Vivemos um tempo de pandemia, logo uma emoção muito importante e indispensável para a sobrevivência humana aflora, o medo.
O medo que para alguns é negativo e que pode complicar, causando uma paralisação; enquanto para outros o medo é uma emoção que quando bem administrada pode gerar a prudência e a sensatez no enfrentamento do perigo.
Lembrando que medo é diferente de pânico.
Toda vez que nos sentimos ameaçados o medo aflora, antecipando uma reação de fuga ou ataque, logo é impossível se sentir ameaçados sem que o medo esteja presente, e isso não depende da razão simplesmente ou da boa vontade de alguém, é algo inato.
Logo, não se culpe por ter medo.
Para uma pessoa não ter medo ele precisaria ter uma preparação biológica ou então lesões cerebrais muito especifica.
No entanto o medo deve ser administrado para que o pânico e o desespero não predominem
causando o caos ou a paralisação da defesa e do ataque.
Então, hoje o medo que temos é que sejamos infectados com o novo corona vírus e venhamos a desenvolver alguma complicação, causando sofrimento ou possível óbito.
Aqui identificamos o medo..., logo, não é um medo criado, inexistente, ele é real... aqui temos a identificação do medo.
Após a identificação e reconhecimento da realidade do medo, temos algumas atitudes a tomar, no entanto, a mais coerente é a prevenção, cuidados e buscar os vários métodos de prevenção e tratamento, cabendo assim cada etapa a quem de direito em uma sociedade, buscando o controle da situação com menos perdas possíveis.
O que sabemos é que o medo existente é real e devemos nos assegurar de cuidados para não sermos infectados, no entanto isso não justifica o pânico e o desespero, pois os dois geram o estresse e a ansiedade causando prejuízos na tomada de decisões e resoluções de problemas que precisam serem resolvidos no embate contra o vírus.
A exemplo do medo coletivo, temos também o medo individual, que é base na formação do medo coletivo ou comunitário.
O medo ideal é o medo individual que se incorpora na coletividade de maneira racional causando reações por parte da população com benefícios para todos, quando não acontece isso, existem a distorções que causam prejuízos em massa.
O medo hoje é mais útil do que a coragem...
Temos um inimigo comum que precisa ser respeitado, o vírus e a luta que travamos com ele, pouco depende da boa vontade, de classe social, de finanças, cor, religião, opção sexual, etc.,
Daí a necessidade de tomarmos decisões coerentes, pois existe um perigo eminente e que pode causar a morte de muitas pessoas.
O medo, que uma vez trabalhado racionalmente reforçará a coragem e a disposição para tomada de decisões.
Esse medo não é paralisante... ele é um medo que alavanca a coragem e gera heróis de última hora.
quem pensa que os profissionais que estão em linha de frente não estão com medo, se engana; eles também têm medo, só que eles chegaram a um estágio de que o medo alavancou a coragem para a resolução do problema enfrentado.
E assim que devemos agir: sentir medo, mas não nos permitir sermos tomados completamente pelo medo ao ponto de sucumbir, ou paralisar.
O medo em si não é um mal, pois ele nos força a tomar posturas adequadas diante do perigo garantindo a nossa sobrevivência.
Portanto, tá com medo? Então isso é sinal que você vai sobreviver desde que racionalize e canalize seus recursos para superar a situação.
COMO LIDAR COM O MEDO EM TEMPO DE PANDEMIA
Para lidar com o medo em tempo de isolamento e distanciamento social no caso de uma PANDEMIA se faz necessário considerar os seguintes:
• Reconhecer que o MEDO é algo comum ao ser humano em especial numa situação de ameaça ou perigo;
• Reconhecer que ninguém é inferior a ninguém por ter medo, isso é normal, é sinal de que você é humano;
• Reconhecer que a base do MEDO é biológica, mas o conhecimento reduz as incertezas e molda parte dos temores;
• Reconhecer que o MEDO é natural, mas se não deve ser paralisante ou gerar pânico e desespero;
• Reconhecer os vários tipos e níveis de MEDO, para daí encontrar uma maneira de lidar com a situação de maneira positiva, sem pânico e desespero;
• Reconhecer que enfrentar o MEDO é menos custoso do que viver com o MEDO subjacente.
Na prática:
O medo que vivenciamos é real e incomoda mais pois é trata-se da sobrevivência humana, logo fingir que não existe nada, pode ser fatal para o indivíduo e a raça humana.
No caso em que vivemos, a única maneira de se libertar do MEDO é fazer algo, indo em frente, mesmo com MEDO.
Perceber que sempre que o ser humano corre um risco ou entra em território desconhecido ele sente MEDO, sendo que em muitas situações esse MEDO impede o progresso, daí necessidade de reconhecer que o MEDO pode ser real, mas não deve impedir o ser humano de seguir em frente.
Logo, O SEGREDO É SENTIR MEDO, MAS MESMO ASSIM SEGUIR EM FRENTE.
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