sábado, 20 de setembro de 2014

GORDOFOBIA - PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO CONTRA A OBESIDADE


(Preconceito, como o nome já é um pré-conceito, um "juizo" preconcebido, manifestado de maneira discriminatória. Discriminar significa "fazer uma distinção".)

Desde que há registros do Homem na História, há contos sobre preconceitos. Fossem eles de cor, raça, credo, beleza ou gênero, o homem sempre julgou seus semelhantes à forma que tinham e ao modo que pensavam.

Atualmente, mesmo havendo penas legais sobre o assunto, a temática continua polêmica e está, também, no meio empresarial.

Apesar de a sociedade estar mais, digamos, civilizada, muitas pessoas carregam consigo alguma carga negativa sobre determinados tipos físicos ou de personalidades.

Seja porque a vida lhes ensinou isso (experiência), seja pelos padrões que a sociedade em que cada um vive prega.

Mas o principal problema neste pré-julgamento está na ignorância: porque julgar alguém que, na maioria das vezes, sequer conhece?

Hoje eu venho discorrer sobre as pessoas que estão acima do peso. Sempre alvo de chacotas, ou bullying para os termos mais modernos, muitos obesos têm problemas no âmbito profissional, seja para conseguir um emprego, seja para construir uma imagem competente.

E isso não é achismo, pesquisas comprovam que uma série de empresas têm fortes preferências por não contratar pessoas com peso excessivo. O curioso é o motivo que elas dão para não fazê-lo.

Muitas delas alegam sobre a morosidade para execução de trabalhos e outras várias apontam para o “desleixo”.

Elas seguem a seguinte linha de raciocínio: “como só é gordo quem quer,  qualquer um que apareça aqui e seja gordo é uma pessoa desleixada por não cuidar da própria saúde e aparência”. Grandioso engano. Ninguém, ou quase ninguém, tem quilos a mais porque quer.
 
Vários são os fatores: ou há predisposição genética para ganho de peso e retenção de gordura ou, realmente, a pessoa não regula a alimentação que ingere e também não procura por exercícios físicos, ou por questões emocionais etc..

É verdade que o estilo de vida hoje, na maioria das sociedades, favorece muito ao sedentarismo, mas todos sabem que a escolha pela prática de exercícios físicos só beneficia o corpo.

Os mitos que causam o preconceito e a discriminação
As pessoas obesas são desleixada,  desorganizadas com a vida e doentes e etc;
As pessoas obesas são preguiçosas, lentas, improdutivas e suscetíveis a afastamentos por motivos de saúde é muito maior que outra pessoa qualquer;
As pessoas obesas são feias e sem estética;
As pessoas obesas não fazem sexo como as demais pessoas;
As pessoas obesas tem dificuldade de namorar e encontrar pessoas que tenham interesse por elas;
As pessoas obesas morrem na sua maioria com problemas de coração;
Mitos, mitos, quando não, mentira. Nada disso tem comprovação, a não ser no que chamamos de obesidade mórbida que origem ainda não determinada pela ciência.

Hoje se calcula que 40% da população brasileira estejam acima do peso e 13% esteja obesa.

Vejamos o que é obesidade e obesidade mórbida:
Obesidade:
A obesidade é uma excessiva proporção de gordura corporal total.

Uma pessoa é considerada obesa quando o seu peso é 20% ou mais acima do peso normal.
 
A medição mais comum da obesidade é o índice de massa corporal ou IMC.
-Uma pessoa é considerada em sobrepeso quando seu IMC está entre 25 e 29,9.
-Uma pessoa é considerada obesa quando seu IMC é igual ou superior a 30.

Obesidade mórbida:
"A obesidade mórbida" (onde o excesso de peso é suficientemente grave para interferir com a saúde ou com as funções normais do corpo) significa que uma pessoa está 50% a 100% acima do peso normal, tem mais de 45 Kg acima do peso normal ou tem um IMC de 40 ou superior.

Nesses casos citados a pessoas precisa de um acompanhamento médico e de outros profissionais para manter o peso normal ou dentro da faixa de normalidade.

Isso por questões de saúde e não meramente aparência física.

Em minha opinião, nos não estamos preocupados com obesidade por questão de saúde, e sim por questões ligadas a aparência.

Ou melhor, somos levados pela mídia e por grandes indústrias que faturam milhões com fórmulas mágicas que prometem milagres e alguns profissionais da área de saúde sem escrúpulo.

A preocupação das pessoas deve ser com a saúde e o bem estar, com a prevenção de algumas doenças que algumas pessoas estão mais expostas do que outras, tanto faz se são magras ou gordas.

O que vemos hoje é uma preocupação doentia e ao mesmo tempo uma insanidade para termos um corpo perfeito, quando na verdade ele nunca vai existir.

Aliás, a nossa sociedade vive duas busca de modo doentia: busca pela perfeição e felicidade plena, coisas que no absoluto nunca existirão, sempre serão parciais.

O perigo se encontra nos extremos, pois aqui pode haver uma descompensação o que pode acarretar outros tipos de problemas para a saúde.

Outra coisa que devemos ter em mente são as causas da obesidade para daí buscarmos a ajuda que de fato possa ajudar as pessoas a terem uma vida de qualidade.

Quais as causas da obesidade?
A obesidade ocorre quando uma pessoa consome mais calorias do que as queima.
 
Para muitas pessoas isto se resume a comer muito e praticar pouco exercício.
 
Mas existem outros fatores que também desempenham um papel na obesidade. Estas podem incluir:
Idade.
Conforme se envelhece, a capacidade do organismo em metabolizar alimentos desacelera e o adulto não precisa de tantas calorias para manter seu peso.
 
É por isso que aos 40, mesmo mantendo uma alimentação semelhante aos 20 anos de idade, se ganha peso.

Genero.
As mulheres tendem a ter mais sobrepeso que os homens.
 
Os homens têm uma maior taxa metabólica de repouso (ou seja, os homens queimam mais energia em repouso) do que mulheres, portanto os homens requerem mais calorias para manter o seu peso corporal.
 
Além disso, a taxa metabólica das mulheres diminui quando atingem a pós-menopausa.
 
Por esse motivo muitas mulheres após a menopausa aumentam de peso.

Genética.
Obesidade (e magreza) tende a funcionar nas famílias.
 
Num estudo com adultos que foram adotados enquanto crianças, os pesquisadores descobriram que os pesos dos adultos participantes estavam mais próximos dos pesos dos seus pais biológicos do que dos seus pais adotivos.
 
O ambiente proporcionado pela família adotiva, aparentemente, teve menor influência sobre o desenvolvimento da obesidade do que a composição genética da pessoa.
 
Na verdade, se a sua mãe biológica tem excesso de peso, há cerca de 75% de possibilidade de você ter excesso de peso. Se a sua mãe biológica é magra, também há uma chance de 75% de ser magro (a).
 
No entanto, muitas pessoas geneticamente predispostas à obesidade, não se tornam obesas ou são capazes de perder peso e mantê-lo.
 
Fatores ambientais.
Embora os genes sejam um fator importante em muitos casos de obesidade, o ambiente de uma pessoa também desempenha um papel significativo.
 
Os fatores ambientais incluem comportamentos de vida, tais como o que uma pessoa come e o quanto ativo é essa mesma pessoa.

De facto, indivíduos ativos requerem mais calorias do que os menos ativos para manter seu peso.
 
Além disso, a atividade física tende a diminuir o apetite em indivíduos obesos, aumentando a capacidade do organismo de metabolizar a gordura, preferencialmente, como fonte de energia.
 
Grande parte do aumento da obesidade nos últimos 20 anos resultou da diminuição do nível de atividade física diária e não apenas da mudança nos hábitos alimentares.
 
Fatores Psicológicos.
Fatores psicológicos também influenciam os hábitos alimentares e obesidade.

Muitas pessoas comem em resposta às emoções negativas, tais como o tédio, tristeza ou raiva.
 
Enquanto a maioria das pessoas obesas não têm mais distúrbios psicológicos do que as pessoas com o seu peso normal, cerca de 30% das pessoas que procuram tratamento para problemas de peso têm sérias dificuldades com a compulsão alimentar.
 
Durante um episódio de compulsão alimentar, as pessoas comem grandes quantidades de comida sem se conseguirem controlar.

Doença.
Apesar de não ser tão comum como muitos pensam, existem algumas doenças que podem causar obesidade.
 
Estes incluem problemas hormonais como hipotiroidismo (tireóide pouco ativa retarda o metabolismo), depressão e algumas doenças raras do cérebro que podem levar a excessos.

Medicação.
Certos medicamentos como esteróides e alguns antidepressivos, podem causar aumento de peso excessivo.
 
Cuidados que devem ter:
Aceite as outras pessoas com elas são, evite achar que as pessoas são de outro planeta só por que não são iguais a vocês;
Aceite a realidade humana, ninguém é perfeito absolutamente, sem de maneira subjetiva, nem de maneira objetiva;
Respeite os sentimentos e as dores das pessoas que às vezes sofrem por questões genéticas ou por questões de enfermidade ou mudanças hormonais;
Não apoie, nem participe de piadas que venham a denegrir os outros, seja por qualquer coisa que venha a estar presente no outro ser humano;
Vamos fazer uso da razão diante da mídia e das grandes indústrias que faturam milhões em cima da miséria do povo, sem realmente ter o objetivo de ajudar o ser humano;
Seja adepto do simples do natural, daquilo que realmente faz com que as pessoas sejam felizes.
 

DEPRESSÃO NA TERCEIRA IDADE


O envelhecimento da população é um fenômeno mundial, consequência dos grandes avanços ocorridos na medicina e da melhora da qualidade de vida.

É cada vez maior a porcentagem de idosos no planeta e, com isso, cresce a preocupação com a saúde desta população.

Quando o idoso torna-se dependente, quer por razões financeiras, quer por motivo de saúde, geralmente passa a morar com algum membro de sua família.

Este convívio pode ser bastante desgastante, para ambas as partes, se não forem tomadas uma série de precauções.

A diferença da depressão do idoso para outras pessoas de faixa etária diferente
A diferença da depressão no idoso com relação aos indivíduos de outras faixas etárias é que este já sofreu, naturalmente, uma redução em seu convívio social.

A porta de entrada da depressão em idosos
Se aliado a isto não se sentir importante e não puder participar do dia-a-dia dos familiares próximos, ficará desestimulado e acabará se isolando por iniciativa própria.

A partir daí, irá se alimentar menos, movimentar-se menos e ficar mais sonolento.

Está aberta uma porta para doenças como desnutrição, processos infecciosos, desidratação ou deterioração orgânica e muscular, que acabam acelerando o envelhecimento.

Fatores da depressão na terceira idade
Os fatores etiológicos da depressão no idoso podem ser divididos em biológicos e psicossociais.

O primeiro refere-se à perda neuronal e diminuição de neurotransmissores; o genético; a doença física e as medicações.

Já os fatores psicossociais caracterizam-se pela diminuição de renda, as modificações no papel social, o luto/perdas e a doença física incapacitante e ou/dolorosa.

Frequentemente são atribuídos os acontecimentos estressantes e negativos, como por exemplo, a morte de uma pessoa querida ou doenças e efeitos colaterais de medicações, as principais causas da depressão na velhice.

Doenças e efeitos colaterais também podem causar ou exacerbar a depressão.

Já é comprovada a incidência de depressão aumenta significativamente após a morte de um cônjuge, tornando desafio mais difícil que as pessoas enfrentam na terceira idade.

Dizem os especialistas que este é um dos dez acontecimentos mais estressantes na vida que podem levar a depressão.

As particularidades da depressão do idoso são queixas somáticas como, dores crônicas, distúrbios do sono e apetite.

Dentre os sintomas psicológicos, o mais frequente é a anedonia, que é a perda da capacidade de sentir prazer e déficits cognitivos, particularmente de memória.

 A depressão em idosos é um importante fator para piora da qualidade de vida destes indivíduos, especialmente para os que permanecem não diagnosticados e sem tratamento.

Além disso em idosos a depressão desencadeia ou mesmo agrava as doenças preexistentes e deixa muitos em risco de suicídio duas vezes maior do que os não deprimidos.

Outro fato importante a depressão em idosos pode estar associada a algum problema físico, doença ou incapacitação, o que dificulta o seu diagnóstico menos e faz com que alguns médicos afirmem que a depressão é menos comum na terceira idade.

Por isso é importante que tanto familiares quanto médicos estejam atentos à depressão nos idosos, que apresentam entre os principais sintomas a falta de disposição e tristeza, entre outros sintomas físicos e psicológicos.

Sintomas da depressão
Além do humor triste, a depressão apresenta inúmeros sintomas cognitivos, comportamentais, físicos e emocionais.

Vejamos alguns sintomas psicológicos e físicos mais frequentes em pessoas depressivas, descrevendo os psicológicos em:

Baixo-astral, definido como um sentimento persistente de tristeza, vazio, perda e apreensão, acompanhado de uma tendência a chorar mais frequentemente por qualquer aborrecimento ou até mesmo sem se ter um motivo.

Na depressão grave ou moderada, muitas vezes é mais acentuado pela manhã, melhorando um pouco ao longo do dia, embora ainda esteja presente, o que é chamado de variação diurna.

Nos casos menos graves pode ser pior a noite do que pela manhã, podendo o depressivo passar bem o dia.

Ansiedade pode tornar-se o maior sintoma da depressão.

Nas pessoas deprimidas, essa sensação pode durar meses.

Algumas pessoas acordam de manhã num estado de grande ansiedade, porque temem o decorrer do dia.

Embotamento Emocional, este é um dos mais cruciais sintomas da depressão.

As pessoas gravemente deprimidas, frequentemente sentem-se como se tivessem perdido seus sentimentos, não conseguindo nem chorar. Sentem-se às vezes distante e indiferente em relação às pessoas mais próximas.

Pensamento depressivo, a pessoa depressiva enxerga o mundo sempre por um lado negativo.
Sente muita culpa por tudo, esquece-se das coisas boas que já fizeram, relembrando e intensificando as coisas más.

Estes tipos de pensamentos negativos destroem a pessoa aos poucos, deixando-a mais deprimida ou ansiosa, formando-se um círculo vicioso.

Concentração e problemas de memória, a pessoa sente dificuldade em se concentrar, se consome por preocupações e pensamentos depressivos tornando-se difícil pensar em qualquer outra coisa.

Os problemas com a concentração podem levar á indecisão e falta de atenção, deixando a pessoa confusa e desorganizada.

Delírios e alucinações, a pessoa deprimida tem um pensamento distorcido que se perde da realidade.
 
Os delírios ou convicção falsa, considerada inabalável pela pessoa que o tem, podem ocorrer na depressão grave, refletindo e reforçando o humor depressivo.

Muitas pessoas deprimidas pensam no suicídio, mesmo que seja um pensamento passageiro.

Quando a pessoa se encontra num estágio profundo de depressão, o passado lhe parece horrível e cheios de erros, o presente terrível e temem o futuro chega à conclusão de que não vela a pena continuar vivendo, que todos ficariam melhores sem ela, e sendo assim, devem tirar suas próprias vidas.

A pessoa deprimida pode apresentar também alguns sintomas físicos como problemas de sono, lentidão mental e física, perda de apetite.

Algumas pessoas no lugar dos sintomas comuns a depressão desenvolvem sintomas físicos reversos como dormirem demais, ter um apetite maior e ganhar peso.

Uma pessoa deprimida tem alterações em cinco aspectos de sua vida, que devem ser avaliados antes de um diagnóstico, são os pensamentos, estados de humor, comportamentos, reações físicas e ambientais.

Áreas atingidas
Estas cinco áreas estão interligadas e cada aspecto diferente da vida de uma pessoa influencia todos os outros.

Os pacientes depressivos apresentam sintomas afetivos, como tristeza, e alguns experimentam períodos oscilantes de melancolia, enquanto outros são incapacitados pela severidade do afeto, além de raiva, distração, humor deprimido, disforia, crises de choro, sentimentos de culpa, vergonha, ansiedade.

Sintomas motivacionais como perda de motivação positiva e aumento de desejos de evitação, aumento de dependência.

Sintomas cognitivos como a indecisão, visão dos problemas como avassaladores, autocrítica, pensamento absolutista (tudo-ou-nada), dificuldades de concentração e memória.

Sintomas comportamentais como passividade, evitação e inércia, déficits em habilidades sociais e sintomas fisiológicos como distúrbio do sono e distúrbios do apetite e sexuais.

O luto e a depressão
Não existe luto sem depressão, porém, esse estado de depressão pode agravar-se em certas pessoas.
 
Um sinal deste agravamento pode ser quando a comida e a bebida são recusadas, assim como quando pensamentos de suicídio aparecem.

Noites insones podem continuar por muito tempo e tornar-se um problema sério.

Se a depressão continua por muito tempo, fugindo à norma da fisiologia do luto normal, pode haver necessidade de tratamento médico à base de antidepressivos e psicoterapia por algum tempo.

As fases do luto
Existem quatro fases do luto, que são a fase de entorpecimento, que geralmente dura de algumas horas a uma semana e pode ser interrompida por explosões de aflição e/ou raiva extremamente intensas.

A reação imediata a notícia da morte de um cônjuge, pode variar muito. Mas, no geral, todos sentem-se chocados e não querem aceitar a notícia.

A fase de anseio e busca da figura perdida, que duram meses e por vezes anos. Alguns dias após a perda a viúva (o), começa a compreender a realidade e isso leva a crises de desanimo intenso com grande inquietação, insônia entre outros sintomas.

A fase de desorganização e desespero, para que o luto tenha um resultado favorável, é necessário que a pessoa enlutada suporte essas oscilações de emoção. Sendo necessário superar velhos padrões de pensamento, sentimento e ação para poder modelar outros novos.

E por último a fase de reorganização, onde a viúva (o) reorganiza sua vida de acordo com sua nova realidade. Pode ser que tenha que fazer coisas que antes não fazia, como, cozinhar, limpar casa, pode-se avaliar a hipótese de um novo casamento, embora a maioria rejeite essa idéia.

O luto é uma coisa natural, mas que varia de pessoa para pessoa, e se não for trabalhado, pode converter-se em depressão.

Capitão; Santos (2009) afirmam que quando o processo de luto se complica, temos um sofrer depressivo, que necessita de cuidados médicos, psicológicos e apoio social.

Tratamento
A depressão quase sempre pode ser curada.

Algumas abordagens terapêuticas que se mostram eficazes na redução da depressão são: a reestruturação cognitiva, a medicação, a melhora das relações interpessoais e o planejamento de atividades.

A pessoa depressiva apresenta uma tríade cognitiva de pensamentos negativos.

O primeiro componente da tríade gira em torno da visão negativa que o paciente tem de si mesmo.
 
Ele se vê como defeituoso e inadequado acreditando que devido aos seus supostos defeitos ele é indesejável e sem valor.

O segundo componente da tríade cognitiva consiste na tendência da pessoa deprimida interpretar suas experiências atuais de forma negativa. Ele vê o mundo de forma negativa, fazendo exigências exorbitantes sobre ele e apresentando-lhes obstáculos insuperáveis para tingir suas metas.

O terceiro componente da tríade cognitiva consiste em uma visão negativa em relação ao futuro.

Quando a pessoa deprimida faz projeções a longo prazo, ela antecipa que seu sofrimento ou dificuldades atuais continuarão.

Os pensamentos ajudam a definir os estados de humor que experimentamos e influenciam o modo como nos comportamos, o que escolhemos fazer e não fazer e a qualidade de nosso desempenho.

Os pensamentos e as crenças afetam nossas respostas biológicas.

Enquanto as mudanças no pensamento são, na maioria das vezes fundamentais, muitos problemas também exigem mudanças no comportamento, no funcionamento físico e no meio.

Segundo Powell et al. (2008), Beck, observou que humor e comportamentos negativos eram usualmente resultados de pensamentos e crenças distorcidas.

A Terapia Cognitivo-Comportamental da depressão é um processo de tratamento que ajuda os pacientes a modificarem crenças e comportamentos que produzem certos estados de humor.

Quando o indivíduo apresenta uma depressão intensa ou duradoura, com sintomas fisiológicos, pode ser que seja indicado o uso de medicação, para isso, é necessário que procure um médico psiquiatra.

Aproximadamente a cada três pessoas deprimidas, duas podem ser ajudadas, por medicação antidepressiva.

Uma pessoa depressiva tem a produção cerebral de serotonina e/ou noradrenalina, substâncias químicas naturais do cérebro que afetam o pensamento e o humor, encontram-se diminuídas.

As medicações antidepressivas ajudam a aumentar os níveis dessas substâncias, restabelecendo ao cérebro um estado mais saudável, não deprimido, de equilíbrio da serotonina e noradrenalina.
 
Cuidados que podem ajudar
Por este motivo, as pessoas que cuidam ou convivem com um idoso precisam ter atenção a atitudes que podem comprometer o relacionamento, além de abrir portas para doenças como a depressão.

Uma dica importante é inserir o idoso na rotina da casa, perguntando o que ele quer comer, pedindo a sua opinião sobre determinado programa de televisão, ou até mesmo qual passeio gostaria de fazer no fim de semana.

É necessário, também, estar atento a outros indicativos, especialmente se o idoso mora sozinho e não ocorre contato diário com ele.

A depressão torna o indivíduo mais descuidado com sua higiene e aparência.

É importante notar, nos encontros, se as roupas parecem trocadas diariamente, se os cabelos estão arrumados e se os banhos acontecem diariamente.

O BOM PROFESSOR E SUA PRÁTICA

 
 
A pesquisa de campo feita por Maria Isabel da Cunha, encontrada no

livro O BOM PROFESSOR E SUA PRÁTICA, p. 137 - 148, deixa claro as habilidades e indicadores dos bons professores.
 
Ao pesquisador da matéria os pontos que merecem atenção são os seguintes:
 
HABILIDADES NO RELACIONAMENTO COM A ORGANIZAÇÃO DO CONTEXTO AULA
1. Explica para seus alunos o objetivo do estudo que vai realizar.
2. Localiza historicamente o conteúdo em foco.
  • Aqui entra a localização da origem do conhecimento bem como seu valor histórico.
3. Estabelece relação do conteúdo em questão com outras áreas do saber.
  • Aqui o conhecimento passa a ser visto como um todo e não como algo departamentalizado.
4. Usa artifícios verbas para apontar questões fundamentais dentro do conteúdo estudado.
  • As expressões induzem a percepção do significado, ou explicitam o mais importante dentro do conteúdo.
5. Usa uma maneira de ou para apresentar o roteiro da aula e favorece a compreensão lógica do assunto em pauta.
 
HABILIDADES QUE INCENTIVAM A PARTICIPAÇÃO DO ALUNO
1. Sabe formular perguntas.
2. Sabe estabelecer uma forma de diálogo.
  • Aqui o ponto chave é a exploração do assunto em pauta por parte do aluno, provocando no mesmo uma disponibilidade para a participação.
3. Sabe transferir a pergunta (indagação) de um aluno para todo o grupo.
4. Sabe fazer uso da palavras que reforçam o positivo perante às respostas dos alunos.
  • O estímulos verbal expressa a crença do professor no aluno e na sua capacidade de contribuir para a aprendizagem.
HABILIDADES NO TRATO COM A MATÉRIA QUE ENSINA
1. Esclarece conceitos e explica de maneira objetiva o seu discurso.
  • Existe uma preocupação em tornar compreensível o conteúdo ensinado.
2. Demonstra profundo conhecimento da matéria que ensina e tem capacidade de trabalhar com as dúvidas e de analisar a estrutura da matéria, sendo profundo estudioso do assunto.
3. Na explanação da matéria usa como estratégia e exemplo, ou a citação de exemplos.
  • Sendo que a construção de exemplos parece estar muito vinculado à relação teoria-prática.
  • Aqui entre o exercício da pesquisa e a capacidade que o professo pode desenvolver em tornar sua prática profissional e a sua sala de aula como permanente objeto de investigação.
4. Sabe explorar e aproveitar sua atividade de pesquisa e sua prática profissional.
5. Incentiva os alunos ao estudo usando o raciocínio na sala de aula.
 
COMPOTÊNCIA NA VARIAÇÃO DE ESTÍMULOS
1. Usa adequadamente os recursos de ensino, quadro de giz, quadro branco, retroprojetor, multimídia, etc.
2. Sabe aproveitar o tempo e o espaço favorecendo a constante participação dos alunos, dando ao professor condição de verificar o nível de atenção.
  • Uso correto dos recursos, espaço e tempo demonstra respeito e indica seriedade que o professor encara quanto ao ensino.
3. Sabe formular perguntas que levam ao contraditório. Perguntas que estimulam e questionam a verdade.
 
HABILIDADE COM O USO DA LINGUAGEM
1. Se preocupa com a clareza confirmando o valor do conteúdo através da justificação.
Aqui entra:
  • Clareza no uso terminológico;
  • Clareza na maneira de apresentar o conteúdo.
  • Isso implica o uso de uma  voz audível.
2. Usa ênfase, pausas a situações para exteriorização, ou exteorizar o significado que dá as palavras.
3. Usa com certa dose e senso de humor.
  • O senso de humor aproxima os alunos e alivia o clima na sala de aula.
4. Apresenta certas situações engraçadas para dar dinamismo à aula.
 
Resumido, o que pesou na escolha do bom professor foi a relação entre a teoria e a prática. Sendo que duas características vista no bom professor são: compromisso e seriedade na execução da tarefa de ensinar.