domingo, 3 de julho de 2011

OS SOCIOPATAS

 
De vez em quando assistimos chocados a mortes violentas causadas por certos tipos de assassinos.
 
Após abusarem física ou sexualmente de quantas vítimas eles puderem capturar, uns baleiam, outros esfaqueiam e esquartejam, e outros chegam até a comer as suas vítimas.

Os assassinos seriais exibem muitas das características que a psiquiatria associa ao que se chama distúrbio da personalidade anti-social, ou sociopatia.
 
O sociopata  tem problemas legais e criminais, frequentemente manipulam os outros em proveito próprio, dificilmente mantêm um emprego ou um casamento por muito tempo.

O sociopata possui um considerável charme pessoal, estabelece relacionamentos com facilidade, principalmente quando é do seu interesse, mas dificilmente é capaz de prolongá-los.

Eles têm inteligência normal ou acima do normal,  e, em geral, não tem nenhuma ansiedade, depressão, alucinações ou outros sintomas e sinais indicativos de neurose, pensamento irracional ou doença mental.

Normalmente são tranqüilos, têm presença social considerável e boa fluência verbal. Muitas vezes são líderes em sua família ou grupo social, e se distingüem em algo, podendo ser admirados por isso.

A grande maioria das pessoas, em contato com o sociopata, é incapaz de imaginar o seu lado "negro", que alguns conseguem esconder com sucesso a maior parte da vida, através de uma vida dupla.

Os sociopatas são membros "notáveis" da sociedade porque eles exercem um fascínio, pela impossibilidade das pessoas perceberem a frieza e a forma como eles repetidamente manipulam e prejudicam as pessoas.

Alguns sociopatas alegam ter um "lado ruim" que os domina de forma incontrolável e os leva a cometer atos violentos.
 
 Mas não sabemos até que ponto eles estão falando a verdade. Em nosso sistema penal atual, a justiça precisa saber com certeza se um assassino serial cometeu crimes devido a um distúrbio mental pelo qual estaria isento de culpa, ou se ele teve livre arbítrio e consciência do que estava fazendo e das conseqüências daqueles atos.

O que há de anormal na personalidade sociopata ?

Eles são completamente insensíveis aos sentimentos alheios.

Apresentam uma atitude aberta de desrespeito por normas e regras e obrigações sociais de forma persistente e irresponsável.

Possuem baixa tolerância a frustração e facilmente explode em atidudes agressivas e violentas.

O sociopata é um egocêntrico patológico, expressa desprezo completo pelos outros seres humanos. Ele não aprende com a punição, pois tem déficit grande na capacidade de sentir emoções.
 

A atitude dele, ao reconhecer que seu comportamento não é aceito pela sociedade, é escondê-lo, jamais suprimí-lo.

O comportamento anti-social é geralmente de natureza impulsiva, e pode assumir diversas formas, desde a irresponsabilidade, a mentira deliberada e o comportamento objecionável (como agressividade e mudanças súbitas de temperamento), até a violência gratuita e radical contra outros seres humanos, como a tortura, o estupro e a morte.

Qual é a causa da sociopatia ?

Com o uso de aparelhos que permitem visualizar o interior do cérebro, hoje já estamos mais próximos de desvendar o mistério da doença da maldade.

Os cientistas encontraram evidências de déficit estrutural cerebral no distúrbio da personalidade antisocial. Verificou-se que nos cérebro de antisociais existe uma falha na conexão entre o córtex-pré-frontal, a area responsável pelo planejamento e conciência, e o sistema límbico, onde ocorrem as emoções, como prazer, dor, medo.

Mais recentemente verificou-se uma redução de no volume da matéria cinzenta pré-central no cérebro dos sociopatas, comparado com indivíduos normais. Essa deficiência pode resultar em impulsividade e perda do julgamento moral.

Até agora não foram identificadas alterações cerebrais significativas nos sociopatas, a não ser algumas mudanças do eletroencefalograma, que indicam um cérebro imaturo. Existem teorias de que a formação familiar na primeira infância é um determinante importante: forte rejeição, falta de amor, mas principalmente falta de disciplina e punição. Muitos filhos de pais com distúrbios anti-sociais acabam sendo sociopatas.

Desde pequenos, os sociopatas manifestam tendências e comportamentos que são altamente indicativos de como serão quando adultos. A criança sociopática, por exemplo, é imune à punição, e não é afetada pela dor. Nada parece funcionar para modificar seu comportamento: repreensão, surras, castigos, etc.

Os pais desistem, normalmente, o que agrava a situação. Além disso, a criança sociopática apresenta uma história de torturar ou matar pequenos animais, pequenos furtos, agressão a coleguinhas de escola ou professores, de desafio aberto à autoridade dos pais e professores, mentiras sistemáticas e irresponsabilidade geral com seus deveres.

O mais assustador é que entre 1 a 4 % da população é sociopata em maior ou menor grau. Praticamente 100 % dos assassinos seriais são sociopatas, e nos casos mais severos, a doença pode evoluir para canibalismo, práticas ritualísticas de morte e tortura, e outras formas bizarras e assustadoras. Não existe cura nem tratamento para a sociopatia.

Todos os especialistas são unânimes em reconhecer que é praticamente impossível tratar um sociopata, pois ele não tem ansiedade, e é totalmente imune à punição.

Os sociopatas violentos precisam ser trancafiados para o resto da vida no manicômio judiciário, para que a sociedade seja preservada de seus atos ou então executados por eles, como acontece em muitos países onde existe a pena de morte para crimes hediondos.

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