sábado, 14 de julho de 2012

FOBIA SOCIAL

 
O transtorno ansioso social, também conhecido como transtorno da ansiedade social, fobia social ou sociofobia, é uma síndrome ansiosa caracterizada por manifestações de alarme, tensão nervosa e desconforto desencadeadas pela exposição à avaliação social — o que ocorre quando o portador precisa interagir com outras pessoas, realizar desempenhos sob observação ou participar de atividades sociais.

Tudo isso ocorre até o ponto de interferir na maneira de viver de quem a sofre.

As pessoas afetadas por essa patologia compreendem que seus medos são irracionais, no entanto experimentam uma enorme apreensão ao confrontarem situações socialmente temidas e não raramente fazem de tudo para evitá-las.

Durante as situações temidas, é freqüentemente presente nessas pessoas a sensação de que os outros as estão julgando e, enfim, tais sujeitos não raramente temem ser reputados muito ansiosos, fracos ou estúpidos.

Por conta disso, tendem freqüentemente a se isolarem.

Este distúrbio não deve ser considerado uma forma exagerada de timidez, uma vez que os prejuízos incapacitantes que causa à adaptação social não são atenuados sem auxílio ou tratamento.

Um estudo recente mostrou que 13% dos brasileiros sofrem deste transtorno.

Os sintomas
Os sintomas da fobia social, experimentados pelos vários indivíduos em situações sociais, são, dos muitos, os seguintes:

• Ansiedade, às vezes associada também aos ataques de pânico.
• Ansiedade intensa perante grupos de pessoas.
• Ansiedade antecipatória, isto é, aquela que surge antes de se encontrar, ou só de se pensar na situação temida.
• Erubescência (ficar corado).
• Tremores nas mãos, pés ou voz.
• Suor excessivo, suando frio (especialmente nas mãos).
• Palpitações ou calafrios. (Raro)
• Temor de enrubescer-se ou balbuciar.
• Temor de ser observado e avaliado negativamente por outros.
• Temor de ser visto como fraco, ansioso, louco ou estúpido.
• Temor de que as próprias opiniões possam não interessar aos outros.
• Temor de não estar em estado de comportar-se de modo adequado em situações sociais.
• Tendência a evitar situações sociais que o colocariam em incômodo (Tendência ao Isolamento).

Situações temidas e que causam o aparecimento dos sintomas
As situações sociais nas quais as pessoas afetadas por essa patologia mostram majoritariamente os sintomas seguintes, mesmo que de qualquer modo eles também possam variar notavelmente de sujeito para sujeito.

• Encontrar-se com pessoas desconhecidas pelas quais são atraídas.
• Fazer amizades.
• Andar na rua.
• Falar em público.
• Viajar de ônibus, metrô ou outro meio de transporte público.
• Comer ou beber em público.
• Participar de festas.
• Olhar as pessoas nos olhos.
• Iniciar uma conversa.
• Ser apresentado a outras pessoas.
• Fazer chamadas telefônicas.
• Estar em espaço fechado onde há gente.
• Dar ou aceitar cumprimentos.
• Medo de atender pessoas no portão/porta (ou portaria).
• Medo de ir ao barbeiro, cabeleireiro, banheiro, hospital...

A fobia social pode ser definida generalizada se os medos são experimentados na quase totalidade das situações sociais, enquanto pode ser definida específica se a ansiedade é experimentada apenas em determinadas situações sociais que podem variar de sujeito a sujeito.

Exemplos de fobia social
As pessoas com fobia social ficam  pensando que todas as pessoas das casas, dos carros, lojas, etc. estão olhando para ela de maneira diferente ou percebendo algo estranho nela (principalmente no rosto) e por isso as pessoas que sofrem de fobia social tentam evitar olhar para as pessoas e andam de cabeça baixa, evitando qualquer contato.

Algumas pessoas fazem de tudo para nem sair de casa, ou, quando saem, elas sentem-se totalmente aliviadas quando voltam para casa, pois é o único lugar onde elas se sentem seguras.

Outra situação muito comum é quando a pessoa recebe estranhos em casa, mas conhecidos de outros familiares. A interação com um desconhecido e o processo de conhecer outra pessoa torna-se muito doloroso para o fóbico social, principalmente por se dar dentro de sua casa que é seu refúgio.

O fóbico social frequentemente "marca" as pessoas que lhe trouxeram sofrimento (mesmo que em alguns casos, estas não tenham feito nada de errado) e tenta evitar ao máximo seu contato com esta pessoa no cotidiano.

A pessoa que sofre desta doença, é uma pessoa extremamente negativa e muito pouco confiante, pensa que todos são melhores do que ele, adapta uma personalidade muito pensativa a pequenos pormenores insignificantes e pensa que faz tudo mal, até quando é o melhor.

É muito educado, geralmente, é mais inteligente do que a maioria das pessoas , mas o medo faz com que seja uma pessoa tão reservada e amiga, que geralmente, as pessoas confundem com ingenuidade.

O grande problema dos que sofrem de fobia social
Um dos grandes problemas da fobia social é que os fóbicos reconhecem que os seus medos são exagerados, excessivos ou irracionais, tendo plena consciência de que seu sentimento não corresponde à realidade, mas são incapazes de lidar com a situação.

Na fobia social, o consciente e o bom senso não são suficientes para resolver o problema, sendo este de caráter orgânico/cognitivo e fora do alcance de uma decisão pessoal do paciente.

Essa batalha mental traz um grande desgaste emocional e este é ainda mais agravado quando outras pessoas confrontam a falta de atitude do fóbico. Isso é observado na psicologia, quando o fóbico é estimulado a enfrentar o problema, e que resulta na piora do estado mental, se isolando ainda mais após a experiência.

Experiências confrontantes resultam, na totalidade, em mais isolamento.

A incapacitação
A fobia social incapacita a pessoa para o estudo, trabalho e demais atividades sociais privando o indivíduo de conquistas elementares na vida como amizades, relacionamentos amorosos, formação de uma família e crescimento profissional.

Comumente, os portadores de fobia social abandonam a escola e os estudos.
Os que conseguem trabalhar, buscam profissões onde a interação social é mínima e em períodos noturnos.

Com tanto esforço e sacrifício de suportarem a sua própria exposição, com o tempo, eles mentalizam que não precisam das outras pessoas, e começam a evitar todas as situações sociais.

Isolam-se de toda a sociedade, ganham uma personalidade muito depressiva e desiludidos com a vida, com a culpa do seu ser na consciência.

O tratamento e a cura
O tratamento de um fóbico social é feito por um Psiquiatra e/ou Psicólogo  e/ou Psicanalista por meio de psicoterapia e também com o uso de fármacos como o mais indicado clonazepam e antidepressivos inibidores da rematação da serotonina.

Existem também tratamentos alternativos, como homeopatia, florais, hipnose, acupuntura, etc.

O sucesso do tratamento depende de muitos fatores como o ambiente familiar e atividades de integração social de forma graduada e assistida.

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