terça-feira, 1 de novembro de 2022

COMUNISMO: DEFINIÇÃO, SÍNTESE HISTÓRICA, PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS E OUTROS TERMOS MARXISTAS


O QUE É COMUNISMO

É a doutrina (conjunto de princípios) das condições da libertação do proletariado (quem vive da venda do seu trabalho por salário, no caso o assalariado).

UMA SÍNTESE HISTÓRICA DO COMUNISMO

Origem do termo

O termo vem do latim communis = comum, universal, público.

O que designa o termo

O termo designa uma estrutura social ou estado político onde todas as coisas são desfrutadas em comum, incluindo os meios de produção e os seus resultados.

Os sistemas políticos usam a mente e exigem a abolição da propriedade privada, bem como o controle da comunidade sobre todas as fontes das riquezas e questões econômicas.

Os comunistas acreditam que esse modelo de governo era algo comum na antiguidade e será o alvo, ou melhor, cedo ao mais tarde voltará a ser.

A doutrina comunista não é algo novo na história, antes de Marx e outros teóricos promoveram essa doutrina, vejamos:

Sir Thomas More

Ele expôs a doutrina em seu livro UTOPIA, na primeira metade do século XVI.

Étienne M. Cabet

Étienne M. Cabet, em sua obra VOYAGE EM ICARIE, em 1839, tendo como base as ideias de Sir Thomas More, lanço as bases de uma ideologia política e pacífica.

Francois Gracchus Babeuf

As ideias de um comunismo revolucionário aconteceram na França, com François Babeuf, na Revolução Francesa.

Por isso, a doutrina comunista (comunismo utópico igualitário) por muito tempo, antes do surgimento do comunismo russo, ela era conhecida como BABOVISMO.

Portanto, babovismo era a doutrina de Gracchus Babeuf e de seus discípulos, que visava à instauração de uma espécie de comunismo igualitário, fundada pelo revolucionário francês nos fins do século XVIII.

OBJETIVOS DO COMUNISMO

O comunismo tem como objetivos:

Uma sociedade sem classes sociais, uma sociedade sem exploração do ser humano por outro ser humano.

Uma sociedade sem propriedade privada dos meios de produção.

Uma sociedade sem Estado.

O comunismo é uma sociedade sem classes sociais, sem exploração do ser humano por outro ser humano, sem propriedade privada dos meios de produção e sem Estado.

Para que um país seja comunista se faz necessário a INEXISTÊNCIA de CLASSES SOCIAIS, PROPRIEDADES E ESTADO.

Em outras palavras, o comunismo é a extirpação do estado burguês, sendo o último estágio do socialismo.

Resumindo:

O objetivo imediato do comunismo é comum a todos os partidos de esquerda, a saber:

Constituição dos proletariados em classe;

Derrubada da supremacia burguesa;

Conquista do poder político pelo proletariado.

E tudo isso através da revolução e da luta armada.

A PRATICIDADE E FUNCIONALIDADE DAS IDEIAS DO MARXISMO E COMUNISMO AO LONGO DA HISTÓRIA

Diante da definição e dos objetivos do comunismo que foram expostos se conclui que o comunismo nunca aconteceu na história e provavelmente nunca vai acontecer, não passando de uma utopia, com promessas vagas por parte de seus idealizadores. 

Ou melhor, mesmo os países tidos atualmente como comunistas, não são de fato comunistas.

No entanto, os marxistas e comunistas acreditam piamente que as teorias de Carl Marx são uma crítica a utopia e ao idealismo, conforme as ideias Hegelianas, o chamado Idealismo Absoluto de Hegel, que afirmava que a transformação da razão e de seus conteúdos é movida pela própria razão, ou melhor, o mundo é uma ideia, assim como tudo que nele existe.

Na verdade, eles, aceitam a definição de utopia como sendo a mesma que idealismo, o que na verdade são diferentes, senão vejamos:

Utopia vem a ser o que se imagina como sendo perfeito, ideal, porém imaginário não se sabe ao certo se é possível alcançar ou realizar, é almejado, mas apenas utópico.

Idealismo vem a ser uma atitude que consiste em subordinar o pensamento e a ação a um ideal; idealidade; fantasia; devaneio; filos., corrente de pensamento que reduz toda a existência a ideias ou considera que toda a existência se determina pela consciência, opondo-se frequentemente ao realismo, ao empirismo e ao materialismo.

Na verdade, o comunismo em si é uma utopia por lhe faltar uma conexão da teoria com a realidade.

MARX E O COMUNISMO

Carl Marx é o expoente maior do Marxismo, dele vem toda a teoria tanto para o marxismo como para o comunismo.

Carl Marx era inicialmente admirador da filosofia de Hegel, fazendo parte de um grupo de jovens que seguiam as ideais hegeliana, sendo que com o tempo, ele deixa de seguir Hegel e as críticas que Marx faz a Hegel se torna os princípios filosóficos do Marxismo.

MARXISMO E COMUNISMO

Marxismo e Comunismo não são a mesma coisa, existem diferenças, mesmo sabendo que existe uma conexão, pois ninguém pode ser comunista sem conhecer a doutrina marxista.

Não existe sinônimo entre Marxismo e Comunismo.

Vejamos o que é marxismo:

O marxismo é constituído por três itens, a saber:

Filosofia

(Materialismo Histórico Dialético)

Economia

(Crítica da Economia Política)

Política

(Socialismo Científico).

Nestas bases estão o que é comum a todo comunista e se constituem os pilares do marxismo.

EXPLICAÇÃO DA FILOSOFIA, DA ECONOMIA E DA POLÍTICA NO MARXISMO

EXPLICAÇÃO DA FILOSOFIA (MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO)

É a concepção de que a produção material é a base da ordem social.

Aqui temos: A Infraestrutura e a Superestrutura.

A infraestrutura (Economia) é a base e a Superestrutura ((Politica, Esfera Jurídica, Pensamentos Religiosos, Cultura, etc) é a superfície, logo, a Superestrutura depende da Infraestrutura.

Aqui entre a observação dos fatos HISTÓRICOS de como as pessoas produziam ao longo do tempo para atender suas necessidades.

EXPLICAÇÃO DA ECONOMIA (CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA)

A crítica da economia política de Marx, que é o segundo pilar da sua doutrina é uma crítica a economia do capitalismo burguês.

Para os marxistas o que é:

Capitalismo:

Capitalismo é um modo de produção. 

Modo de produção:

O modo de produção é o resultado das interações entre forças produtivas e relações de produções.

Forças produtivas: 

São como as pessoas atuam sobre a natureza.

Relações de produções:

São como as pessoas atuam sobre as outras.

A interação entre as forças produtivas e relações de produção, recebe o nome de produção.

Para os marxistas as forças de produção capitalista são: emprego da indústria, maquinário, automação de matriz energética e divisão do trabalho.

Os marxistas afirmam que no capitalismo o trabalho é fragmentado, dividido em pequenas partes especializadas.

As forças de relações de produção do capitalismo segundo os marxistas estão baseadas na exploração do trabalho do proletariado (empregados assalariados) pela a burguesia (donos de empresas).

Ou melhor, para os marxistas, a base das forças de relações de produção é a exploração, sendo essa exploração baseada na divisão de classes.

Classes:

É uma divisão social do trabalho, posição que se ocupa no processo produtivo, sendo que essa divisão é social e não natural.

Divisão classe social: burguês e proletariado.

A burguesia é a classe exploradora e o proletariado, a classe explorada.

Lembrando que a divisão de classe para o marxismo não é determinada pelo salário que uma pessoa ganha, mas pela posição social que ela ocupa no processo produtivo.

Todo assalariado é classificado como proletariado.

Capital:

Para os marxistas o capital é um valor que gera valor, recurso que gera recurso e riqueza que gera riqueza.

E é através do capital que a burguesia explora o trabalhador.

Essa exploração na época moderna acontece por conta o capital disponível entre a burguesia, esse capital que não necessariamente é dinheiro, mas pode ser também os meios de produção.

Para os marxistas, a mercadoria é o centro das relações sociais.

Para os marxistas, no capitalismo não existe a produção da existência, mas sim, a compra da existência.

Propriedade privada:

Livre disposição do trabalho de outra pessoa.

Para o marxismo a propriedade privada não é a propriedade em si, mas os meios de produção, ou melhor, o que se faz necessário para execução do trabalho.

Mercadoria:

Para os marxistas a mercadoria é algo produzido para ser consumido por outro ou ser vendido no mercado.

Para os marxistas, no capitalismo a mercadoria é o centro das relações sociais.

Para os marxistas, no capitalismo não existe a produção da existência, mas sim, a compra da existência.

Valor:

Para os marxistas valor não é preço.

O valor é determinado trabalho social empregado na confecção da mercadoria.

Lembrando que não é uma questão de tempo que se gasta na produção de um determinado produto, mas pela quantidade de trabalho socialmente necessário.

Outra coisa importante o que conta aqui não é o que é feito pelo o indivíduo, mas o que é feito socialmente.

Preço:

Para os marxistas o preço é a expressão em dinheiro do valor.

Mais-Valia:

Para os marxistas mais-valia é o valor gerado pelo trabalhador que é apropriado pelo burguês na forma de lucro, que não retorna para o trabalhador.

A mais-valia pode ser: absoluta (quando se aumenta a quantidade das horas de trabalho), relativa (quando se aumenta a produtividade) e extraordinária (quando se aumenta a produtividade em relação a outras fábricas).

EXPLICAÇÃO DA POLÍTICA (SOCIALISMO CIENTÍFICO)

Os marxistas acreditam que as classes sociais e a propriedade privada podem ser descartadas, pois elas não são necessárias, pois pode haver, como já houve sociedades, nas quais não havia classes sociais e propriedades privadas.

Os marxistas vêm o crescimento de produção em excesso como algo negativo e como um gerador de pobreza e miséria.

Isso devido ao fato de que a produção no capitalismo visa o capital e não a necessidade das pessoas.

Toda essa situação só pode mudar com a ruptura através da luta de classes, ou revolução feita de cima para baixo e com a criação de uma ditadura do proletariado.

O que é uma ditadura do proletariado?

Para os marxistas, a ditadura do proletariado é uma inversão de poder, pois o que existe no capitalismo é a DITADURA DA BURQUESIA que deve ser substituída pela DITADURA DO PROLETARIADO.

Aqui se encontra a descrição do processo de transição do SOCIALISMO PARA O COMUNISMO.

Os marxistas vêm essa transição como sendo algo que vai acontecer de uma forma ou de outra no decorrer da história, pois o capitalismo vai aumentar tanto o número de proletariados que a burguesia não poderá suportar e daí surge o momento de a classe trabalhadora fazer a transição, primeiro do 

PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO COMUNISMO

O processo de implantação do comunismo tem as seguintes etapas: CAPITALISMO PARA O SOCIALISMO E DEPOIS PARA O COMUNISMO.

E como isso vai acontecer?

Para o marxismo o ESTADO é um aparato de violência específica de classes, ou melhor, o ESTADO surge para que a classe dominante mantenha a classe dominada no seu devido lugar através da violência.

Para eles, na sociedade capitalista quem detém o aparato estatal é a burguesia, no caso o Estado é instrumentalizado pela burguesia para manter a burguesia no poder.

Os marxistas chamam isso de DITADURA DA BURGUESIA.

Para os marxistas quando a classe do proletariado dominar a classe da burguesia, o ESTADO fará o contrário, passando a ser um aparato de violência para erradicar a burguesia como classe.

Nesse caso o Estado irá oprimir a burguesia até ela desaparecer e conforme as outras classes forem desaparecendo o ESTADO se torna obsoleto, sem utilidade, aqui acontece na visão marxista a extinção do ESTADO.

Para os marxistas o Socialismo e Comunismo só passam a ter o sentido que tem hoje, depois da revolução Russa.

No caso o Socialismo é a etapa de transição para a implantação do Comunismo.

Nesse caso o Socialismo é a transição e o Comunismo é o destino, no Socialismo acontecerá a opressão da burguesia e no Comunismo, o proletariado tomará absoluto poder, desaparecendo de uma vez, as classes sociais e o Estado.

Outra coisa importante de se notar na visão marxista é o fato de que as experiências socialistas fracassadas, pois os marxistas não aceitam que existiu ou existam uma experiência comunista até o presente momento, são atribuídas ao sistema político anterior, no caso o capitalismo.

Ou melhor, os marxistas não prometem nada de certeza, a não ser uma, a que tudo de ruim que aconteçam numa experiência socialista, se deve ao capitalismo anterior.

Resumindo o socialismo científico temos:

Que a existências das classes estão ligadas a determinadas fases de desenvolvimento da produção;

Que a luta de classe conduz necessariamente, a ditadura do proletariado;

Que essa ditadura nada mais é que a transição para abolição de todas as classes e uma sociedade sem classe.

AS VARIAS ESCOLAS E PENSAMENTOS MARXISTAS/COMUNISTAS

A história do comunismo abrange uma ampla variedade de movimentos políticos que compartilham os valores teóricos fundamentais sobre a propriedade comum da riqueza.

O comunismo inclui uma variedade de escolas de pensamento que incluem o Marxismo,  Leninista, Marxismo-Leninismo,  Stalinista, Maoísta (Maoismo),  Trotskista (Trotskismo), Eurocomunismo, Marxismo libertário, Comunismo de conselhos, Comunismo de esquerda, Comunismo não marxista, Anarcocomunismo (também chamado de anarquismo comunista ou comunismo libertário) e Comunismo cristão, assim como as ideologias políticas agrupadas em torno de ambos, todas as quais compartilham a análise de que a ordem atual da sociedade deriva do capitalismo, seu sistema econômico e seu modo de produção.

No entanto, a principal forma de comunismo na história foi aquela concebida por Karl Marx e Friedrich Engels, que a definiu como "a doutrina das condições de libertação do proletariado".

OUTROS TERMOS USADOS PELOS MARXISTAS E COMUNISTAS

BURGUESIA E DO PROLETARIADO 

Segundo os comunistas a burguesia e o proletariado surgia com o fim da manufatura e do artesanato, sendo dominado pelo sistema fabril, sendo que os grandes capitalistas suplantaram os pequenos mestres por meio de montagens de grandes oficinas.

Com isso a antiga classe média, em especial os pequenos mestres artesãos ficaram arruinados, dando assim origem a duas classes, a saber:

A classe dos grandes capitalistas, formando assim a classe dos burgueses, ou a burguesia.

A classe dos que nada possuem, os quais, em virtude disso, estão obrigados a vender o seu trabalho aos burgueses a fim de obter em troca os meios de existência necessário ao seu sustento. Esta classe chama-se a classe dos proletários, ou o proletariado.

PROLETARIADO

A palavra proletariado é mais antiga do que parece. 

Proletariado (do latim proles, “filho, descendência, progênie”) é um conceito usado para definir a classe oposta à classe capitalista. 

Remete à Roma Antiga, onde designava os cidadãos pobres, sem propriedades, cuja função para o Império Romano era gerar prole para abastecer o exército, ou seja, seu uso era negativo e pejorativo.

No século XIX, o termo foi ressignificado de forma positiva por ideários e movimentos vinculados ao espectro político da esquerda, tais como.

A partir dos escritos de Karl Marx, o proletariado passou a ser compreendido como a classe social dos trabalhadores sem meios próprios de subsistência, os quais vendem sua capacidade produtiva em troca de um salário.

O proletário consiste daquele que não tem nenhum meio de vida exceto sua força de trabalho (suas aptidões), que ele vende para sobreviver.

O proletário difere de um camponês, pequeno comerciante ou artesão, visto que estes possuem o produto do seu trabalho e podem utilizá-lo, seja para subsistência, seja para troca ou venda. 

O proletário, ao contrário, vende a sua capacidade de trabalhar, portanto o produto do seu esforço não lhe pertente, mas a quem paga para que ele o faça. 

Ao colocar suas habilidades sob a vontade de seu empregador, passa a alienar-se não só do produto final do seu trabalho, mas de suas próprias ações diárias no ambiente de trabalho, não reconhecendo sentido ou significado na atividade produtiva que consome a maior parte de seu tempo e na qual dispende seus melhores anos. 

Portanto, o proletariado está sob um modo opressivo de provisão da sobrevivência, pois, ao ser apartado de meios próprios de sustento, perde também sua autonomia, sua possibilidade de submeter seus talentos à sua vontade e criatividade.

A proletarização, processo pelo qual indivíduos são destituídos dos seus meios de subsistência e condicionados a se tornar mão de obra assalariada, implica que cada vez menos trabalhadores sejam possuidores do produto do seu trabalho.

Características do proletariado

É produto do capitalismo industrial;

Não possui meios próprios de subsistência;

Vende sua capacidade física e intelectual, seu tempo e sua energia para realizar atividades para outrem;

É alienado do processo e do resultado de suas ações, pois age sob a vontade do empregador;

Não possui o produto final do seu trabalho; em troca disso, recebe um salário que não corresponde ao trabalho realizado.

O proletariado nas palavras de Marx:

"Por burguesia entendemos a classe dos capitalistas modernos, proprietários dos meios de produção social e empregadores do trabalho assalariado. Por proletariado, a classe dos operários assalariados modernos que, não possuindo meios próprios de produção, reduzem-se a vender a força de trabalho para poderem viver”.

Proletariado para Max é sinônimo de classe trabalhadora ou classe operária. A exploração dessa classe é a fonte de lucro de sua opositora, a burguesia. 

O trabalho do proletário agrega valor ao produto final, porém o capital gerado pelo valor agregado que imprime ao produto não retorna a ele de nenhuma forma. 

Seu salário não corresponde à importância do seu papel no sistema produtivo. 

Além disso, sua sujeição à vontade do empregador e a maneira como é desenvolvido o processo de produção, fragmentado em etapas, com as pessoas se adaptando ao ritmo das máquinas, desumanizam-no.

Para os comunistas os proletariados apareceram com a revolução industrial, que se processou na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e que desde então, se repetiu em todos os países civilizados do mundo.

BURGUESIA

Burquesia é uma classe social, que não é definida por renda e salário.

Burquesia é definida pela posição que você ocupa no processo produtivo.

Já uma classe no processo produtivo não é a pessoa que ganha alto salário, porque mesmo que você ganhe um salário alto, você ainda depende do seu trabalho.

O burguês é aquele que tem o dinheiro e paga os trabalhadores.

O burguês vive do rendimento dos trabalhadores, do lucro, não tendo que trabalhar.

A burguesia nada tem a ver com a classe A ou Média, pois o trabalhador não tem contato com ela.

O povo não tem contato com a burguesia, nesse caso, a classe média é confundida com a burguesia.

Uma pessoa pode ganhar R$ 50.000,00 e outra pode ganhar um salário mínimo, isso não implica em dizer que os dois não seja da mesma classe social.

Os comunistas dividem a burguesia em duas: a grande burguesia e a pequena burguesia.

A grande burguesia compra a bancada temática, a pequena burguesia não, pois ela oscila entre ser trabalhadora e em ser dona do meio de produção.

A burguesia nas palavras de Marx:

"Por burguesia entendemos a classe dos capitalistas modernos, proprietários dos meios de produção social e empregadores do trabalho assalariado. Por proletariado, a classe dos operários assalariados modernos que, não possuindo meios próprios de produção, reduzem-se a vender a força de trabalho para poderem viver”.

A DITADURA DO PROLETARIADO

Os comunistas acreditam que se faz necessário por um processo revolucionário que vai acarretar na ditadura do proletariado.

Para o Marx e para os Marxistas, o Estado é um meio para violentar as classes sociais, ou melhor, o Estado não é para apaziguar os conflitos, mas surge para impedir que uma classe superponha a outra, logo, o Estado é burguês, e ele serve para violentar a classe trabalhadora, que não estar no poder, para mantê-lo no lugar.

Então, quando o comunismo fizer uma revolução, o Estado vai continuar, só que de maneira invertida, ou melhor, o aparato de violência vai continuar específico de classes vai continuar, só que a classe trabalhadora estará no poder e ela vai extinguir a burguesia como classe.

São os trabalhadores que vão tomar o poder do Estado, destruir o aparato do Estado burguês, construir um Estado revolucionário proletário e utilizar esse aparato do Estado para extinguir a burguesia como classe, sendo que essa extinção não é fisicamente, não é fuzilar burguês, mas fazer o burguês se tornar um trabalhador, ou melhor, fazer com aquele viva do trabalho dele como todo mundo.

Um exemplo:

Quando os Bolcheviques tomaram o poder, eles extinguiram toda a burguesia industrial em apenas um dia.

No dia seguinte da revolução, tudo estava desapropriado, isso é o que os comunistas chamam de violência de classe, porque é uma ruptura violenta, sem indenização, passando as fábricas para o Estado ou para os trabalhadores.

IGUALITARISMO

Igualitarismo, em filosofia política, é uma doutrina que defende a igualdade de direitos e oportunidades, para todos os seres humanos, tanto no âmbito político como no âmbito econômico e social.

No discurso da esquerda política, porém, o igualitarismo vai além da igualdade perante a lei, envolvendo também a luta de classes contra a desigualdade social e econômica.

PROPRIEDADE COMUM

Propriedade comum, ou propriedade coletiva, é um princípio relacionado à política, sociologia e economia no qual o patrimônio de uma empresa ou outra organização não são divididos nem por qualquer um de seus membros individuais, nem por uma instituição pública como um órgão governamental.

MEIOS DE PRODUÇÃO

Segundo a teoria marxista, meios de produção são os conjuntos formados por meios de trabalho e objetos de trabalho — ou tudo aquilo que medeia a relação entre o trabalho humano e a natureza, no processo de transformação da natureza em si.

Os meios de trabalho incluem os instrumentos de produção: instalações prediais (fábricas, armazéns, silos, etc), infraestrutura (abastecimento de água, fornecimento de energia, transportes, telecomunicações, máquinas, ferramentas, etc), no ambiente urbano das cidades (formadas pelo operariado), e terras e fazenda (que abrangem o trabalho do campo e o campesinato).

Os objetos de trabalho são os elementos sobre os quais é aplicado o trabalho humano - recursos naturais (terra, matérias-primas).

LUTAS DE CLASSES

Luta de classes, ou lutas de classes, no plural, refere-se a um fenômeno social de tensão ou antagonismo que existe entre pessoas ou grupos de diferentes classes sociais devido aos competitivos interesses socioeconômicos e desejos dessas pessoas diante da lógica do modo de produção capitalista, dando forma a um conflito que se expressa nos campos econômico, ideológico e político que é a norma na história humana.

A visão de que a luta de classes fornece a alavanca para mudanças sociais radicais para a maioria é fundamental nos trabalhos de Karl Marx e do anarquista Mikhail Bakunin.

O conflito de classes pode assumir muitas formas diferentes: violência direta, como guerras travadas por recursos e mão de obra barata; violência indireta, como mortes por pobreza, fome, doença ou condições de trabalho inseguras; coerção, como a ameaça de perda de empregos ou suspensão de investimentos importantes; ou ideologicamente, como livros e artigos. 

Além disso, existem formas políticas de conflito de classe; legalmente ou ilegalmente pressionando ou subornando líderes governamentais para a aprovação de legislação partidária desejável, incluindo leis trabalhistas, códigos fiscais, leis do consumidor, atos de congressos ou outras sanções, injunções ou tarifas. 

O conflito pode ser direto, como com um locaute destinado a destruir um sindicato, ou indireto, como com uma desaceleração informal na produção como forma de protesto contra os baixos salários dos trabalhadores ou uso práticas trabalhistas injustas pelo capital.

Segundo pensadores como David Ricardo, Pierre-Joseph Proudhon, Karl Marx e Mikhail Bakunin, a luta de classes seria a força motriz por trás das grandes revoluções na história, fornecendo a alavanca para radicais mudanças sociais. 

Esse conflito teria começado com a criação da propriedade privada dos meios de produção. A partir daí, a sociedade passou a ser dividida entre proprietários (burguesia) e trabalhadores (proletariado), ou seja, possuidores dos meios de produção e possuidores unicamente de sua força de trabalho. 

Na sociedade capitalista, a burguesia retém a mercadoria produzida pelo proletariado, e o produtor dessa mercadoria recebe um salário que é pago de acordo com a qualificação profissional dele.

MATERIALISMO HISTÓRICO

O materialismo histórico em Marx quer dizer como a sociedade humana se organiza para construir tudo o que existe na Superestrutura (Politica, Esfera Jurídica, Pensamentos Religiosos, Cultura, etc), que por sua vez é sustentada pela Infraestrutura (Economia).

IDEOLOGIA MARXISTA-LENINISTA

O Marxismo-Leninismo é uma ideologia comunista, a principal no movimento comunista ao longo do século XX, e a mais proeminente no movimento comunista em todo o mundo.

Marxismo-Leninismo era o nome formal da ideologia oficial de Estado adoptada pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), os seus Estados satélites no Bloco de Leste, os regimes comunistas asiáticos, vários regimes «socialistas científicos» no Terceiro Mundo durante a Guerra Fria, bem como a Internacional Comunista após a Bolchevização.

Hoje, o Marxismo-Leninismo é a ideologia de vários partidos comunistas, e é a ideologia oficial dos partidos governantes da China, Cuba, Laos e Vietname como repúblicas socialistas.

A DIFERENÇA DO PARTIDO COMUNISTA PARA OUTROS PARTIDOS OPERÁRIOS

Os comunistas só se distinguem dos outros partidos operários devido:

1) Nas lutas nacionais prevalecem os interesses comuns do proletariado, não importando a nacionalidade;

2) Na luta entre os proletariados e burgueses, eles sempre representam em toda parte, os interesses do movimento em seu conjunto.

Daí, o motivo pelo qual os partidos de esquerda e seus representantes nos países democráticos não falam nada contra o país aonde seus governantes são socialistas, ou de esquerda, mesmo sendo os mesmos autoritários.

FONTES DE PESQUISAS

1. ENGELS, Friedrich. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO COMUNISMO E OUTROS TEXTOS, Estudos vermelhos, São João del Rei, 2013.

2. https://ay-aci.medium.com/utopia-e-realidade-idealismo-e-realismo-como-m%C3%A9todos-de-abordagem-segundo-e-h-carr-

3. https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/proletariado.htm

4. https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/proletariado.htm

5. https://pt.wikipedia.org/wiki/História_do_comunismo.

6. https://pt.wikipedia.org/wiki/Igualitarismo.

7. https://pt.wikipedia.org/wiki/Luta_de_classes.

8. https://pt.wikipedia.org/wiki/Marxismo-leninismo.

9. https://pt.wikipedia.org/wiki/Meios_de_produção.

10. https://www.diferenca.com/capitalismo-e-socialismo/

11. https://www.diferenca.com/comunismo-e-capitalismo/

12. https://www.diferenca.com/democracia-e-ditadura/.

13. https://www.diferenca.com/esquerda-e-direita-na-politica/

14. https://www.diferenca.com/socialismo-e-comunismo/

15. https://www.marxists.org/portugues/tematica/livros/materialismo/01.htm.

16. https://www.youtube.com/watch?v=cg5winGpx80&t=2721s

17. KARL. Marx, FRIEDRICH Engels. MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA; tradução, prefácio e notas de Edmilson Costa; apresentação à edição brasileira de Annibal Fernandes – São Paulo: Edipro, 2019.

18. KARL. Marx, FRIEDRICH Engels. MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA; tradução, prefácio e notas de Edmilson Costa; apresentação à edição brasileira de Annibal Fernandes – São Paulo: Edipro, 2019.

19. KARL. Marx. OBRAS SELETAS. São Paulo: Centaur Editions, 2013.

20. LÊNIN, Vladimir Ilitch Ulianov. ESQUERDISMO: DOENÇA INFANTIL DO COMUNISMO, Livro de Domínio Público, 1920.

21. SATHLER. André Rehbein, SATHLER. Malena Rehbein. 150 TERMOS PARA ENTENDER POLÍTICA. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2020.

22. SKOUSEN, Cleon W. O COMUNISMO EXPOSTO: DESVENDANDO O COMUNISMO E RESTAURANDO A LIBERDADE; tradução de Danilo Nogueira, Campinas, SP: Vide Editorial, 2018.


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