quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

ANSIEDADE, ANGÚSTIA, ÂNSIA OU NERVOSISMO


Ansiedade, angústia, ânsia, ou nervosismo é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax, transpiração, e outras alterações associadas à disfunção do sistema nervoso autônomo.

MANIFESTAÇÕES MAIS COMUNS
As pessoas ansiosas têm um vasto número de sintomas. Muitos resultam de um aumento da estimulação do sistema nervoso vegetativo ou autônomo, que controla o reflexo ataque-fuga. 

Outros são somatizações, ou seja, os doentes convertem a ansiedade em problemas físicos, incluindo dores de cabeça, distúrbios intestinais e tensão muscular.

Cerca da metade das pessoas com ansiedade sofrem principalmente de sintomas físicos, normalmente localizados nos intestinos e no peito. 

TIPOS E NÍVEIS
Ansiedade normal
Aquela que se encontra presente em todo ser humano. Ela é justificável e necessária até para que a possa produzir em seu dia a dia.

Ansiedade leve
Aquela que vai além da normalidade e não é justificável. Ela já causa alguns sintomas, só que não abate tanto a pessoa, nem causa tantos prejuízos ainda.

Ansiedade moderada
Aquela que ultrapassa o limite da Ansiedade leve. Ela tem um aumento dos sintomas, bem como existe também uma elevação da intensidade dos mesmos.

Ansiedade Grave, ou conhecida como Generalizada.
Aquela que chega a travar a pessoa e causar inúmeros prejuízos, os sintomas são inúmeros e deixa a pessoa sem produzir nada em seu dia a dia.

ANSIEDADE COMO PATOLOGIA E ANSIEDADE COMO SINTOMA
Conforme a sintomatologia, a ansiedade pode ser classificada em vários transtornos, mas sempre quando há um grau patológico, definido como aquele que causa interferência nas atividades normais do indivíduo.

Resumindo a Ansiedade pode ser uma patologia ou um sintoma de uma outra patologia.

Todas as pessoas podem sentir ansiedade, principalmente com a vida atribulada atual. 

A ansiedade acaba tornando-se constante na vida de muitas pessoas.

Dependendo do grau ou da frequência, pode se tornar patológica e acarretar muitos problemas posteriores, como o transtorno da ansiedade. Portanto, nem sempre é patológica.

INCIDÊNCIA
A ansiedade pode atingir quaisquer pessoas. Contudo, as mulheres estão mais propensas do que os homens. 

Além disso, a faixa etária de maior incidência é de 30 a 59 anos.

No entanto, tem tido um aumento grande de pacientes com ansiedade e temos também hoje, muitas crianças, adolescentes e jovens que tem desenvolvida a patologia.

SINTOMAS MAIS FREQUENTES:
Aumento de alergias
Aumento em número, sensibilidade, reação. Poderá notar que as suas alergias pioraram, que é alérgico a mais substâncias, que as reações alérgicas são mais frequentes, ou que demoram mais a passar.

Dores de costas, Rigidez, inflamações, espasmos, imobilidade
Dores de costas, rigidez, tensão, pressão, inflamações, espasmos, imobilidade nos músculos das costas. Um ou mais músculos podem ser afetados. 

Este sintoma pode durar pouco tempo ou durar indefinidamente. Estes sintomas são comuns aos sintomas de stress.

Palidez, falta de cor, enrubescimento
Poderá parecer doente ou ter a cara, pescoço e braços avermelhados, sentir calor e tremores.

Tremores
Poderá sentir tremores, tonturas, arrepios. Este sintoma pode afetar todo o corpo ou só uma parte do corpo e acontecer apenas uma vez, ou repetidamente.

Mudança de temperatura de corpo – Descida ou subida abrupta
A sua temperatura corporal poderá variar abaixo ou acima dos normais 37o.

Sensação de ardor
Poderá ter uma sensação de ardor como se tivesse uma queimadura solar. Esta sensação pode permanecer numa área do corpo, ou no corpo todo. Pode ser intermitente ou persistente.

Dores no peito
Dor, pressão, pontadas, dormência. 

Estes sintomas podem localizar-se num determinado local ou espalhar-se por todo o peito. 

Fadiga crónica
Poderá sentir-se extremamente exausto, sem energia. Poderá sentir-se cansado durante muito tempo ou após pequenas tarefas que habitualmente não o cansariam. Sente que poderia dormir o dia inteiro e mesmo assim acordar cansado.

Necessidade de açúcar, doces, ou chocolate
Sente uma grande necessidade de consumir açúcar, doces ou chocolate, persistentemente.

Dificuldade em falar e andar
Poderá experimentar dificuldade em andar, em falar, pronunciar palavras, sílabas, ou vogais, em mexer a boca, lábios ou língua. Em algumas pessoas estes sintomas são esporádicos, noutras pessoas são persistentes.

Excesso de energia
Poderá sentir-se demasiado enérgico, como se tivesse que correr ou fazer qualquer coisa para gastar a sua energia. 

Por vezes poderá não conseguir dormir, pois a sua cabeça parece estar a mil quilômetros à hora. 

Sensação de que está a cair
Poderá experimentar breves episódios em que parecerá que está a cair, mesmo estando em chão firme. A sensação é quase como se estivesse prestes a desmaiar.

Frio
Poderá sentir-se usualmente frio, sem conseguir aquecer, faça o que fizer. Esta sensação poderá ir e vir, ou ser acompanhada de episódios de constipação.

Palpitações
Poderá sentir que o seu coração está acelerado ou demasiado lento, provocando dores no peito e tosse. Este sintoma poderá ser acompanhado de falta de ar.

Contração muscular
Um certo músculo, ou conjunto de músculos, poderá contrair-se involuntariamente.

Dormência e formigueiro, perda de sensibilidade
Poderá sentir uma parte do seu corpo dormente, insensível ao toque, como se estivesse congelada ou anestesiada. Isto pode acontecer em todo o corpo, mas as partes afetadas mais comuns são as mãos, os pés, os braços e as pernas. 

Tensão e Dores Musculares Persistentes
Poderá sentir que os seus músculos estão sempre contraídos e doridos. Poderá sentir dores na cabeça, nuca e pescoço, ou então pode sentir apenas pressão ou até mesmo dor.

Necessidade frequente de urinar
Poderá sentir uma necessidade frequente e persistente de urinar, mesmo que tenha acabado de o fazer.

Dificuldade em respirar
Poderá sentir que a sua respiração é forçada e dolorosa. Aperceber-se à da sua forma de respirar e isto fará com que tenha dificuldade em o fazer.

Tonturas
Poderá sentir súbitas tonturas, acompanhadas da sensação de que ira desmaiar.

Redução da capacidade auditiva
Este sintoma pode assumir várias formas e varia de pessoa para pessoa. Pode traduzir-se em perda de audição, dificuldade em ouvir certos sons ou frequências, grande pressão nos ouvidos, assobio persistente no ouvido. Este sintoma pode afetar apenas um ouvido ou os dois.

Despersonalização
Poderá sentir-se surreal, resultante de um sonho, absorto da realidade. Poderá sentir que não faz parte do mundo, apenas o observa, e poderá questionar a sua sanidade mental.

Pensamentos, melodias, conceitos persistentes
Poderá sentir que determinados pensamentos, melodias e/ou conceitos não lhe saem da cabeça. Não importa o que faz, não consegue deixar de pensar neles.

Vazio emocional
Poderá sentir que não tem emoções, sejam positivas ou negativas. Racionalmente, sabe que se deveria preocupar, mas emocionalmente não sente nada.

Sabores e cheiros anormais
Poderá sentir, esporádica ou persistentemente, cheiros e sabores que não estão relacionados com o ambiente em que está ou com algo que ingeriu. Não têm explicação racional.

Engasgue
Poderá sentir frequentemente que têm algo preso na garganta, que está a engasgar e que não consegue engolir.

Falta de apetite ou de paladar
Poderá sentir falta de apetite, ou que a comida não tem sabor.

Náuseas
É frequente a sensação de dores de estômago, acompanhadas de vontade de vomitar. 

Ilusões ópticas
Poderá experimentar ilusões de óptica, movimentos ou estrelas ao canto do olho que não existem.

Medos
Medo de morrer
Sente que a sua doença está em fase terminal e que ninguém se apercebe. Acredita que as dores que sente no peito são sinais de ataques cardíacos ou que as dores de cabeça são sinal de um tumor ou aneurisma. Sente um intenso medo de morrer, pensa na morte mais do que é normal.

Medo de perder o controlo
Numa multidão ou num grupo, sente que irá fazer algo embaraçante como desmaiar, vomitar, engasgar-se, gaguejar, etc.  sente não conseguir controlar o seu corpo ou aquilo que diz. Apesar de realmente não perder o controlo, o seu medo persiste e leva a ataques de pânico.

Medo de um perigo iminente
Sente que algo extremamente mau irá acontecer, mas não está certo do que se trata. Poderá também pensar que o seu mundo irá acabar. Este medo do «e se» pode ser intermitente ou frequente.

Medo de ficar louco
De repente, assalta-o um enorme medo de perder a sanidade. Poderá acreditar que não se consegue lembrar de coisas tão facilmente como antes. 

Por vezes, isto é acompanhado de um intenso medo de ter um esgotamento nervoso. 

Também poderá ter períodos de pensamentos «malucos» que o assustam, pensamentos estes que são incontroláveis e intermitentes.

AS CAUSAS
Esses dois aspectos, tanto a ansiedade quanto o medo, não surgem na vida da pessoa por uma escolha. 

Acredita-se que vivências interpessoais e problemas na primeira infância possam ser importantes causas desses sintomas. 

Além disso, existem causas biológicas como anormalidades químicas no cérebro ou distúrbios hormonais. 

Ansiedade é um estado emocional que se adquire como consequência de algum ato. 

Embora para a medicina alopata a ansiedade seja uma doença em decorrência do desequilíbrio químico no cérebro, para a medicina chinesa a ansiedade é uma doença da energia do corpo, pois não existe órgão lesado que produza marcadores bioquímicos como: hormônios, enzimas que indique lesão etc. mas o desequilíbrio do organismo existe.

O desequilíbrio ocorrerá futuramente com o agravo do quadro ou com a evolução do agudo - crônico - degenerativo.

CONSEQUÊNCIAS DA ANSIEDADE
Baixa autoestima
Ter ansiedade ou sofrer desse mal faz com que a pessoa perca uma boa parte da sua autoestima, ou seja, ela deixa de fazer certas coisas porque se julga ser incapaz de realizá-las. 

Medo de enfrentar a vida
Dessa forma, o termo ansiedade está de certa forma ligado à palavra medo, sendo assim a pessoa passa a ter medo de errar quando da realização de diferentes tarefas, sem mesmo chegar a tentar.

Diminuição do potencial intelectual
A Ansiedade em níveis muito altos, ou quando apresentada com a timidez ou depressão, impede que a pessoa desenvolva seu potencial intelectual. 

Dificuldade de aprendizagem
O aprendizado é bloqueado e isso interfere não só no aprendizado da educação tradicional, mas na inteligência social. O indivíduo fica sem saber como se portar em ocasiões sociais ou no trabalho, o que pode levar a estagnação na carreira.

TRATAMENTO
Psicoterapia e medicação
O ideal é começar com a psicoterapia, caso necessário usar uma medicação fitoterápica, ou homeopática, natural, floral, etc., podendo ser usado também métodos alternativos, como acupuntura, yoga, massagens, etc

Caso não haja um bom resultado pode-se iniciar o uso de medicamento alopata, que normalmente é passado pelo Psiquiatra, dentre os quais ansiolíticos e antidepressivos. 

O tratamento é iniciado com ansiolíticos como, por exemplo, os benzodiazepínicos. 

Logo após a estabilização do paciente, o médico pode prescrever um antidepressivo para o controle da ansiedade. Outra classe de medicamentos também utilizada são a dos betabloqueadores. 

É sempre importante que o paciente consulte um médico, pois esses medicamentos são normalmente controlados. 

É claro que estes medicamentos são muito importantes, mas se forem retirados a ansiedade aparece novamente. 

É preciso, então, escolher uma psicoterapia para analisar e enfrentar as causas psicológicas deste transtorno.

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