domingo, 5 de outubro de 2014

TRABALHADOR COMPULSIVO – WORKAHOLIC

 
Trabalhador compulsivo ou Workaholic meio que um "trabalhorota" (também adicto ao trabalho, dependente do trabalho ou workaholic) designa uma pessoa viciada em trabalho.
 
Workaholic é uma expressão americana que teve origem na palavra alcoholic (alcoólatra). Serve para designar uma pessoa viciada, não em álcool, mas em trabalho.

As pessoas viciadas em trabalho sempre existiram, no entanto, esta última década acentuou sua existência motivada pela alta competitividade, vaidade, ganância, necessidade de sobrevivência ou ainda alguma necessidade pessoal de provar algo a alguém ou a si mesmo.

Como resultado da influência de uma pessoa viciada em trabalho, pode-se perceber geralmente alguns fatores interessantes:

O primeiro deles é que este tipo de pessoa geralmente não consegue se desligar do trabalho, mesmo fora dele acaba por deixar de lado seu parceiro, filhos, pais, amigos.

Segundo, os seus melhores amigos passam a ser aqueles que de alguma forma tem ligação com seu trabalho.

Porém, uma das mais severas consequências é o medo de fracassar.

Este medo condiciona e impulsiona o viciado a buscar resultados cada vez melhores e/ou mais rápidos.

SINTOMAS CARACTERÍSTICOS DE QUEM TEM COMPULSÃO PELO TRABALHO
1. Acha difícil  de amar e aceitar a si mesma;
2. O trabalho tornou-se a nossa forma de obter aprovação, de encontrar identidade e de justificar a sua existência;
3. Utiliza o trabalho para fugir dos sentimentos. Desta forma, priva-se do conhecimento do que realmente quer e precisa;
4. Trabalhando demais, negligencia a saúde, os relacionamentos, o divertimento e a espiritualidade.
5. Mesmo quando não estiver a trabalhar, estar a pensar na próxima tarefa;
6. A maior parte das atividades estar relacionadas com o trabalho;
7. Priva-se da alegria de uma vida equilibrada e variada.
8. Utilizamos o trabalho como uma forma de lidar com as incertezas da vida.
9. Vive continuamente preocupado; planejando e organizando os demais. Não estar dispostos a ceder o controle, perde a espontaneidade, criatividade e flexibilidade.
10. Tem lares caóticos;
11. Consideram-se  normais pelo stress e a intensidade;
12. O trabalho tornou-se numa adição. Menti a si próprio e aos outros acerca da quantidade que faz;
13. Acumula trabalho para garantir que estar sempre ocupados e nunca nos vai aborrecer;
14. Teme o tempo livre e as férias e acha que são penosas em vez de revitalizantes;
15. Em vez de ser um abrigo, a casa é uma extensão do local de trabalho. A família e os  amigos muitas vezes organizam tempo para a diversão e a pessoa sempre foge alegando trabalho.
16. Fazem exigências que não são razoáveis.
17. Tem a atenção é fragmentada ao tentar fazer várias coisas ao mesmo tempo;
18. A falta de capacidade para andar a passo conduz ao esgotamento, perdendo a alegria da conclusão e do descanso;
19. Tendemos a ser perfeccionistas;
20. Não aceita os erros sejam parte de se ser humano;
21. Tem dificuldade em pedir ajuda. Porque acredita que ninguém pode atingir os seus padrões;
22. Pensa que é indispensáveil prejudicando muitas vezes o seu progresso;
23. Tem expectativas irrealistas muitas vezes frustram a nossa satisfação;
24. Tem tendência para ser demasiado sérios e responsáveis;
25. Toda a atividade que faz tem que ter um propósito;
26. Acha difícil relaxar e simplesmente ser;
27. Senti-se culpado e inquietos quando não estar a trabalhar;
28. Raramente vive a experiência dos intervalos e da renovação porque na maior parte das vezes trabalha nos tempos livres;
29. Negligencia o sentido de humor e raramente goza do poder curativo do riso;
30. Não sabe esperar;
31. Estar mais interessado em resultados do que em processos, mais em quantidade do que em qualidade;
32. A impaciência distorce muitas vezes o trabalho por não lhe concede o tempo adequado;
33. Estar preocupado com a imagem. Pensa que parecer ocupado faz com que as pessoas pensem que ela é importante e que ganhe a sua admiração;
34. Procura a aprovação pessoal nos outros, perdendo a si próprio.

PERIGOS GRAVES QUE CORREM PESSOAS QUE TRABALHAM DEMAIS
Pessoas que trabalham mais de 55 - 60 horas semanas correm risco de desenvolverem doenças como, depressão, estresse crônico, demência em termos genérica (deterioração de funções como memória, linguagem, orientação e julgamento) e problemas cardíacos.

Resumindo, pessoas que trabalham na quantidade de horas citadas sofrem por trazer para si uma qualidade de vida muito ruim, pois as pressões do dia-a-dia e a auto-estima exagerada fazem com que este tipo de profissional possa desenvolver insônia, surtos de mau-humor, calvície, atitudes agressivas em situações de pressão ou desconformidade (com os resultados que esperava) e pode chegar a causar pânico, entre outros efeitos nocivos .

REFLEXÕES SOBRE O TRABALHAR DEMAIS
É preciso ter ambição, querer crescer e prosperar, mas na dose certa.

A ambição na dose certa funciona como algo propulsor, mas exageradamente pode levar a um comportamento compulsivo, exagerado.

Tudo demais faz mal, até água.

Todos querem ter uma história de sucesso, mas muitos dedicam mais de 12 horas por dia a este intento, e acabam não aproveitando o fruto do seu trabalho, os resultados que aparecem servem de degrau para se querer ir além, sem ao menos desfrutar do que já se conseguiu.
 
É uma bola de neve, quem é viciado em trabalho acaba perdendo os amigos que já não o procuram porque sabem que não tem tempo.

A família acaba criando outro ritmo de vida alheio ao mundo do viciado, brigas, discussões acabam ocorrendo.

O pior é que a tendência como em qualquer vício e dilatar as doses do veneno é como alguém que começa a fumar, no começo fuma um, dois, cinco, depois de algum tempo já esta fumando uma carteira, em casos extremo pode chegar a três carteiras por dia ou mais.
 
Segundo estudos a felicidade, o bem estar é que são geradores de produtividade, os viciados em trabalho perdem ao não conseguirem tempo para abstrair, pensar na própria vida, conseguir olhar de lado, corrigir os erros e os caminhos, afinal se o caminho tomado foi o errado, por mais que se corra, só se estará indo mais longe só que para a direção errada.

Sempre é possível administrar as nossas “outras vidas” fora do trabalho.

Pode parecer lugar comum, mas quantidade não significa necessariamente qualidade, e a maioria dos viciados não consegue perceber ou distinguir esta diferença que apesar de óbvia não é seguida.

ORIENTAÇÕES FINAIS
Saiba entender os motivos que o levam a trabalhar.
 
Aprenda a desfrutar daquilo que já conquistou.
 
Sempre é possível ter tempo para as coisas importantes da vida, mas geralmente gastamos 70, 80% do nosso tempo em coisas menos significativas.
 
Trabalhar só tem um sentido: ter uma vida melhor hoje, e não amanhã. O amanhã pode não chegar, por isto aproveite hoje.
 
Não podemos trabalhar ao ponto de perdermos de vista nossos desejos, anseios e necessidades.
 
Não podemos ser escravos do trabalho ou do tempo, eles servem como meios de nos proporcionar uma vida melhor.
 
O equilíbrio ainda é o melhor caminho, afinal existe tempo para se viver e tempo para se morrer, aqueles que estão envolvidos de forma tão contundente em seu trabalho que não perceber mais nada a sua volta, de certa forma são mortos vivos.
 
O que tiver que fazer faça bem feito, afinal, você estará trocando um dia de sua vida por isso”.