sexta-feira, 24 de março de 2017

FALSA AUTOESTIMA E COMO ELA SE MANIFESTA


Vejamos algumas definições básicas sobre a autoestima, tendo em vista uma melhor compreensão sobre o assunto que será desenvolvido a seguir.

Palavras que chama atenção sobre o tema em questão: autoconceito, autoimagem, autoestima.

Vejamos:

AUTOCONCEITO E AUTOIMAGEM
Autoconceito e autoimagem referem-se à ideia que fazemos de nós mesmos, incluindo os pensamentos, atitudes e sentimentos.

AUTOESTIMA
É a avaliação que um indivíduo faz de seu valor, competência e significado.

Observe que, enquanto a autoimagem e autoconceito envolvem uma autodescrição, a autoestima envolve autoavaliação.

A AUTOESTIMA É ...
A opinião e o sentimento que cada pessoa tem por si mesma. É a capacidade de respeitar, confiar e gostar de si mesmo.

No entanto, o nosso assunto em pauta é a falsa autoestima, algo bem comum em nossos dias, em especial nas redes sociais.

MAS O QUE SERIA A FALSA AUTOESTIMA?
A falsa autoestima é uma “imagem”, opinião e sentimento que a pessoa cria para se proteger, não para prejudicar ninguém, mas para fingir que não tem problemas de segurança. 

Muitas vezes, as mesmas pessoas que criaram uma falsa estima, não têm conhecimento de que elas têm, na verdade, uma estima baixa porque as ferramentas que elas usam para esconder a verdade enganam até a elas mesmas.

A falsa autoestima como nome já diz uma falsa opinião e sentimento que uma pessoa tem de si mesma.

Em outras palavras a falsa autoestima é um sintoma, ou uma característica de uma pessoa que tem uma baixa autoestima, sendo essa imagem fictícia, uma compensação para suas fraquezas internas.

Vejamos algumas maneiras bem comuns.

SUPERVALORIZAÇÃO DA BELEZA FÍSICA
Muitos pensam que uma pessoa bonita, deve ter necessariamente uma autoestima elevada, mas isso não é verdade.

 A autoestima não dependente de uma pessoa ser mais bonita ou mais feia. Há belezas com baixa autoestima, e pessoas que estão fora dos padrões sociais e possuem uma ótima estima. 

Uma pessoa é muito mais do que o seu físico. Existe toda uma personalidade por trás dos atos, decisões e sentimentos. 

Uma pessoa “menos bonita” (dentro dos padrões sociais)  pode fazer muitas coisas e não deixar que a aparência influencie em sua vida decisivamente.

Entretanto, será que dá para saber se uma pessoa tem uma boa autoestima ou se essa estima é falsa?

Pessoas que são bonitas, mas têm autoestima baixa se sentem como uma fraude. Toda e qualquer imperfeição que acham em si, seja estar despenteada, sem maquiagem ou roupa “adequada” deixa essa pessoa rápida e extremamente insegura. 

Essas pessoas são reféns de roupas e acessórios de grife, pois medem sua estima pelo preço do que vestem.

Gastam-se muito, acham que valem mais e que os outros também acharão que elas têm mais valor. 

Você nunca vai ver essas pessoas descuidadas e negligentes porque isso as faz perder a confiança.

Elas se apegam à imagem porque duvidam do seu próprio valor. Infelizmente, isso pode sair pela culatra, porque uma vez que a beleza física declinar, também a segurança afundará com ela e a confiança desaparecerá. Nesse momento vemos pessoas exagerando em plásticas em busca de uma juventude e de uma confiança que não tem volta.

FOCO EXAGERADO NO SUCESSO PROFISSIONAL
Para alguém que tem autoestima baixa nada pode ser melhor do que um bom posto de trabalho para se esconder e esquecer que, na verdade, não se valoriza. 

As pessoas com baixa estima e que se escondem atrás de seu sucesso profissional são as que dão sua vida pelo trabalho com pouco ou quase nenhum tempo de folga.

Eles não se importam com a falta de tempo porque sentem que o trabalho lhes fornece uma identidade que lhes dá segurança. 

”Eu sou advogado, eu sou médico, sou um diretor, eu sou, etc” são expressões mágicas que farão com que essas pessoas se sintam valorizadas perante outras pessoas.

Essas pessoas precisam de um “título” porque sem seu trabalho elas sentem que não têm valor. 

Dai, a pergunta: Quantas pessoas você já conheceu que fazem questão de serem chamadas de “doutor”, por exemplo?

Nós não somos nosso trabalho e um bom cargo não deve substituir a identidade de uma pessoa. Esse erro é cometido por várias pessoas em nosso meio social.

Uma pessoa com uma estima saudável não se sentirá superior por causa do cargo que ocupa. Essa pessoa desfrutará de seu cargo sem alarde, pois não precisa dele para se sentir alguém.

Já uma pessoa com falsa autoestima precisará se auto afirmar pelo seu cargo, não existirá em pisar em outras pessoas e achará que é “superior” aos que estão ao redor.  

O complexo de superioridade esconde fraqueza e é como um mecanismo de defesa que coloca a mente em função de uma falsa estima, mas que na verdade promove um autoengano como uma medida de “salvação” interna.

OSTENTAÇÃO E DEMONSTRAÇÃO DE BENS E POSSES
Tal como acontece com o local de trabalho, pessoas que acumulam muitas posses e bens materiais podem ficar cegas para a sua própria identidade. Essas pessoas podem pensar que elas são sua própria riqueza, elas confundem-se com seus bens. 

A característica de uma pessoa com falsa estima nesse caso seria se orgulhar demasiadamente de seus pertences e, sobretudo, comprar tudo para estar na última moda em todos os sentidos, seja em roupas, eletrônicos, etc.

Eles precisarão ter o melhor dos melhores e os superlançamentos para se sentirem importantes. Prestem atenção que gostar de coisas novas e boas é diferente de sentir que “tem que se ter” tudo o que é top de linha.

Essas pessoas precisam exibir o que têm e mostrar exageradamente seus bens para receber o reconhecimento da sociedade. 

Sãos os “reis do camarote” que alimentam uma estima falsa agarrando-se às coisas externas como o trabalho, o dinheiro, posses, beleza, etc.

Já as pessoas com uma estima saudável, quando estão financeiramente bem, não sentem a necessidade de se apegar à moda.

Elas não vão se importar se estiverem carregando um telefone que não é o último lançamento, nem precisarão usar marcas caras, ou ter um carro de extremo luxo, etc.

Elas não precisam porque seu objetivo de vida não é se destacar dos outros e é justamente por isso que elas aproveitam muito mais o que têm com humildade e sem se sentirem superiores a ninguém.

Por desfrutarem de uma boa estima, elas não se importam com o que os outros pensam e não precisam se gabar de qualquer coisa. Eles não buscam o reconhecimento de ninguém porque o possuem em seus interiores.

NARCISISMO VIRTUAL
Outra forma de esconder inseguranças é o uso do narcisismo virtual, algo muito comum em nossa sociedade. Aqui o ego inflado e o exibicionismo toma conta e é visto como uma solução para todos os problemas.

Muitas vezes eles não o fazem conscientemente, mas por não se sentirem valorizados, criam uma falsa identidade que precisa se sentir bem e aceita na sociedade. 

Eles vendem uma imagem, postam dezenas de selfies nas redes sociais, mas, na verdade, internamente não se sentem confortáveis. Essas pessoas também podem se tornar cruéis.

Uma pessoa que não ama a si mesma pode tentar atacar as fraquezas dos outros para se sentir melhor e mais poderosa.

Quando tratamos a questão como narcisismo, damos ênfase ao fato de que o outro não tem mais importância, nem equivalência, mas o eu supera tudo e todos.

INSTABILIDADE E FALTA DE COMPROMISSOS NAS RELAÇÕES AMOROSAS
Pessoas inseguras têm medo de compromisso. Alguns buscam parceiros com um perfil de liderança e se deixam levar. 

Os vínculos passageiros são formas de fugir de compromissos. Esses vínculos são comuns em pessoas sedutoras e sensuais. 

Nos homens a figura do “galã” se encaixa bem na descrição. Na verdade eles temem gastar muito tempo com a mesma pessoa, tem medo de se apaixonar e também sabem que, como muito do que mostram é encenação, não sustentarão o papel apresentado.

Eles costumam se gabar de paquerar muito, mas são, na verdade, inseguros e incapazes de ter uma parceira estável em uma relação madura.

Na verdade, homens de muitas mulheres são homens inseguros e que desenvolveram o medo de ficar sozinhos.

CARACTERÍSTICAS DE UMA AUTOESTIMA FALSA
Sentimento de superioridade, a inveja, a crueldade para com os outros. 
Quer conhecer alguém? Apenas observe como essa pessoa trata os outros.

Dificuldade de reconhecer seus erros.
Não são capazes de reconhecer seus próprios erros e muito menos de pedir desculpas.

Quando uma pessoa erra, você também pode ver muito bem como é a estima dela.

Aqueles que são capazes de reconhecer um erro, mas não se culpar pelo que aconteceu, porque eles não sentem que eles são o problema, e sim as estratégias que escolheram, esses têm boa autoestima. 

Essas pessoas também não ficarão se lamentando antes de  buscar um novo caminho para alcançar seu objetivo.

Falam muito sobre si mesmas.
As pessoas que falam demais colocam e dão muita ênfase em ser o centro das atenções, também tendem a ter baixa autoestima. 

A necessidade de se gabar sobre a sua vida, de fazer grandes promessas ou mesmo de montar grandes projetos aos quais não darão sequência são maneiras de se valorizar.

Pessoas que passam muito tempo se gabando, fazem isso porque dentro de si não se aceitam. É como se, por um momento, eles fossem os protagonistas de uma fantasia que os coloca em um lugar muito bom.

Apego demasiado a posses e a aparência.
Quanto mais nos desapegamos de posses e aparências, mais nos aproximamos de nosso “eu”. 

Pessoas de baixa autoestima levam muito mais tempo para superar as adversidades da vida, mesmo que precisem se apegar a uma doença psicossomática como um modo de vida e se esconderem em novos papéis: o de vítima, por exemplo. 

Apresentação pública daquilo que a pessoa não é de fato.
Aqui encontramos a base de toda a falsa autoestima, a pessoa apresenta ao público, para sociedade em geral, exatamente o que ele não é e o que não vive de fato.  

É um viver de faz de conta, de fato ele tá triste, mas expõe alegria, tá pobre e cheio de dívidas, mas expõe riqueza, não sabe ler e escrever, mas cita poesia e termos filosóficos.

Um comentário:

Unknown disse...

A pessoa com falsa autoestima tem culpa de estar assim ?