domingo, 6 de agosto de 2017

O ESTRESSE: DICAS DE COMO LIDAR COM O ESTRESSE DO DIA A DIA


Estresse é uma reação que envolve componentes emocionais, físicos, mentais e químicos a determinados estímulos que irritem, amedrontem, excitem,  confundam e ou façam a pessoa extremamente feliz (Marilda Novaes Lipp).

Embora todos tenham um entendimento intuitivo o que é o estresse, há mais do que se pode imaginar à primeira vista, pois o estresse não é simplesmente ansiedade, ainda que a ansiedade faça parte da composição do estresse.

No entanto, é bom saber que o estresse não é totalmente prejudicial, às vezes ele ajuda e nos faz produzir algo.

Outra coisa, as sobrecargas ou os superestímulos não são as únicas causas do estresse. Às vezes, a falta de ocupação e de estímulo é estressante. A pressão, por fim, nem sempre é algo a ser evitado. É parte indissociável da vida e das grandes realizações.

O LADO BOM E O LADO RUIM DO ESTRESSE
Mas, para o espanto de muitos, o temido estresse pode ser um fator positivo e necessário na vida de qualquer um.

 Como assim? Segundo especialistas, a vida seria muito monótona sem estresse.

Um pouco dele traz certa dose de emoção, de desafio, necessários para que as pessoas sintam-se mais estimuladas a vencer os obstáculos do cotidiano.

 A ansiedade pode ser um fator de crescimento, não só de destruição. Se você não tem angústias, desafios a serem vencidos não têm estímulo para produzir.

Diante do que foi mencionado, chegamos a conclusão de que o problema não é o estresse em si, mas como administramos o estresse em nosso dia a dia. A incapacidade de administração do estresse é o que trás prejuízos as pessoas.

A REALIDADE DO ESTRESSE EM NOSSA SOCIEDADE
Segundo alguns estudos feitos recentemente afirmam que 54% da população mundial sofre de estresse e ansiedade, transtornos que podem ser trampolim para a depressão.

Outra pesquisa feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que o estresse afeta mais de 90% da população mundial e é considerada uma epidemia global. 

No entanto é bom frisar um fato: o estresse não é uma doença em si: é uma forma de adaptação e proteção do corpo contra agentes externos ou internos. 

QUANDO O STRESS COMEÇA A SER PREJUDICIAL
Quando um indivíduo começa a sofrer muita pressão no dia-a-dia, o resultado é exatamente o contrário; ao invés de estímulo, o estresse provoca uma queda de produção no trabalho, mal estar físico e muitos outros fatores nocivos.

Por isso, é sempre bom monitorar os níveis de estresse para que não cheguem a ser prejudiciais. Um grande desafio neste estressante mundo atual é fazer o estresse na vida trabalhar a seu favor e não contra você.

Cada um tem o seu limite para o estresse. A mesma situação pode causar reações diferentes, dependendo das particularidades de cada pessoa.

Se você for um executivo que gosta de se manter ocupado o tempo todo, ficar ocioso na praia, em um lindo dia, pode fazê-lo sentir-se extremamente frustrado, não-produtivo e chateado”.

Portanto, antes de tudo, é preciso detectar as situações que desencadeiam um alto nível de estresse, evitando-a.

Reconhecer os primeiros sinais de tensão e então fazer algo a respeito pode significar uma importante diferença na qualidade de vida.

Um dos primeiros cientistas a demonstrar experimentalmente a ligação do estresse com o enfraquecimento do sistema imunológico foi Louis Pasteur (1822-1895). Em estudo pioneiro no final do século 19, ele observou que galinhas expostas a condições estressantes eram mais suscetíveis a infecções bacterianas que galinhas não estressadas.

COMO O CORPO REAGE AO ESTRESSE
São varias os sintomas corporais que podem surgir e devem servir como alerta para que o estresse seja levado a sério.

Dificuldade de dormir;
Tremor na voz;
Irritação estomacal;
Falta de perspectiva;
Dificuldade de concentração;
Afastamento das relações sociais;
Redução de relações sexuais;
Cansaço emocional;
Cansaço físico;
Cansaço mental;
Uso abusivo do álcool;
Uso do álcool para relaxar;
Baixo autocontrole;
Irritabilidade;
Agressividade.

Se a pessoas desenvolve alguns desses sintomas, sem nenhuma razão física ou orgânica, então se deve pensar numa possível crise de estresse.

DOENÇAS QUE PODEM SER CAUSADAS PELO ESTRESSE
Desde então, o estresse é tido como um fator de risco para inúmeras patologias que afligem as sociedades humanas, como patologias cardiovasculares (arteriosclerose, derrame), metabólicas (diabetes insulino-resistente ou tipo 2), gastrointestinais (úlceras, colite), distúrbios do crescimento (nanismo psicogênico, aumento do risco de osteoporose), reprodutivas (impotência, amenorréia, aborto espontâneo), infecciosas (herpes labial, gripes e resfriados), reumáticas (lupus, artrite reumatóide), câncer e depressão.

TIPOS DE ESTRESSORES
Primeiro tipo
Estressores sensoriais ou físicos envolvem um contato direto com o organismo. Estaria incluídos, nesse caso, subir escadas, correr uma maratona, sofrer mudanças de temperatura (calor ou frio em excesso), fazer vôo livre ou bungee jumping etc.

Segundo tipo
Já o estresse psicológico acontece quando o sistema nervoso central é ativado através de mecanismos puramente cognitivos, como brigar com o cônjuge, falar em público, vivenciar luto, mudar de residência, fazer exames na escola ou de vestibular, cuidar de parentes com doenças degenerativas (como mal de Alzheimer, que causa demência) e outros.

Terceiro tipo
Um terceiro tipo de estressor pode ainda ser considerado: as infecções. Vírus, bactérias, fungos ou parasitas que infectam o ser humano induzem a liberação de citocinas (proteínas com ação regulatória) pelos macrófagos, glóbulos brancos especializados na destruição por fagocitose de qualquer invasor do organismo.  As citocinas, por sua vez, ativam um importante mecanismo endócrino de controle do sistema imunológico.

OS ESTÁGIOS DO STRESS NO ORGANISMO HUMANO
A reação do organismo aos agentes estressores pode ser dividida em três estágios, a saber:

PRIMEIRO ESTÁGIO
No primeiro estágio (alarme), o corpo reconhece o estressor e ativa o sistema neuroendócrino. 

Inicialmente há envolvimento do hipotálamo, que ativa o sistema nervoso autônomo, em sua porção simpática.

O hipotálamo também secreta alguns neurotransmissores, como dopamina, noradrenalina e fator liberador de corticotrofina. Esse último estimula a liberação de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela hipófise, que também aumenta a produção de outros hormônios, tais como ADH, prolactina, hormônio somatotrófico (STH ou GH - hormônio de crescimento), hormônio tireotrófico (TSH).

O ACTH estimula as glândulas supra-renais a secretarem corticóides e adrenalina (catecolamina).

As glândulas adrenais passam  então a produzir e liberar os hormônios do estresse (adrenalina e cortisol), que aceleram o batimento cardíaco, dilatam as pupilas, aumentam a sudorese e os níveis de açúcar no sangue, reduzem a digestão (e ainda o crescimento e o interesse pelo sexo), contraem o baço (que expulsa mais hemácias para a circulação sangüínea, o que amplia a oxigenação dos tecidos) e causa imunodepressão (redução das defesas do organismo).

A função dessa resposta fisiológica é preparar o organismo para a ação, que pode ser de “luta” ou “fuga”.

Nessa fase também pode ocorrer tento uma inibição quanto um aumento desmedido de hormônios gonadotróficos.

SEGUNDO ESTAGIO
No segundo estágio, (adaptação), o organismo repara os danos causados pela reação de alarme, reduzindo os níveis hormonais.

TERCEIRO ESTÁGIO
No entanto, se o agente ou estímulo estressor continua, o terceiro estágio (exaustão) começa e pode provocar o surgimento de uma doença associada à condição estressante, pois nesse estágio começam a falhar os mecanismos de adaptação e ocorre déficit das reservas de energia.

As modificações biológicas que aparecem nessa fase assemelham-se àquelas da reação de alarme, mas o organismo já não é capaz de equilibrar-se por si só.

O estresse agudo, repetido inúmeras vezes pode, por essa razão, trazer consequências desagradáveis, incluindo disfunção das defesas imunológicas.

O estresse pode provocar também mudança nos receptores pós-sinápticos normais de GABA (principal neurotransmissor inibidor do SNC), levando a superestimulação de neurônios e resultando em irritabilidade do sistema límbico.

A presença de GABA diminui a excitabilidade elétrica dos neurônios ao permitir um fluxo maior de íons cloro. A perda de uma das sub-unidades-chave do receptor GABA prejudica sua capacidade de moderar a atividade neuronal.

De modo geral, pode-se afirmar que o organismo humano está muito bem adaptado para lidar com estresse agudo, se ele não ocorre com muita frequência. Mas quando essa condição se torna repetitiva ou crônica, seus efeitos se multiplicam em cascata, desgastando seriamente o organismo.

MODELO PARA LIDAR COM O ESTRESSE
Em linhas gerais, há três áreas nas quais o estresse pode ser efetivamente controlado.

1. As ameaças e exigências enfrentadas: familiares, sociais, econômicas, profissionais, físicas, outras.

2. Como você encara as ameaças e exigências: fisiologia, saúde, personalidade, preparo mental e experiência.

3. Como você reage a ameaças e exigências: mente, autodomínio emocional, comportamento, aumento da resistência, apoio social, apoio no trabalho.

Enfrentar o estresse é lidar diretamente com as exigências: eliminando-as, mudando-as ou recusando-as.

É conhecer a si mesmo e os seus limites: e usar esse conhecimento para interpretar e encarar as exigências e ameaças. E é aumentar tanto a própria capacidade de resposta quanto o apoio necessário dos outros.

DICAS PARA LIDAR COM O ESTRESSE
Os filósofos já diziam que “os homens perturbam-se não com as coisas, mas com o modo de vê-las” (Epicteto).

Com a citação aprende-se o seguinte: não é o que você vê ou que acontece que faz diferença no modo de sentir ou de fazer, mas como você interpreta isso.

Dai a primeira dica diz respeito a administração dos pensamentos, pensamentos negativos que normalmente estão ligados ao estresse.

ADMINISTRE SEUS PENSAMENTOS
Identificar  seus pensamentos negativos;
Fazer perguntas provocantes;
Conversar consigo mesmo de maneira positiva;
Dar opções a si mesmo;
Controlar a atenção;
Fazer uma agenda de pensamentos.

A segunda dica trata dos hábitos saudáveis que devem ser cultivados, pois o estresse normalmente tem ligação direta com ao maus hábitos que desenvolvimento ao longo de nossa história.

CRIE HÁBITOS SAUDÁVEIS
Divida seu tempo adequadamente;
Pratique a autoafirmação;
Cuide mais de si mesmo;
Mantenha relacionamentos e círculos de amizade efetivos.

TRATAMENTOS OUTROS
Além das dicas citadas, em casos graves de estresse as pessoas podem buscar tratamento de especialistas na área médica, psicológica, psicanalítica e métodos da medicina alternativa, como acupuntura, homeopatia, florais, meditações, yoga e massagens.

Destaco os métodos da Medicina Tradicional Chinesa que tem muito ferramentas que podem ser aplicados em pessoas que sofrem de estresse em grau mais elevado, reduzido assim de maneira excelente os sintomas.

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