sábado, 5 de julho de 2014

A IMPORTÂNCIA DA MULHER NA SOCIEDADE

Por Francisco de Assis Fernandes do Nascimento
 
Ao tratar o assunto “a importância da mulher na sociedade” quero qualificar a afirmação, pois qualquer pessoa por menos informação e formação que tenha poderia dizer quer a mulher é muito importante na sociedade. 
 
Entendo que as organizadoras deste evento quando pensaram no tema, estavam pensando não só da quantidade da importância, mas também na qualidade dessa importância.
 
Na quantificação, podemos dizer sem dificuldade que a mulher é muito importante em nossa sociedade, mas quero na palestra de hoje qualificar a importância da mulher na sociedade.
 
E para isso, usando o vocábulo no plural, quero iniciar dizendo que as mulheres são muito importantes para a sociedade pelos seguintes:
 
1. Pelo fato das mulheres terem sido criadas por Deus para reproduzirem a vida.
 
As mulheres não poderiam ser menores, pois Deus lhes concedeu essa incumbência na criação. Elas não poderiam ser menores de forma alguma.
 
As mulheres foram criadas por Deus para serem vitoriosas e para tanto receberam todas as condições para cumprirem tal papel.
 
Depois de DEUS, o único ser onipotente, em nossas vidas são as mulheres. Nascemos do útero de uma, morreremos nos braços de outra. Entre um evento e outro, em nome delas construímos a civilização e seus destinos.
 
Veja só o que Deus definiu: as mulheres concebem os homens não. E aí esta fundamentalmente, a diferença. DEUS delegou a elas o Dom de reproduzirem a vida. E alguém já disse que é por isso que alguns homens nunca perdoam as mulheres. As mulheres multiplicam a vida, os homens só possuem a sua.

2. Pelo fato das mulheres terem conquistado tantos espaços no decorrer da história.
São várias as conquistas das mulheres no decorrer dos tempos, poderia citar vários fatos que comprovam minha afirmação, mas quero chamar atenção para o ano de 1789, quando aconteceu a revolução francesa.
 
Foi daí que as mulheres passaram atuar de forma significativa na sociedade. A exploração e limitação de direitos marcaram essa participação feminina e aos poucos foram surgindo movimentos pela melhoria das condições de vida e trabalho, a participação política, o fim da prostituição, o acesso à instrução e a igualdade de direitos entre os sexos.
 
Com a Revolução Industrial (Na metade do Século XVIII) a absorção do trabalho feminino pelas indústrias, como forma de baratear os salários, inseriu definitivamente as mulheres na produção. Elas passaram a serem obrigadas a cumprirem jornadas de até 17 horas de trabalho em condições insalubres e submetidas a espancamentos e humilhações, além de receber salários até 60% menores que os dos homens.

As manifestações operárias surgiram na Europa e nos Estados Unidos, tendo como principal reivindicação a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias.

Em 1819, depois de um enfrentamento em que a polícia atirou contra os trabalhadores, a Inglaterra aprovou a lei que reduzia para 12 horas o trabalho das mulheres e dos menores entre 9 e 16 anos.

Foi também a Inglaterra o primeiro país a reconhecer, legalmente, o direito de organização dos trabalhadores, com a aprovação, em 1824, do direito de livre associação e os sindicatos se organizaram em todo o país.

Com as mulheres engajadas nessas causas, muitas conquistas vieram e aos poucos a classe feminina foi conquistando mais espaço, provando competência e força de trabalho.

A cada geração as mulheres ficam mais independentes e, mesmo sem grupos organizados, as conquistas continuam. Mais do que uma luta pessoal, as mulheres - com consciência do poder da classe - também estão representadas junto às causas sociais, emitindo opiniões e reivindicando mudanças nos problemas das minorias.

O Dia 8 de março é um marco na conquista da mulher e tem sua história, a saber:

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca (a segunda Conferência Internacional de Mulheres Socialistas), ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857.
 
Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
 
A proposta para a comemoração da data foi da famosa ativista dos direitos femininos, Clara Zetkin.
 
Em 1911, mais de um milhão de mulheres se manifestaram, na Europa e a data passou a ser comemorada no mundo inteiro.
 
Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual.
 
O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
 
3. Pelo fato das mulheres trabalharem tão bem seus vários papeis na sociedade, a saber:
Como filhas, esposas, mães, profissionais, donas de casas, estudantes e cidadãs.
 
As mulheres têm grande habilidade em colocar em prática de maneira eficiente seus vários papeis exercidos dentro da sociedade. Onde tudo acontece no seu devido tempo, sem que haja reclamação e sendo todos atendidos seja no tempo como em suas necessidades.
 
A sensibilidade, fidelidade, organização e senso de justiça são qualidades marcantes nas várias funções desempenhadas pelas mulheres.
 
4. Pelo fato das mulheres contribuírem de maneira decisiva na manutenção financeira dos seus lares.
 
Segundo o DIEESE as mulheres conseguem sustentar 31,2% dos lares nas regiões metropolitanas. Não só isso as mulheres com mais de 40 anos assumem a chefia da casa em função de um final de casamento ou viuvez.
 
A pesquisa só deixa claro o que vemos em nosso dia-a-dia. Cada vez mais vemos mulheres ajudando seus maridos a manterem financeiramente seus lares. Aliás, vou mais longe, mas do que nunca temos mulheres sustentando integralmente seus lares.
 
5. Pelo fato das mulheres serem maioria na população brasileira.

As mulheres são maioria no País e, segundo os cientistas, vivem mais do que os homens. Dados de 2003 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as mulheres compõem cerca de 50,77% da sociedade brasileira.

6. Pelo fato das mulheres terem conseguido grandes avanços dentro da estrutura econômica do país, seja como trabalhadoras (profissionais),e/ou como empresárias e empreendedoras.
 
As mulheres conseguiram grandes avanços dentro da estrutura econômica. Elas participam ativamente do trabalho econômico. É fato que mais do que nunca temos mulheres trabalhando na indústria e no comércio, bem como no setor de prestação de serviço.
 
As últimas pesquisas afirmam que as mulheres no tocante a participação na vida econômica e profissional são maduras (pois 64% delas tem 40 anos ou mais), ganham menos que os homens, mas mesmo assim conseguem administrar bem seus recursos financeiros.
 
Hoje no serviço público do Estado do Ceará as mulheres ocupam 40% das vagas disponíveis.
 
Não só isso as mulheres correspondem 40% da população ativa do Brasil.

7. Pelo fato das mulheres terem alcançado um alto índice de crescimento intelectual.

O número de mulheres que concluem todos níveis de ensino (fundamental, médio e superior) é maior que o de homens no Brasil. (O levantamento, foi feito pelo INEP -Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, ligado ao Ministério da Educação.

A maior diferença aparece no ensino superior: 63% dos concluintes é do sexo feminino; do total de matrículas, as mulheres representam 56,5%. No ensino médio, 56,3% das concluintes são mulheres, contra 54,2% de matrículas; no fundamental, 53,4% e 49%, respectivamente.

Não só isso, a pesquisa ainda afirma que as mulheres permanecerem por mais tempo na escola e aproveitam melhor o ensino. As mulheres são mais disciplinadas e mais organizadas e consequentemente aprendem mais.

No Curso de Engenharia, curso tradicionalmente feito por homens, a porcentagem de mulheres subiu de 17,4% (25.503) para 20,3% (42.802).

Outro dado interessante: as pesquisas de maneira geral indicam que as mulheres têm nível de instrução maior que o dos homens. Isso não acontece quando elas são chefes de domicílios, pelo menos até o nível universitário. Se analfabetas elas são maioria, mas no nível universitário o efeito é inverso - um maior número de mulheres possui formação superior.

8. Pelo fato das mulheres enfrentarem de maneira corajosa os desafios e as desigualdades ainda existentes.
As mulheres na sociedade atual estão tomando consciência de suas tarefas no mundo político em que estão inseridas, mas devido as suas condições de fraqueza adquiridas ao longo da história, não avançaram suficientemente e eficientemente, como deveriam ter progredido, como fizeram algumas em associações bem mais novas e menos numerosas do que a quantidade de mulheres que sofrem o despotismo dos machistas inconseqüentes, que não contém seus momentos de fúria descontrolada.
 
Ainda temos muitas mulheres que sofrem com:
Violência doméstica, a desigualdade social e salarial; falta de assistência a saúde, exploração sexual, exploração da mídia com o corpo feminino e desemprego.
 
Destaco aqui a exploração da mídia como o corpo feminino;
As mulheres ainda são tidas como objetos e não se pode perdurar este estado de coisas, tendo em vista que as batalhadoras que têm conseguido um espaço são poucas, pois muitas destas não conseguiram, ou não querem enfrentar essa batalha no processo de conscientização das amigas e companheiras.
 
É preciso uma organização desse grupo com objetivo de eliminar esta imagem da mulher boazinha, da mulher que só serve para fazer propaganda de produtos industriais mostrando seu corpo, ou mesmo em filmes de sexos explícitos. A mulher tem que dar um basta nisto tudo e partir para uma igualdade entre todos; portanto, deixar de vender seu corpo para sobrevivência, sem qualquer pudor e amor para consigo própria.
 
Conclusão
Nos dias atuais, as mulheres devem se entrosarem melhor nos movimentos políticos que dizem respeito às suas questões, em todos os aspectos possíveis, tais como: ser vista como um ser humano, não ser tratada como um ser inferior, isto é, como um objeto sexual e, tê-la como uma companheira e não como uma empregada, ou escrava.
 
Na sociedade atual, as mulheres devem assumir suas posturas de seres humanos e exercerem suas atividades de acordo com as suas situações sociais ou grau de intelectualidade; pois, um grau fraco de intelectualidade não deprime o ser humano que deve ser respeitado.
 
Já não se pode pensar em mulheres submissas, contudo elas devem compreender sua função social como companheira do homem e partir para uma igualdade de participação, tanto no contexto social, como no econômico, tendo em vista que sua atuação de igualdade cada vez mais se concretiza.
 
A conscientização das mulheres como seres que devem ter funções de igualdade com os homens, só se concretizará efetivamente, quando elas tiverem a independência política e econômica, tal como não pensarem numa vida conjugal como investimento, ou um salva-guarda para aquela pessoa que está desprotegida.
 
As mulheres estão vencendo e deverão vencer muito mais; mas, sem a prepotência de companheiras frustradas que brigaram consigo mesma e se debelaram contra aqueles que lhes deram proteção durante muito tempo e que hoje está condenado como a fera diante da bela que só oferece amor, paz e tranqüilidade e só recebe violência e desafeto, no pensamento das feministas.

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