segunda-feira, 14 de agosto de 2017

A IMPORTÂNCIA DA SOLIDARIEDADE DIANTE DE UMA PESSOA QUE SE ENCONTRA EM CRISE E DESESPERO


Como deve ser o comportamento ideal quando encontramos alguém numa situação de crise e desespero? Aqui temos uma pergunta que pode ter inúmeras respostas, no entanto, optamos por uma resposta que chama atenção para solidariedade.

O ensaio veio em mente depois que vi, um senhor que após brigar com sua esposa, subiu em uma torre de televisão da cidade aonde resido, ameaçando se jogar, caso a mulher não voltasse para casa. Na ocasião, uma multidão ficou em baixo da torre  gritando para que aquele senhor se jogasse, não se importando com que poderia acontecer.

Diante da cena citada, comecei a perguntar, aonde se encontra a solidariedade de nossa sociedade?
Dai, outras perguntas vieram a mente, perguntas que necessitam de respostas, a saber:
  • O que o ser humano é capaz de fazer numa situação de desespero?
  • Todo ser humano estar sujeito a fazer um ato de loucura?
  • Como deve ser nosso comportamento diante do sofrimento do outros?
  • Temos uma sociedade equilibrado emocionalmente?
  • Esse desequilibrio emocional reflete na quantidade de pessoas com enfermidades mentais?
  • Qual a importância da solidariedade social para enfrentarmos as dificuldades vistas na sociedade?
Solidariedade, um valor que precisa ser resgatado
A solidariedade social é um assunto por demais interessante no estudo da sociologia e que tem chamado a atenção da maioria dos pesquisadores, tendo em vista o comportamento dos indivíduos que vivem em sociedade na atualidade.

E o que chama a atenção é o comportamento do homem moderno que se apresenta desprovido de sentimentos. Ou melhor, a indiferença para com o outro. Quando não, o desprezo para com o semelhante.Um comportamento e atitudes direcionado ao outro desprovido de empatia.

Isso chama a atenção dos estudiosos tendo em vista que a a ausência de sentimentos a condição do grupo que resulta da comunhão de atitudes e de sentimentos, deixa a sociedade vulnerável e sem perspectiva de melhora para o futuro.

No estudo da sociologia, há um autor francês chamado Émile Durkheim (1858 – 1917), em uma obra chamada a Divisão do Trabalho, afirma que a sociedade é mantida coesa, ou unidade por duas forças de unidade:
  • Uma em relação a pontos de vistas semelhantes compartilhado pelas pessoas, como por exemplo, valores e crenças religiosas, chamada de solidariedade mecânica;
  • Outra é representada pela divisão do trabalho em profissões especializadas, que é chamada de solidariedade orgânica.
Nosso interesse aqui é na solidariedade mecânica, ou social, que em síntese é definida como:
"A comunhão de atitudes e de sentimentos, de modo a constituir o grupo em apreço uma unidade sólida, capaz de resistir às forças exteriores e mesmo de tornar-se ainda mais firme em face de oposição vinda de fora."

Ultimamente eu li um artigo que o autor definia empatia como sendo a capacidade ou faculdade que um ser tem de sentir o que o outro sente, de colocar-se no lugar do outro ser.

Ou melhor, da empatia, temos valores como a solidariedade e a compaixão que recebe de muitos autores e pesquisadores a mesma definição de solidariedade.

No contexto sócio-religioso eu entendo que a solidariedade é mais importante do que a caridade.

Por que?
A solidariedade eu entro em comunhão com o outro, sentindo exatamente o que ele sente, me colocando no lugar da outra pessoa, enquanto na caridade eu não tenho essa obrigação, eu apenas partilho o que eu tenho em abundância.

A prática da solidariedade não existe a necessidade do bem material em abundância, eu posso ser solidário sem nada de bens materiais. Já a prática da caridade existe a necessidade de doar os bens.

Eu li um artigo na internet aonde o autor trata da solidariedade e compaixão dizendo o seguinte:
Solidariedade não é esmola; é salvar-se no corpo do outro, obter sua vida na vida da espécie, matar seu egoísmo e comungar com o coletivo". 

Compaixão não significa somente sofrermos junto aos outros, mas nos apaixonarmos pelo fogo da primeira fogueira, do primeiro ato heroico, do primeiro serviço não cobrado, da primeira tábua lançada ao mar, da primeira corda estendida, do primeiro lugar cedido a um idoso no ônibus ou no barco salva-vidas.

O homem moderno erra muito em pensar que ele não é importante na construção da felicidade dos outros.

E é um fato: nós somos por demais responsaveis pela felicidade da pessoas que vivem ao nosso redor.
Eu não posso ser feliz com o meu semelhante vivendo na miséria, no conflito, no sofrimento.

Nenhum comentário: