quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O "AMOR" E SUAS MANIFESTAÇÕES NOS RELACIONAMENTOS


COMO VOCE AMA? COMO DEFINIR O AMOR? QUAIS OS ESTILOS DE AMOR? COM QUAL VOCÊ SE IDENTIFICA?

Como descrever o amor? Pesquisadores têm se preocupado ao longo de muito tempo sobre como é o amor, quais suas manifestações e como podemos identificar a forma que alguém ama outra pessoa.

Baseados na Teoria de estilo de amor, de Alan John Lee, os psicólogos Susan Hendrick e Clyde Hendrick fundaram uma escala de atitudes amorosas segundo a qual existem seis tipos de amor, a saber:

Eros:
Representa a parte consciente do amor que uma pessoa sente por outra.

É o amor que se liga de forma mais clara à atração física, e frequentemente compele as pessoas a manterem um relacionamento amoroso continuado. Sente atração imediata pelo parceiro. Essa atração é causada principalmente pela aparência deste.

A sexualidade desempenha um papel muito importante e pode começar logo no início do relacionamento. Não está à procura do amor, mas não teme se entregar a ele.

Afirmação típica de quem tem esse estilo: “O nosso relacionamento sexual é muito intenso e satisfatório”.

Pragma: (do grego, “prática”, “negócio”)
É uma forma de amor que prioriza o lado prático das coisas.

O indivíduo avalia todas as possíveis implicações antes de embarcar num romance. Se o namoro aparente tiver futuro, ele investe. Se não, desiste.

Cultiva uma lista de pré-requisitos para o parceiro ou a parceira ideal e pondera muito antes de se comprometer.

Procura um bom pai ou uma boa mãe para os filhos e leva em conta o conforto material. Está sempre cheio de perguntas.

O que será que a minha família vai achar?

Se eu me casar, como estarei daqui a cinco anos? Como minha vida vai mudar se eu me casar?

Amor interessado em fazer bem a si mesmo, Amor que espera algo em troca.

Afirmação típica de quem tem esse estilo: “Eu tento planejar a minha vida cuidadosamente antes de escolher um amor.”

Storge:
É o nome da divindade grega da amizade.

Por isso, quem tende a ter esse estilo de amor valoriza a confiança mútua, o entrosamento e os projetos compartilhados.

O romance começa de maneira tão gradual que os parceiros nem sabem dizer quando exatamente.

A atração física não é o principal.

Os namorados-amigos não tendem a ter relacionamentos calorosos, mas sim tranquilos e afetuosos.
 
Preferem cativar a seduzir.

E, em geral, mantêm ligações bastante duradouras e estáveis. O que conta é a confiança mútua e os valores compartilhados.

Os amantes do tipo storge revelam satisfação com a vida afetiva.

Normalmente os casais com este tipo de amor conhecem muito bem um ao outro. Esse tipo de amor nasce normalmente a partir de uma amizade e demora um bom tempo para se desenvolver.

Ele é baseado em interesses compartilhados e nas semelhanças entre os parceiros. As atividades em conjunto são importantes.

A paixão e o sexo não são muito importantes nesse estilo.

Afirmação típica de quem tem esse estilo: “O melhor tipo de amor é aquele que se desenvolve a partir de uma longa amizade.”

Agape (Philia):
Esta é a maior forma de amor que existe.

Este é um amor incondicional pelos outros, apesar das falhas de seu caráter e fraquezas.

É um amor difícil de obter simplesmente porque nós, como seres humanos, estamos geralmente mais preocupados com nós mesmos e como o mundo e as pessoas ao nosso redor nos afetam.

Para amar da maneira agape, devemos superar nosso egoísmo e olhar para as necessidades dos outros. É composto de Estorge e Eros.

É o estilo de amor apregoado pelos cristãos. Quem ama dessa forma coloca o interesse e o bem-estar do parceiro antes do seu e está disposto a fazer grandes sacrifícios para ajudá-lo.

A ausência de egoísmo é uma das características centrais desse tipo de amor.

Afirmação típica de quem tem esse estilo: “Eu prefiro sofrer a fazer o meu amor sofrer.”

Ludus:
O amante lúdico espera que o amor seja prazeroso e não comprometedor; ele é na verdade colecionador de experiências de amor, que serão relembradas com prazer.

Esse é o amor do tipo praticado por Don Juan e outros conquistadores.

Após a conquista o interesse diminui. Quem ama dessa forma é capaz de ter relacionamentos amorosos simultâneos com vários parceiros.

Esse é o tipo de amor ao qual se aplica a afirmação: “O amor é eterno enquanto dura.”

Afirmação típica de quem tem esse estilo: “Eu gosto de jogar o jogo do amor simultaneamente com diferentes parceiros.”

Mania: (composto de Eros e Ludos).
O amor é experimentado de uma forma quase obsessiva e domina muitos momentos e pensamentos.

Quem ama dessa forma sente necessidade de se fundir completamente com o amado.

Afirmação típica de quem tem esse estilo de amor: “Quando meu amor não me dá atenção eu me sinto completamente doente.”
 
E ai? Qual ou quais tipo de amor você tem manifestado em seus relacionamentos?
 

A MENTIRA

Duas coisas predominam na sociedade moderna, a mentira e a fofoca, a última depende muito da primeira, pois o fundo de muita fofoca é a mentira.
 
Nossa sociedade vive de mentiras, gosta de mentiras e se deleita da mentira.
 
E digo mais, em nossa cultura é  impossível viver sem mentir, uma pessoa sincera, que fala sempre a verdade seria intolerável em sua convivência social.
 
E quem diz que não mente, já é um grande mentiroso.
 
No máximo que fazemos, para escapar do sentimento de culpa por mentir o tempo todo é classificar as mentiras, assim como fazemos com o nossos pecados.
 
Mentimos daí, para apaziguar nossa consciência, dizemos, é só uma mentirinha branca.
 
A mentira é tão frequentemente utilizada que o seu sentido ultimamente parece tender a ser banalizado.
 
Segundo as estatísticas (citadas por Roque Theophilo), mentimos cerca de 200 vezes por dia e em média uma vez por cada 5 minutos.
 
O QUE É MENTIRA
Mentira é o nome dado as afirmações ou negações falsas ditas por alguém que sabe (ou suspeita) de tal falsidade, e na maioria das vezes espera que seus ouvintes acreditem nos dizeres.

O ato de contar uma mentira é "mentir", e quem mente é um "mentiroso".
 
Mentir é contra os padrões morais de muitas pessoas e é tido como um "pecado" em muitas religiões.
 
Mas a mentira não se expressa só em afirmações e palavras, existe a mentira que se apresenta em nossa sociedade através de gestos comportamentais, bem como o uso de instrumentos e ferramentas usados para esconder a realidade ou um fato.
 
Ou melhor, quando se estuda a funda a mentira, descobrimos que somos mais mentirosos do que pensamos, pois o simples ato de maquiagem, o uso de etiquetas e outras situações e instrumentos que usamos para esconder a realidade presente, não passam de mentira.
 
Ou melhor, sempre estamos afirmando para os outros aquilo que realmente não somos, a diferença é nominal, deixamos de chamar isso de mentira, chamamos de erro, ou quando não, de educação.
 
A ORIGEM DA MENTIRA
A capacidade dos homens de mentir é percebida cedo e quase universalmente no desenvolvimento da humanidade.
 
A teologia cristã afirma que a mentira é filha do Diabo e ela estar presente na queda do homem e na ação ou defesa da mulher, após comer do fruto proibido.
 
A mentira se encontra ligada a história da humanidade desde a sua iniciação até o presente, sendo notado uma escala crescente nos últimos dias.

O que é pior, a mentira faz parte do desenvolvimento humano, ou evolução humana. Existe um período em nosso desenvolvimento aonde a mentira faz parte e é muito importante.
 
É o período da nossa existência que chamamos de INTELIGÊNCIA MAQUIAVEL, que ocorre entre 4 – 5 anos de idade.
 
TIPOS DE MENTIRA
A necessidade de mentir é reconhecida pelo termo "mentira social" onde a mentira é inofensiva, e há circunstâncias onde existe uma expectativa de se ser menos do que totalmente honesto devido a necessidade ou pragmatismo.
 
As mentiras podem ser divididas em classes – ofensivas ou mal intencionadas, inofensivas e jocosas, do qual apenas a primeira classe é séria.
 
Há alguns tipos de mentiras que são consideradas aceitáveis, desejáveis, ou mesmo obrigatórias, devido a convenção social.
 
Tipos de mentiras convencionais incluem:
• perguntas insinceras sobre a saúde de uma pessoa pouco conhecida;
• afirmação de boa saúde em resposta a uma pergunta insincera (os inquiridores com frequência ficam bastante desconcertados por qualquer outra coisa que não a resposta positiva mais breve possível);
• desculpas para evitar ou encerrar um encontro social indesejado;
• garantia de que um encontro social é desejado ou foi agradável;
• dizer a uma pessoa moribunda o que quer que ela queira ouvir;
• falsos elogios.
 
A maioria das pessoas participa de tais mentiras convencionais, e não aplica a desaprovação moral costumeira em relação as mentiras em tais situações.
 
Mentiras convencionais são vistas como uma categoria menor de mentira, semelhante as mentiras sociais.
 
No entanto, uma minoria de pessoas as vê como mentiras maliciosas.
 
Ai surge uma pergunta, qual o motivo dessa divisão e tipologia quando se trata da mentira?
 
A divisão e tipologia mentira vêm pelo fato da VERDADE também ser discutida.
 
O que é a VERDADE?
Temos VERDADE OU VERDADES?
Um assunto debatido em ÉTICA, um tema FILOSÓFICO.
 
RAZÕES DA MENTIRA
A mentira pode surgir por várias razões:
• Receio das consequências (quando tememos que a verdade traga consequência negativas);
• Insegurança ou baixa de auto-estima (quando pretendemos fazer passar uma imagem de nós próprios melhor do que a que verdadeiramente acreditamos);
• Por razões externas (quando o exterior nos pressiona ou por motivos de autoridade superior ou por co-acção);
• Por ganhos e regalias (de acordo com a tragédia dos comuns, se mentir trás ganhos vale a pena mentir já que ficamos em vantagem em relação aos que dizem a verdade);
• Por razões patológicas.
 
MENTIRA PATOLÓGICA – MITOMANIA
A mentira patológica recebe o nome de mitomania?
 
A mitomania (ou mentira obssessivo-compulsiva) é a tendência patológica mais ou menos voluntária e consciente para a mentira.
 
Normalmente, as mentiras dos mitomaníacos estão relacionadas a assuntos específicos, porém podem ser ampliadas e atingir outros assuntos em casos considerados mais graves .
 
Pessoas que desenvolvem essa doença psiquica, no caso os mitômanos não possuírem consciência plena de suas palavras, os mesmos acabam por iludir os outros em histórias de fins únicos e práticos, com o intuito de suprirem aquilo de que falta em suas vidas.
 
É considerada uma doença grave, necessitando o portador dela de grande atenção por parte dos amigos e familiares.
 
A HUMANIDADE PODE VIVER SEM MENTIRA?
Considerando a realidade a resposta para a pergunta é negativa.
 
Nossa sociedade necessita da mentira para ser feliz, é um fato.
 
E isso acontece pelo simples fato de não sabermos lidar com a verdade, ou a realidade.

Quer um exemplo:

Você ganhou uns quilinhos... ou melhor tá gordo.

Vejo você na rua e digo – Puxa cara, como você tá gordo?! Acabei o seu dia, você passará o dia infeliz, com raiva, etc.

Mas, se você estar gordo e eu, por educação, digo, .. puxa cara, você emagreceu uns quilos, você passará o dia feliz.

Eu menti, no entanto, deixei você feliz da vida.”
 
Parece extremamente improvável que a mentira seja algum dia inteiramente eliminado da nossa sociedade, política e da diplomacia.
 
O QUE FAZER ENTÃO DIANTE DESSA REALIDADE?
Devemos buscar mentir menos, já que para alguns especialistas viver sem mentir é quase impossível.
 
Cultivar os bons costumes, as regras de um bom viver, mas em especial fazer uma autoanálise do seu comportamento diante de outras pessoas.
 
Agora outras coisas devem ser colocadas em práticas, a saber:
Devemos ser realistas;
Devemos ter em mente que mesmos as pessoas bem intencionadas podem mentir;
Devemos ser mais vigilantes;
Devemos ser informados e ter conhecimentos, tendo em vista o fato da mentira normalmente se deleitar na ignorância;
Devemos ser mais questionadores, precisos e céticos;
Devemos identificar pessoas, setores e segmentos da sociedade aonde a mentira é usada como mais frequência como uma ferramenta de trabalho, como por exemplo: fofoqueiros (boateiros), políticos, etc.