode apresentar os sintomas de um ou mais tipos de TPM.

TPM tipo A: as mulheres ficam ansiosas, irritadas, tensas e até mesmo agressivas. Este é o tipo mais freqüente.

TPM tipo C: caracteriza-se pelo aumento do apetite, compulsão alimentar (predominando a compulsão pela ingestão de doces, como chocolates), fadiga, dor de cabeça e palpitações.

TPM tipo H: há aumento súbito de dois a três quilos no peso corporal, aumento das mamas, dor e distensão abdominal.

TPM tipo D: é o menos freqüente e os sintomas predominantes são choro fácil, sonolência ou insônia, confusão mental e depressão.

O tipo mais severo de TPM
O tipo mais severo de TPM  é conhecido como desordem disfórica pré-menstrual ou DDPM.

Uma pequena parcela de mulheres apresenta sintomas incapacitantes todos os meses.

Este tipo de TPM tem uma designação especial conhecida como desordem disfórica pré-menstrual (DDPM).

A DDPM é um tipo severo de TPM com sintomas que incluem depressão severa, sentimentos de falta de esperança, raiva, ansiedade, baixa auto-estima, dificuldade de concentração, irritabilidade e tensão.
 
Mulheres com DDPM podem sofrer de algum distúrbio psiquiátrico subjacente que deve ser pesquisado por um médico especializado no assunto.

A causa da TPM nas mulheres
A causa não é conhecida, mas pelas características está relacionada à elevação do ESTROGÊNIO na fase pré-menstrual ou a queda da PROGESTERONA.

Contudo, esses dois fatores não são os únicos envolvidos: esses hormônios podem afetar as neurotransmissões e aí então causar os sintomas psiquiátricos.

Pode também afetar os receptores fora do Sistema Nervoso Central provocando outros sintomas.
Mudanças químicas no cérebro podem também estar envolvidas.

Alterações nos níveis de SEROTONINA, um neurotransmissor cerebral que acredita-se participar das alterações do estado de humor, podem desencadear alguns sintomas.

Quantidade insuficiente de SEROTONINA pode contribuir para a redução do prazer e do bem-estar, depressão pré-menstrual, sensação de fadiga, compulsão alimentar e alterações do sono.

Outros fatores que podem estar associados à TPM são: baixos níveis de vitaminas e minerais, como as vitaminas E e B6; diminuição do cálcio e do magnésio no organismo; excesso de sal nos alimentos e ingestão de bebidas alcóolicas ou cafeinadas.

Percentual de mulheres que tem a síndrome?
Algumas pesquisas apontam para 85% das mulheres, enquanto que apenas 15% não apresentam sintomas durante o período.

Outra pesquisa aponta para 75% das mulheres, enquanto que apenas 25% não apresentam sintomas durante o período.

Outra pesquisa estima que três a cada quatro mulheres que menstruam experimentam algum dos tipos de TPM.

Ela tende a acometer com maior frequência mulheres com idades entre 20 e 40 anos, com recorrência mensal e manutenção de um padrão previsível de sintomas.

O que pode ser feito para reduzir os sintomas da TPM?
A primeira coisa a ser feita é conhecer os seus sintomas, quando eles começam durante o seu ciclo menstrual e também o que parece desencadeá-los.

Acredite nas suas alterações hormonais e lembre-se delas quando os sintomas aparecerem.
Quando sabemos que estamos mais sensíveis, torna-se mais fácil administrar o nosso comportamento em relação aos outros.

Depois, você pode controlar ou algumas vezes reduzir os sintomas da síndrome pré-menstrual fazendo modificações nos seus hábitos alimentares, nas suas atividades físicas e em suas atividades diárias.

Modifique sua dieta. É importante desintoxicar o fígado, já que este órgão está diretamente envolvido no metabolismo dos carboidratos, das gorduras e das proteínas, além de armazenar vitaminas e minerais que participam da produção de colesterol e hormônios femininos.

Para isso é necessário que você:
Faça refeições mais freqüentes e com menor quantidade de alimentos. Isso ajuda a reduzir o edema e a sensação de plenitude gástrica.

O ideal é fazer 5 a 6 pequenas refeições ao dia, ao invés de 3 grandes refeições.

Inclua na sua dieta os carboidratos complexos, as fibras e as proteínas.

Carboidratos complexos ou integrais: possuem teor de gordura relativamente baixo, são ricos em vitaminas, minerais e fibras e sua digestão é lenta - o que evita as grandes elevações e quedas nos níveis glicêmicos. São exemplos: batata inglesa, bata doce, milho, macarrão, arroz integral, feijão, ervilhas, lentilhas, aveia.

Mas tome cuidado para não exagerar e engordar, pois o consumo de carboidratos complexos não deve ultrapassar 60% das calorias totais ingeridas.

Fibras: "Fibra alimentar" refere-se às partes dos alimentos que resistem à digestão.

São fontes de fibras: grãos, tubérculos, raízes, frutas, legumes, verduras, leguminosas e outros vegetais ricos em proteínas. Nenhum alimento de origem animal contém fibra alimentar.

As fibras são benéficas para o funcionamento intestinal, previnem a constipação, protegem contra o câncer de cólon e contra a hiperlipidemia (excesso de gordura no sangue) e também são benéficas para pessoas com diabetes.

A recomendação é para um consumo de 25 gramas de fibras por dia.

Proteínas: alimentos vegetais que são ricos em proteínas são os cereais integrais, as leguminosas e também as sementes e castanhas.

As leguminosas incluem o feijão-verde, feijão-de-corda, jalo, preto, largo, flageolé, carioquinha, azuqui, rim, mungo, pinto, fradinho, massacar, guandu e branco e também as lentilhas, ervilhas secas, fava, soja e grão de bico.

Alimentos animais ricos em proteínas são as carnes em geral, leite e derivados e os ovos. Dez a 15% do valor energético total deve se consumido na forma de proteínas.

O equilíbrio na escolha das fontes proteicas de origem vegetal e animal e a inclusão de frutas, legumes e verduras tornam a alimentação saudável em todos os aspectos.

O excesso de sal deve ser evitado para reduzir a retenção de líquidos e o edema. Um consumo exagerado de sal, fonte de sódio, aumenta a retenção de líquidos e o edema, faz o organismo perder cálcio, além de estimular uma maior liberação de insulina pelo pâncreas, o que, além de inchar, também ajuda a engordar.

Quando for ingerir sal, o melhor é escolher o sal fortificado com iodo e não ultrapassar a ingestão de 5 gramas por dia, ou seja, uma colher rasa de chá por dia.

Aumente a ingestão de alimentos integrais, frutas, vegetais, cereais e grãos.

Escolha alimentos ricos em cálcio.

Caso você não goste de laticínios ou não tenha uma quantidade suficiente de cálcio na dieta que ingere, pode ser necessário o uso de um suplemento de cálcio.

Use um suplemento vitamínico com a orientação de um médico, se necessário.
Evite cafeína, açúcar, gorduras animais e álcool.

Cafeína: faz com que você se sinta mais irritada, tensa e piora o desconforto nos seios.

Açúcar: o consumo de açúcares simples não deve ultrapassar 10% da energia total diária.

Eles podem ser encontrados naturalmente nos alimentos como frutas e mel ou ser adicionados na preparação de alimentos processados.

Gorduras: gorduras e óleos de todos os tipos não devem ultrapassar os limites de 15 a 30% da energia total da alimentação diária. O total de gorduras saturadas não deve ultrapassar 10% do total de energia diária e o total de gordura trans consumida deve ser menor que 1% do valor energético diário (no máximo 2g/dia para uma dieta de 2.000 kcal).

Dê preferência para a ingestão das gorduras presentes no óleo da linhaça, nas sementes de girassol e gergelim, no abacate e no óleo da prímula.

Gorduras e açúcares são fontes de energia.

Por elevarem a serotonina, conhecida como hormônio do prazer, as massas e os chocolates podem gerar necessidade contínua de consumo e falsa sensação de bem-estar. Se não quer engordar, evite-os!

Chá, café e refrigerante ficam longe do cardápio, pois são ricos em xantinas, substâncias que agravam a irritabilidade e as alterações de humor.

A soja é rica em isoflavonas, que diminui a dor nas mamas e a sensação de peso no baixo ventre. Ela deve fazer parte da dieta das mulheres que sofrem de TPM.

Incorpore algum tipo de atividade física regular em sua rotina. Comprometa-se a fazer pelo menos 30 minutos de atividade física como caminhadas, natação ou outra qualquer outra atividade aeróbica de 4 a 6 vezes por semana. Exercícios físicos regulares ajudam a melhorar a sua saúde e aliviam os sintomas de fadiga e alterações de humor.
Reduza o estresse:
     - Durma bem por pelo menos oito horas por dia.
     - Pratique relaxamento muscular progressivo ou exercícios respiratórios profundos para ajudar a reduzir as dores de cabeça, ansiedade ou insônia.
     - Tente fazer yoga, meditação ou massagem como meios de relaxamento e alívio do estresse.
 Anote os seus sintomas durante alguns meses. Faça isso para identificar fatores que os desencadeiam e como é o padrão de sintomas que você apresenta. Isto vai ajudá-la a criar alternativas para reduzi-los.

 Mantenha uma rotina em sua vida, no que diz respeito a refeições, exercícios físicos e horas de sono.

Qual é o tratamento para TPM?
Sempre será um tratamento individualizado, de acordo com os sintomas que você apresenta.

Você pode necessitar usar mais de um tipo de tratamento diferente para saber qual deles funciona melhor para você.

Você e seu médico devem estar sintonizados para encontrar a melhor solução para o seu caso.

O sucesso das medicações varia de mulher para mulher. Muitas vezes as medicações não são necessárias.

Mudanças no estilo de vida e nas atividades físicas rotineiras podem aliviar muito os sintomas.

Existem também medicamentos para a TPM que não precisam de prescrição médica.

Outros só são vendidos com a retenção do receituário médico.

O melhor é sempre receber a orientação de um especialista para tratar a sua TPM.