quarta-feira, 8 de outubro de 2014

AUMENTO DAS DOENÇAS MENTAIS


Dados estatísticos
No Brasil os transtornos mentais atingem 23 milhões de pessoas precisam de algum tipo de atendimento em saúde mental. 12% da população brasileira tem algum tipo de transtorno mental leve e moderado, enquanto 5% tem doenças graves, como esquizofrenia e transtorno bipolar.

Sendo que estima-se que 1 milhão e 300 mil pessoas no Brasil com doenças mentais graves estão sem atendimento.

A OMS afirma que no mundo hoje são 400 milhões de pessoas com problemas mentais.
 
Considerações sobre o aumento das enfermidades mentais
Nos últimos dez anos, um número maior de pessoas passou a sofrer de doenças mentais.

Os distúrbios são graves e afetam as pessoas por mais tempo, muitas vezes a vida inteira.

É que houve um aumento da expectativa de vida, as pessoas vivem mais e o tempo de duração da doença é também maior.

Em quase todos os países, a expectativa de vida aumentou em oito anos nas últimas décadas, e pessoas idosas são também mais propensas à depressão.
 
Perguntas ligadas ao aumento das enfermidades mentais

Os problemas mentais são considerados menos graves?
Exatamente.

E eles são muito graves, para os pacientes e também para a sociedade.

É claro que é grave quando alguém sofre um infarto ou desenvolve diabetes, mas o impacto das doenças mentais é maior para a sociedade, porque faz com que pessoas, aparentemente saudáveis, passem 30 anos sem conseguir trabalhar.

Qual é o papel do estresse da vida moderna no aumento dos casos de depressão?
O estresse pode fazer surgir um novo caso de depressão.

Por outro lado, as pessoas que sofrem de depressão sentem mais estresse em alguns tipos de atividades que para outras pessoas não teriam o mesmo peso, como cuidar dos filhos ou realizar as tarefas profissionais.

Uma pessoa em depressão não aguenta trabalhar oito horas diárias consecutivas, por isso os efeitos da doença são graves para a sociedade.

Quer dizer que as pessoas sofrem mais de estresse porque já sofrem de um distúrbio psíquico?
Exatamente.

O estresse sozinho não causa doenças mentais.

Observe países onde as pessoas sofrem muito, passam fome, vivem em terríveis condições de pobreza, ou em guerra civil. Essas pessoas têm um alto nível de estresse, mas não têm mais doenças mentais do que em países onde não há fome ou guerra civil.

O ser humano aprendeu a conviver com essas situações ao longo da evolução.

Nós aprendemos a lutar pela sobrevivência, mas nós não aprendemos a conviver com a situação de não saber o que fazer profissionalmente.

Quais são os distúrbios mentais mais frequentes?
O mais frequente é a ansiedade, que afeta cerca de 14% da população, a depressão grave vem em segundo lugar, com 7%.

Muitas vezes, a doença começa com ansiedade para mais tarde virar depressão.

Quais são as causas?
Temos várias, desde o excesso de cobranças, insegurança e até as dificuldades financeiras.

O medo, pois mesmo reconhecendo que o  medo sempre foi algo importante na história da evolução, toda pessoa pode ter medo de vez em quando e isso é inteiramente normal.

O medo nos ajudou a sobreviver. No entanto o medo em excesso nos leva a desenvolver alguns transtornos.

A tristeza. O ficar triste também faz parte da condição humana, mas em excesso causa também transtornos mentais.

Isso mostra que há regulação entre o medo, a angústia e a depressão.

Mas em situações extremas da vida, desafios para as quais a pessoa não está preparada, o mecanismo normal de regulação não funciona e a pessoa pode adoecer de depressão.

 As condições sociais são um terreno fértil para a doença, mas a depressão não é causada só pelo estresse.

A depressão podem ser sentimentos comuns, inerentes ao ser humano.

No entanto quando a depressão é uma situação constante, dia após dia, noite após noite, sem que a pessoa melhore, ai, sim temos uma situação patológica.

A depressão é o que motiva as pessoas que tentam o suicídio?
Nem sempre.

O suicídio tem algo a ver com depressão mas esta, sozinha, não é a causa do suicídio.

Um paciente de depressão não tem a energia para praticar o suicídio. Já o paciente de síndrome de pânico que tem também depressão, sim.

Há progressos na terapia contra a depressão?
Nos últimos 20 anos, com o surgimento de novos medicamentos e métodos de terapia, os distúrbios mentais passaram a ser tratados com mais eficácia.

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