INTRODUÇÃO
Os termos "droga", "fármaco", "medicamento", "medicamento fitoterápico" e "remédio" são amplamente utilizados em contextos científicos e no cotidiano, muitas vezes de forma intercambiável, embora possuam diferenças significativas.
Compreender as distinções entre esses conceitos é essencial para o uso correto e consciente desses termos em áreas como farmacologia, medicina e ciências da saúde.
Este
documento busca esclarecer os significados e aplicações desses termos,
promovendo maior clareza para profissionais e leigos.
1. DROGA:
A
palavra "droga" tem origem no holandês antigo "droge", que
significa "seco", referindo-se inicialmente a substâncias vegetais
secas utilizadas na medicina.
No contexto farmacológico, droga é definida como qualquer substância química que, ao ser introduzida no organismo, pode alterar funções biológicas.
Em termos populares, a droga também é frequentemente associada a substâncias psicoativas ou de uso recreativo, o que pode gerar confusão com o uso científico do termo.
Exemplo: A cafeína, presente no café, é uma droga que atua como estimulante do sistema nervoso central.
2. FÁRMACO:
O
termo "fármaco" refere-se à substância química ativa que exerce
efeito terapêutico no organismo.
Diferentemente de "droga", que pode incluir qualquer substância química, o fármaco tem sua aplicação focada no tratamento, prevenção ou diagnóstico de doenças.
Exemplo:
O ibuprofeno é um fármaco utilizado para aliviar dores e reduzir inflamações.
3. MEDICAMENTO:
Medicamento
é o produto farmacêutico que contém um ou mais fármacos associados a
excipientes ou veículos, formulado em uma forma adequada para administração ao
paciente.
Sua fabricação deve seguir padrões rigorosos de qualidade e sua indicação baseia-se em evidências científicas.
Exemplo: O medicamento Tylenol, disponível em forma de comprimidos ou gotas, contém o fármaco paracetamol.
4. MEDICAMENTO FITOTERÁPICO:
Medicamentos
fitoterápicos são aqueles obtidos a partir de matérias-primas vegetais, cujos
princípios ativos são exclusivamente derivados de plantas medicinais.
Eles podem ser usados no tratamento ou prevenção de doenças, mas sua eficácia deve ser comprovada cientificamente, diferentemente de chás ou infusões caseiras que não passam por rigorosos testes clínicos.
Exemplo: O extrato de alcachofra é um medicamento fitoterápico usado para tratar problemas digestivos.
5. REMÉDIO:
O
termo "remédio" é mais amplo e popular, englobando qualquer recurso
utilizado para aliviar ou curar enfermidades, sejam medicamentos, terapias ou
até mesmo medidas caseiras.
Enquanto todo medicamento é um remédio, nem todo remédio é um medicamento.
Exemplo: O mel com limão é um remédio caseiro amplamente utilizado para aliviar sintomas de dor de garganta.
CONCLUSÃO
A distinção entre os termos "droga", "fármaco", "medicamento", "medicamento fitoterápico" e "remédio" é crucial para evitar confusões e promover o uso correto dessas substâncias no tratamento de doenças.
Cada termo desempenha um papel específico no contexto da saúde e da medicina, e compreender essas diferenças é fundamental para profissionais da saúde e para a população em geral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Plantas Medicinais e Fitoterápicos na Atenção Primária à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
DIAS, José Carlos Tavares; FERRAZ, Maurício Barbosa. Introdução à Farmacologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
FARMACOPEIA BRASILEIRA. Farmacopeia Brasileira. 6. ed. Brasília: ANVISA, 2019.
LIMA, Tereza Cristina Braga. Fundamentos de Farmacologia para a Enfermagem. Porto Alegre: Artmed, 2020.
SILVEIRA,
Denise. Medicamentos Fitoterápicos no Brasil. São Paulo: Atheneu, 2015.
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