terça-feira, 7 de outubro de 2014

FANATISMO POLÍTICO

 
Fanatismo
Fanatismo (do francês "fanatisme") é o estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente por qualquer coisa ou tema, historicamente associado a motivações de natureza religiosa ou política.
 
É extremamente frequente em paranóides, cuja apaixonada adesão a uma causa pode avizinhar-se do delírio.
 
Caracteristicas gerais
Em Psicologia, os fanáticos são descritos como indivíduos dotados das seguintes características:
1. Agressividade excessiva;
2. Preconceitos váriados;
3. Estreiteza mental;
4. Extrema credulidade quanto a um determinado "sistema"
5. Ódio;
6. Sistema subjetivo de valores;
7. Intenso individualismo;
8. Demora excessivamente prolongada em determinada situação/circunstância.
 
O apego e cultivo, mesmo quando desmesurado, por determinados gostos e práticas (como costuma ocorrer com colecionadores de selos, revistas, etc) não configura, necessariamente, fanatismo.
 
Para tanto, faz-se preciso que a conduta da pessoa seja marcada pelo radicalismo e por absoluta intolerância para com todos os que não compartilhem suas predileções.
 
De um modo geral, o fanático tem uma visão-de-mundo maniqueísta, cultivando a dicotomia bem/mal, onde o mal reside naquilo e naqueles que contrariam seu modo de pensar, levando-o a adotar condutas irracionais e agressivas que podem, inclusive, chegar a extremos perigosos, como o recurso à violência para impor seu ponto de vista.
 
Tradicionalmente, o fanatismo aparece associado a temas de natureza religiosa ou política, porém, mais recentemente, ele se tem mostrado também em outros cenários, como os das torcidas de futebol e ídolos da música.
 
A essência do fanatismo
Bertrand Russell, em "A Última Oportunidade do Homem", diz que “A essência do fanatismo consiste em considerar determinado problema como tão importante que ultrapasse qualquer outro”.
 
Aqui vamos centrar nossa atenção no fanatismo político.
 
O fanatismo político
O fanatismo político revela faces com olhos cegados pelas próprias mãos envolvidas por uma bandeira partidária.
 
O fanatismo político discrimina qualquer ideal contrário que venha de fontes políticas alheias.
 
É esse fanatismo alienador que se observa em mentes concretizadas pelo cimento de uma sigla. É o fanatismo que grita através de bocas abertas, olhos fechados e ouvidos surdos.
 
Principais características do fanatismo político
As principais características de um fanático político são essas:
1. Acha que é superior aos outros por ter preferência para partidos ou políticos A ou B;
2. Olha seus líderes como superiores aos demais;
3. Trata seus líderes e políticos com semideuses;
4. Agressividade para com as pessoas que não concordam com suas ideias politicas o que votam em outros candidatos;
5. Quer por tudo fazer com que os outros aceitem suas ideologias, líderes e partidos;
6. Irritação com as pessoas que não concordam com suas ideias politicas;
7. Briga com tudo e com todos por questões políticas, não sabendo diferenciar as amizades, os laços familiares de situações e opiniões políticas;
8. Deixa suas obrigações normais do dia a dia para sair de casa em casa, rua em rua, comício em comício fazendo “campanhas” sem saber às vezes por que estão fazendo tais coisas;
9. Coloca as questões partidárias acima das suas obrigações familiares e de cidadania;
10. Desrespeita a opinião dos outros e a liberdade dos outros em suas escolhas ligadas a política;
11. Acha que todo aquele que discorda dele é burro e ignorante pelo simples fato do outro não seguir seus pontos de vista partidários;
12. Não ver nenhuma virtude em políticos, partidos, ideologias, plano de governo, eleitores e simpatizantes que são contrários aos seus;
13. Tem dificuldade de reconhecer que líderes e governantes adversários anteriores fizeram alguma coisa de bem em gestão anteriores;
14. Evita falar de atos corruptos vindo de seus líderes políticos ou partidos;
15. Desconhece atos de corrupção vindos de seus líderes políticos mesmo quando é algo comprovado;
16. Mente, burla, enrola e faz trambique para ver suas ideologias, partidos e líderes políticos em frente de qualquer situação;
17. Aceita atos corruptos em nome da ideologia, do líder e do partido, não importando a consequência;
18. Tem a mania de colocar defeitos e menosprezar de maneira irracional os seus adversários ou adversários de seus líderes políticos;
19. Sofre demasiadamente (ansiedade e stress) em período em que há disputa eleitoral;
20. Faz uso demasiado de bandeiras, faixas, fitas, slogan e outras coisas próprias do marketing partidário para chamar a atenção para si e seus candidatos preferidos;
21. Confunde adversário com inimigo politico e partidário;
22. Parte para o embate físico e verbal quando alguém contraria a sua opinião politica partidária;
23. Evita o uso da razão para tirar dúvidas e sair de situações de impasses políticos partidários;
24. Nunca “perdem” um diálogo ou uma disputa, sempre saem ou querem sair por cima, mesmo não tendo a mínima razão;
25. Dificuldade de aceitar a perda, entrando normalmente em depressão em decorrência disso, quando não,  cai em desespero que muita vezes o leva a ter surto;
26. Age de maneira intolerante e discriminatória para como todo aquele que discordam ou divergem de sua opinião ideológica, partidária e política.
 
Resumindo:
O fanático politico é cego para o mundo do outro, ele acha que o início de tudo e de todos se encontra em suas ideologias, partidos e líderes políticos.
 
O perigo do fanatismo para a democracia
A democracia falece diante do fanatismo. Perde o valor e a força. Entra em desuso na míope realidade dos fanáticos intolerantes, os quais se detêm a defender com força revolucionária apenas, a já citada, sigla.
 
Aconteça o que acontecer, a mesma bandeira continua hasteada, irredutível a qualquer mudança de pensamento fora dos ideais partidários. Embaixo desta mesma bandeira, permite-se esconder a corrupção e as falhas com tolerância.
 
Alguns exemplos de fanatismo históricos
Para esse ponto do texto cito Bertrand Russell, em "A Última Oportunidade do Homem", que apresenta alguns exemplos de fanatismo político:
 
“Os bizantinos, nos dias que precederam a conquista turca, entendiam ser mais importante evitar o uso do pão ázimo na comunhão do que salvar Constantinopla para a cristandade”.
 
“Muitos habitantes da península indiana estão dispostos a precipitar o seu país na ruína por divergirem numa questão importante: saber se o pecado mais detestável consiste em comer carne de porco ou de vaca”.
 
“Os reacionários americanos prefeririam perder a próxima guerra a empregar nas investigações atómicas qualquer indivíduo cujo primo em segundo grau tivesse encontrado um comunista nalguma região”.
 
“Durante a Primeira Guerra Mundial, os escoceses sabatários, a despeito da escassez de víveres provocada pela atividade dos submarinos alemães, protestavam contra a plantação de batatas ao domingo e diziam que a cólera divina, devido a esse pecado, explicava os nossos malogros militares”.
 
“Os que opõem objecções teológicas à limitação dos nascimentos consentem que a fome, a miséria e a guerra persistam até ao fim dos tempos porque não podem esquecer um texto, mal interpretado, do Génese”.
 
“Os partidários entusiastas do comunismo, tal como os seus maiores inimigos, preferem ver a raça humana exterminada pela radioatividade do que chegar a um compromisso com o mal - capitalismo ou comunismo segundo o caso.”
 
Tipos de fanáticos políticos
Citando ainda Bertrand Russell, em "A Última Oportunidade do Homem", aonde ele diz:
 
“Em cada comunidade há certo número de fanáticos por temperamento. Alguns desses fanáticos são essencialmente inofensivos e os outros não fazem mal enquanto os seus partidários forem pouco numerosos ou estiverem afastados do poder”.
 
“Os «amish» na Pensilvânia pensam que é mau usar botões; isto é completamente inofensivo, salvo na medida em que revela um estado de espírito absurdo”.
 
“Alguns protestantes extremistas gostariam de ressuscitar a perseguição aos católicos; essas pessoas só serão inofensivas enquanto forem em pequeno número”.
 
“Para que o fanatismo se torne uma ameaça séria é preciso que possua bastantes partidários para pôr a paz em perigo, internamente por meio de uma guerra civil ou externamente por uma cruzada; ou quando, sem guerra civil, estabeleça uma Lei dos Santos que implique a perseguição e a estagnação mental”.
 
Fanatismo político verso extremista político
Nem sempre o fanático politico se torna extremista político, mas todo extremista politico iniciou sua carreira como fanático político.
 
Logo, uma boa ideia é estar atento para essas pessoas que demonstram em seus atos o fanatismo político.
 
Pessoas que desenvolvem o fanatismo político podem com o tempo chegar ao extremismo, causando assim prejuízos a aqueles que não concordam com a sua opinião ou ideologia.
 
Como combater o fanatismo político
Para curar o fanatismo - salvo nas aberrações raras dos indivíduos excêntricos - são necessárias três condições: segurança, prosperidade e educação liberal, ou melhor, desvinculada de qualquer ideologia politica.
 
Relação do fanatismo políticos e enfermidades mentais
Como já foi escrito no início do texto em alguns casos o fanatismo religioso, politico ou qualquer outro tipo, pode estar associado a enfermidades mentais como paranoides, esquizofrenia e obsessão compulsiva, não sendo obrigado, mas em alguns casos já vi e tratei de pessoas que precisaram de acompanhamento psiquiátrico e psicanalítico pois tiveram surtos quando suas ideias foram contrariadas.
 
Por fim
Que se faça a Revolução na mente das pessoas, que se lute por ideais de uma nação e NÃO em nome de uma sigla.
 
Que a Revolução comece no dia em que o povo desperte sua consciência e visão crítica, e perceba o poder que possui em mãos.
 
Porque enquanto a visão crítica não estiver presente, e os descasos na hora das eleições continuar, corruptos ocuparão as cadeiras do poder, vestindo o manto que desfila pelas ruas em mãos fanáticas e intolerantes.
 
Enquanto uma bandeira falar mais alto nas eleições e a alienação de uns continuar a sufocar a voz dos críticos, continuaremos a andar em meio a lama da corrupção, uns com pés descalços e outros com bons calçados.
 
Voto na mão de fanático, de vendido, de sem instrução e com descaso, acaba em fortalecer a corrupção... O fanatismo é um atraso para uma nação.

INVEJA OU INVÍDIA

 
O que é inveja?
Inveja ou invídia é um sentimento de tristeza perante o que o outro tem e a própria pessoa não tem.

Este sentimento que gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materias como qualidades inerentes ao ser).
 
E outras palavras é  o desejo por atributos, posses, estatus, habilidades de outra pessoa. Não é necessariamente associada à um objeto: sua característica mais típica é a comparação desfavorável do estatus de uma pessoa em relação à outra.
 
A inveja pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual.
 
A origem da inveja?
A inveja é originária desde tempos antigos, escritos em textos, que foi acentuado no capitalismo e no darwinismo social, na auto-preservação e auto-afirmação.
 
É o pecado mais antigo da humanidade”.
 
A inveja nos textos clássicos
• Inveja é a última palavra de Os Lusíadas de Camões.

• É comumente associada à cor verde, como na expressão "verde de inveja". A frase "monstro de olhos esverdeados" (green-eyed monster, em inglês) se refere a um indivíduo que é motivado pela inveja. A expressão é retirada de uma frase de Otelo de Shakespeare.

• A inveja é um dos pecados capitais no cristianismo.

• Napoleão Bonaparte costumava afirmar que "a inveja é um atestado de inferioridade".
 
A realidade da inveja
A inveja é inconfessável, mas ninguém se livra dela, por mais que se disfarce.
 
O verdadeiro amigo não é aquele que é solidário com sua desgraça, mas aquele que suporta o seu sucesso.
 
Muitas pessoas frequentemente não admitem que tenham inveja. 
 
Mas pesquisas mostram que nós nos comparamos com os outros automaticamente, mesmo inconscientemente, e se decidimos que somos inferiores em algum aspecto, seja beleza, inteligência ou qualquer outra coisa, passamos a ser hostis e focados nas falhas dos nossos “rivais”.
 
A diferença entre inveja e a admiração?
A inveja é um sentimento tão ruim e desagradável que, às vezes, você sublima esse sentimento e de certa forma o torna admiração.
 
Quando você confessa: 'Admiro a sua juventude'.
 
Na verdade, eu estou fazendo uma declaração de admiração, não de inveja, porque a inveja é inconfessável, ela quer, no fundo, inconscientemente, que você se arrebente, que você vire velho de uma hora para outra”.
 
A inveja é um sentimento que leva a sensações negativas, e, no fim das contas, não traz o que a pessoa deseja; aprenda a dominá-la.
 
Alguns pesquisadores afirmam que a inveja é uma admiração na contra mão.
 
A diferença entre inveja e ciúmes
A inveja e o ciúme são sentimentos que causam muita dor e culpa.
 
Os dois andam lado a lado, mas não devem ser confundidos.
 
O ciúme pode ser descrito como o medo de perder algo, enquanto a inveja é a saudade daquilo que você não tem.
 
No entanto, a inveja pode ser algo positivo quando usada como a admiração a alguém.
 
Você pode dizer: “eu gostaria de ter músculos iguais a esses" e começar a malhar.
 
A inveja negra e raivosa
Mas a inveja negra é maligna e inclui raiva – é aquela em que você deseja ser parecido com o outro, mesmo que isso exija fazer algumas maldades.
 
Essa inveja que não e trabalhada pode trazer inúmeros prejuízos tanto para a pessoas que tem como para pessoa que e vítima da inveja.
 
Dicas para evitar a inveja
Não saia falando do seu relacionamento para qualquer pessoa, pois quem ver cara não ver coração.
 
Ao falar de sua intimidade você pode despertar nas pessoas o sentimento de inveja de quem você menos espera.
 
Cuidado com pessoas que estão sempre lhe dizendo: “Eu queria ter um namorado igual ao seu”; “Eu queria ter um carro igual ao seu”... você pode estar sendo vítima de inveja.
 
Discrição é uma boa maneira de evitar a inveja, cuide e tenha cuidado em abrir o livro da sua vida para alguém.