segunda-feira, 28 de abril de 2014

MOTIVAÇÃO NO TRABALHO


 
 
1. MOTIVAÇÃO

Definição
O motivo é um fator que desperta, sustenta ou dirige a atividade de um organismo. Todo comportamento é motivado e toda aprendizagem envolve recompensa.

Motivação é um termo que engloba necessidades, desejos, impulsos, interesses e propósitos de um organismo.

A motivação é importante porque é a partir da análise da motivação que se levantam teorias da aprendizagem, do desenvolvimento e da conduta.

2. CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS MOTIVOS

Antes da classificação dos motivos é preciso dizer que:
·         Os motivos das pessoas variam de cultura para cultura;
·         Variam de pessoa para pessoa;
·         Variam num mesmo indivíduo em diferentes fases de sua vida e situações;
·         Podem vários deles, muitas vezes, serem expressos através de um tipo de comportamento;
·         Um comportamento pode expressar vários motivos.

 Vejamos a classificação dos motivos:

Motivos de Sobrevivência

São identificados como as necessidades básicas, naturais, fisiológicas, chamadas de viscerogênicas, por estarem ligadas aos tecidos, às vísceras. Entre outros temos os motivos de fome, sede, atividade, repouso, evitação do calor ou frio extremo, eliminação dos resíduos metabólicos, etc.

Por estarem relacionados com as deficiências do organismo, são chamados de impulsos. Por exemplo:

Necessidade de água, impulso da sede;
Necessidade de atividade, impulso exploratório;
Necessidade de evitar a dor, impulso da fuga, etc.

Motivos Sociais

São aqueles que estão relacionados com o convívio e relacionamento do ser humano com outros.

Os motivos sociais variam entre as espécies, porque decorrem do tipo de relacionamento social do organismo. Entre outros, temos os de dominância, de submissão, de filiação a grupos, de evitar grupos, de deferência, de agressão, etc.

Motivos Integrantes do EGO

São aqueles relacionados com o “EU” de cada um. São os valores que levam um homem a fazer escolhas, a ter preferências estéticas e religiosas, a lutar de modo incomum, a ser herói, covarde ou santo. Em suma são os motivos que juntos formam a sua filosofia de vida.

O desejo de fama, nome, glória, embora seja comum a muitos homens de muitas culturas, varia bastante de cultura e de pessoa para pessoa.

Esses motivos incluem domínio do ambiente, como o desejo de construir e destruir; defesa da própria integridade pessoal, como no desejo de prestígio; e uma espécie de auto-punição, que aparece em forma de desejos de ser ofendido, humilhado e inferiorizado.

 3. A CLASSIFICAÇÃO ESPECÍFICA DOS MOTIVOS

Os motivos ainda podem receber várias outras classificações, incluindo os motivos biológicos e os adquiridos.

Motivos Biológicos
Os motivos biológicos são essenciais a sobrevivência humana, veja Tabela 1.

Motivos adquiridos
Os motivos adquiridos são os motivos biológicos controlados pelo homem durante a sua existência.

Desde cedo estabelecemos hábitos, reações, aprendidas, mais ou menos mecânicos, facilmente sustentáveis e geralmente pouco variáveis; vai formando uma hierarquia de respostas adquiridas com base nos impulsos inatos, primários, em suma, nas respostas não aprendidas.

 
Necessidade
Impulso
Objetivo
Oxigênio
Respiração
Absorção de oxigênio
Desvio de temperatura
Reação para a necessária temperatura
Regulação da temperatura do corpo
Falta de água
Sede
Absorção de água
Falta de alimentação
Fome
Ingestão de alimento
Acumulação de resíduos metabólicos nos intestinos e bexiga, produzindo tensão.
Eliminação
Defecção e micção
Gasto de energia produzindo fadiga
Redução de atividade
Descanso, sono
Tensões sexuais, de células e hormônios sexuais.
Sexual
Relação sexual
Afetação maléfica do tecido por condições
Evitação de dor
Retração, atividades para substituição dos estímulos.
Estados orgânicos: acumulação de energia, incluindo estados emocionais.
Expressivo e motivo
Atividades dos braços, pernas e corpo em geral.

FIGURA 1 – TABELA DE MOTIVOS BIOLÓGICOS

 4. TEORIA DA MOTIVAÇÃO

Freud realçou a importância do instinto sexual, cuja manifestação dinâmica na vida psíquica é a libido a qual, em diferentes estágios do desenvolvimento se encontra em determinada parte do corpo.

Os instintos sexuais (impulsos), segundo Freud, são sexuais e agressivos.

O ID busca o prazer e cabe ao EGO satisfaze-lo.

A impossibilidade de reduzir naturalmente as tensões leva o EGO a reprimir, remetendo ao inconsciente, muitos desejos não satisfeitos; ou canaliza-los para atividade socialmente mais aceitável.

Enquanto o ID (conjunto de impulsos inatos) quer o prazer ou busca a destruição (quando frustrado), o EGO, como controlador, procura, por todos os meios, mecanismos, processos adaptativos, livrar-se da ansiedade, do estado de apreensão, daquela condição emocional de mal-estar.

Os mecanismos de defesa ou de adaptação psicológica, que mais a frente veremos.

Freud foi o primeiro estudioso a valorizar sobremaneira a motivação inconsciente.
 
Para ele, o inconsciente possui os impulsos do ID e os desejos recalcados.
 
O material de uma representação inconsciente permanece oculto e o do pré-consciente enlaçado a representações verbais.

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